Manuela Vieira da Silva - Auscultei a ode dos sentidos

ª Manuela Vieira da Silva

Auscultei a ode dos sentidos
de obtusos sons inflamados
Estrondosas luminescências se acenderam
Crispando a pele que me cobria
Clareei o mundo na alma 
Quando os olhos se me turvaram
Estagnados no afluente de muitos rios
Distantes memórias submergiram
Levantando ondas de outra vida
Ressurreição imortal e perene
Que permanece no coração do mundo
A chama que não cala a lucidez
E que dá coragem à sensatez
A luz que não se apaga ao contratempo
Neste tempo em que não há tempo
Para ter tempo de pensar com polidez.

A escrita de Manuela Silva

Manuela Silva Não sou esta nem aquela, nem sei se sou eu mesma nas linhas que tracei na vida. Sei que este cansaço de ser esta ou aquela ou de eu mesma tentar ser me leva ao limite do cansaço da vida, ao cansaço dos outros. E é este cansaço do mundo que me aflige, me tortura, me tira os dias, o sol e o luar, estendida em águas paradas, aniquilada de parasitas. Inspiraste, Victor Nogueira. Bjos.

24/8 às 19:57 · 

 E pisa e volta a pisar, e chora até a lágrima secar, cansada do maltratar, cansada do nada, apenas língua afiada, egos inflamados de nada.

24/8 às 20:06 ·

Manuela Silva - Primavera

Manuela Silva

Primavera

Quem sabe da dor que tem a flor
Quem sabe da terra o fel
Os vermes e as trevas
Por que passou a flor
... E a raiz defender e se estender
Numa vontade desenfreada de vencer
Para desabrochar em sol?

Quem sabe da dor que a terra tem
À virgem liberdade renunciar
Aceitando tudo o que nela cai
Em agraves explorações contínuas
Ao esgotamento sem descanso
E de poluição sepultada
Ferindo de morte a essência da vida?

Mas também de verdes prados
Ou de virgens florestas coberta
Numa relação de amor e paz
Onde se cruzam os elementos
Em perfeita harmonia
A água é rainha e rei é o sol
Em permanentes afagos de carinho
Contemplam as maravilhas
Do parto da primavera

Que eu sorvo em Poesia

Manuela Silva
21.03.2013Ver mais

— com José Proença Carvalho e 49 outras pessoas.

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Victor Nogueira Grândola, Vila Morena, é uma bela Canção, senha que foi porque "Venham Mais Cinco" tinha sido proibida dentro das proibições e repressões do fascismo. Lembram-se do Venham mais Cinco ? http://letras.mus.br/zeca-afonso/757583/ Poderia o MFA ter escolhido outra, como por exemplo, esta. Adivinham qual é ? http://www.youtube.com/watch?v=EqAZ_1JhUOw Ou poderia ter escolhido a belíssima Filhos da Madrugada http://letras.mus.br/jose-afonso/1653548/ Mas ainda bem que entre muitas de Zeca Afonso ou de Adriano ou de Luís Cila ou de Fausto ou de Sérgio Godinho ou de é Mário Branco ou do Coro da Academia dirigido por Lopes Graça, entre muitos outros escolheu Grândola Vila Morena. Porque nela é o Povo quem mais Ordena, na terra da fraternidade, da igualdade mas tb da solidariedade, combativa, característica dos assalariados rurais do Alentejo. Porque não basta ao povo ordenar mas sim que se entenda sobre o sentido do que ordena. Por isso, entre muitas outras canções do período a que a burguesia desde então designa depreciativamente como o PREC e dentro deste o "gonçalvismo", eu escolheria uma do já esquecido Tino Flores. Mas como outro hino possível, que tal a Liberdade de Sérgio Godinho ? Não uma liberdade abstracta, não uma liberdade do "súcialismo" em liberdade, mas aquela de que fala Sérgio Godinho Ora ouçam : http://letras.mus.br/sergio-godinho/498108/ Porque esse era o tempo em que "uma gaivota voava, voava", pela voz de Ermelinda Duarte http://www.youtube.com/watch?v=9v15fr7Wfek  3/3 Manuela Silva, Lia Branco, Deolinda Figueiredo Mesquita e 71 outras pessoas gostam disto. 30 partilhas Lurdes Sampaio · Amigo/a de Milu Vizinho e 6 outras pessoas gosto. 3/3 às 23:37 · Não gosto · 3 Alice Coelho Muito. muito, muito!!!!!!!!!!! 4/3 às 2:10 · Não gosto · 1 Judite Faquinha Havia muitas canções de qualquer um deles que eram proibidas, como a citada em cima ( venham mais cinco) do Zéca, do Luis Cila, Godinho Adriano, Fausto, e outros com canções linda mas tinha o carimbo censura a vermelho... Grandola Vila Morena, estava livre!!! 4/3 às 2:16 · Não gosto · 2 Carlos Rodrigues Hoje é preciso é que venham mais 5 milhões, pelo menos, Victor. Obrigado, gostei. Abraço. 4/3 às 11:26 · Não gosto · 2 António Barrenho Belas conquistas !!! mas........... 4/3 às 18:20 · Não gosto · 2 Tita Titinha a nossa conquista a conquista de um povo que luta 4/3 às 18:29 · Não gosto · 2 Deolinda Figueiredo Mesquita Não podemos permitir que voltem a proibir canções, tudo era proibido. 4/3 às 22:43 · Não gosto · 2 Teresa Motta · 6 amigos em comum 5/3 às 0:23 · Não gosto · 1 Manuela Silva Antes do 25 de Abril havia falta de informação. As pessoas faziam aAntes do 25 de Abril havia falta de informação. As pessoas faziam a sua vidinha, com terras para tratar e filhos para criar. Os mais conscientes e informados ou eram presos ou exilavam. Agora há informação, informação em excesso e contra-informação, manipulam-se os cidadãos em campanhas/teatro, que não percebo para que servem, gastando milhões aos contribuintes. O teatro prolonga-se nas leis que vão saindo, e novamente na campanha seguinte fazem-se festas, dão-se beijinhos, e os direitos vão sendo cada vez menos. A brincar... a brincar, com a hipocrisia no seu máximo, não fazem nada... não... não proíbem porque não podem ou não deixam, senão proíbiam muita coisa e os escândalos já nem impacto têm. 15/3 às 1:52 · Não gosto · 1 Filhos da Madrugada Somos filhos da madrugada Pelas praias do mar nos vamos À procura de quem nos traga Verde oliva de flor nos ramos Navegamos de vaga em vaga Não soubemos de dor nem mágoa Pelas praia do mar nos vamos À procura da manhã clara Lá do cimo de uma montanha Acendemos uma fogueira Para não se apagar a chama Que dá vida na noite inteira Mensageira pomba chamada Companheira da madrugada Quando a noite vier que venha Lá do cimo de uma montanha Onde o vento cortou amarras Largaremos p'la noite fora Onde há sempre uma boa estrela Noite e dia ao romper da aurora Vira a proa minha galera Que a vitória já não espera Fresca, brisa, moira encantada Vira a proa da minha barca.