Venho trazer-te oitavas de laranja,
Dizer-te boa noite e bom descanso,
Desejar-te, sincera, um sono manso
Enquanto aqui vou estando a pão e canja...
Hoje venho deixar-te o verbo em franja
Na fronte de um poema onde eu balanço
E oferecer-te, nisto, o mais que alcanço,
Porque além deste “mais”, nada se arranja...
Para ti escrevo agora, só sentindo,
Adivinhando, quase, ou permitindo
A mutação do gesto em sombra alada
Que faço esvoaçar, reconstruindo
Palavras que disseste e fui fruindo
Até darem laranjas, camarada...
Maria João Brito de Sousa – 05.11.2014- 21.39h
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