XXII JOGOS FLORAIS DO OUTONO – MONFORTE, 2014
Poesia Obrigada a Mote
MOTE
Minha mãe me queria bem,
Do meu pai tinha carinho,
Pr`a no mundo ser alguém,
Sou dos dois um bocadinho.
Júlio António
Glosa
“PR`A NÃO FICAR DIVIDIDO...”
Baixa, morena e franzina,
como dizem que convém,
nunca me olhou com desdém,
fez de mim “sua menina”
e nem supôs “ler-me a sina”
ao dizer; “Talento, tem!
Faz versos como ninguém
e até a mim mos ensina,
esta minha pequenina!”;
Minha mãe me queria bem”,
Alto e bom trabalhador,
apreciava um bom vinho,
preferindo estar sozinho
com livros ao seu redor,
mas tinha-me tanto amor
que me chamava, baixinho,
só pr`a dar-me o seu beijinho
que me sabia melhor
do que as “coisas de valor”;
“Do meu pai, tinha carinho”
Por saber valer a pena
ter escutado minha mãe,
escrevi, desenhei também,
senti-me, às vezes, pequena,
quase frágil açucena,
mas lá fui crescendo bem
porquanto a escrita sustém
e, servindo-me de empena,
garantiu-me a força plena
“Pr`a no mundo ser alguém”
E por meu pai, muito querido,
quando à noite, de mansinho,
regressava à casa-ninho
exausto e quase rendido,
mas jamais tendo esquecido
o tal beijo ao seu filhinho
que já estava deitadinho
no seu berço, adormecido...
Pr`a não ficar dividido,
“Sou dos dois um bocadinho”!
Adriana Só (pseudónimo)
Maria João Brito de Sousa
Poesia Obrigada a Mote
MOTE
Minha mãe me queria bem,
Do meu pai tinha carinho,
Pr`a no mundo ser alguém,
Sou dos dois um bocadinho.
Júlio António
Glosa
“PR`A NÃO FICAR DIVIDIDO...”
Baixa, morena e franzina,
como dizem que convém,
nunca me olhou com desdém,
fez de mim “sua menina”
e nem supôs “ler-me a sina”
ao dizer; “Talento, tem!
Faz versos como ninguém
e até a mim mos ensina,
esta minha pequenina!”;
Minha mãe me queria bem”,
Alto e bom trabalhador,
apreciava um bom vinho,
preferindo estar sozinho
com livros ao seu redor,
mas tinha-me tanto amor
que me chamava, baixinho,
só pr`a dar-me o seu beijinho
que me sabia melhor
do que as “coisas de valor”;
“Do meu pai, tinha carinho”
Por saber valer a pena
ter escutado minha mãe,
escrevi, desenhei também,
senti-me, às vezes, pequena,
quase frágil açucena,
mas lá fui crescendo bem
porquanto a escrita sustém
e, servindo-me de empena,
garantiu-me a força plena
“Pr`a no mundo ser alguém”
E por meu pai, muito querido,
quando à noite, de mansinho,
regressava à casa-ninho
exausto e quase rendido,
mas jamais tendo esquecido
o tal beijo ao seu filhinho
que já estava deitadinho
no seu berço, adormecido...
Pr`a não ficar dividido,
“Sou dos dois um bocadinho”!
Adriana Só (pseudónimo)
Maria João Brito de Sousa
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