DA NECESSIDADE DAS PALAVRAS RIMADAS
(Soneto em decassílabo heróico)
Não fui eu, camarada, não fui eu!
Foi esta profusão de letras soltas
Que chegou até mim, que deu mil voltas
E, sem que eu saiba como... aconteceu!
Ou foi deste vazio que em mim cresceu,
Que nasceram, sem pai, nem berço ou escoltas,
E se acenderam, tal como as revoltas,
Negando a própria mãe que as concebeu...
Se, num dado momento, me acontecem,
E como os fios da estopa se entretecem
Sem precisão de engenho e fuso ou roca,
São justas, nunca pedem nada em troca,
Precisas, como pão que me encha a boca,
Tão úteis quanto as mãos que a vós se of`recem...
Maria João Brito de Sousa – 24.11.2014 – 13.27h
(Soneto em decassílabo heróico)
Não fui eu, camarada, não fui eu!
Foi esta profusão de letras soltas
Que chegou até mim, que deu mil voltas
E, sem que eu saiba como... aconteceu!
Ou foi deste vazio que em mim cresceu,
Que nasceram, sem pai, nem berço ou escoltas,
E se acenderam, tal como as revoltas,
Negando a própria mãe que as concebeu...
Se, num dado momento, me acontecem,
E como os fios da estopa se entretecem
Sem precisão de engenho e fuso ou roca,
São justas, nunca pedem nada em troca,
Precisas, como pão que me encha a boca,
Tão úteis quanto as mãos que a vós se of`recem...
Maria João Brito de Sousa – 24.11.2014 – 13.27h
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