* Maria João de Sousa
Se a Cidade contasse os segredos
Das janelas fechadas dos dias
Quantos rostos e mãos não verias
Nas cortinas já gastas dos medos,
Das janelas fechadas dos dias
Quantos rostos e mãos não verias
Nas cortinas já gastas dos medos,
Quantos corpos em estranhos folguedos,
Quantas camas desfeitas, já frias,
Quantas mesas de pinho vazias
De uns pedaços de pão, mesmo azêdos?
Quantas camas desfeitas, já frias,
Quantas mesas de pinho vazias
De uns pedaços de pão, mesmo azêdos?
Se a Cidade pudesse falar
E se erguida do chão, a gritar,
Rebentasse em protesto incontido
E se erguida do chão, a gritar,
Rebentasse em protesto incontido
Levantando o seu punho no ar...
[... ah, Cidade que eu tento inventar,
nem eu própria sei dar-te um sentido!]
[... ah, Cidade que eu tento inventar,
nem eu própria sei dar-te um sentido!]
Maria João Brito de Sousa - 05.10.2011 - 15.03h
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