Viva a Vida !

Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Silvia Mendonça - O vazio do silêncio

[A POESIA DO DIA]
O VAZIO DO SILÊNCIO
Por Silvia Mendonça

Tua palavra dorme no silêncio
De um conto de Proust.
Encanta-me o vazio das palavras
Sem aquela carência infinda

Em meio a ruídos do pensar
Aplaco o silêncio com um gesto
O mesmo que me faz deslizar
No cheiro da tua pele [força que preciso]

Hoje eu te dedico uma palavra
Uma palavra de lamento
Buscada no infinito,
Pedaços de mim [que se diluíram]

Hoje eu te dedico um verso
Um verso cansado e carente
De quem sonha
Com a tua imagem
[alimento de minh'alma]

Ouço os cânticos tristes,
Olhares em vão [busca infrutífera]
Dos que não falam mais de amor
Pois não vislumbram amanheceres

[Impossível conviver com a dor
de quem não ama]

[28/04/2010]

[Foto: Hanna Brescia]

[MENDONÇA, Silvia - Mural dos Escritores - http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/o-vazio-das-palavras
 - 28/04/2010]
 

domingo, 17 de janeiro de 2016

Sílvia Mendonça - A Invenção do Poeta

A INVENÇÃO DO POETA!
Por Silvia Mendonça

Minha última poesia
Lavra o teu sorriso
Ver-te sorrir faz
Hoje
Uma cor em Si (m)
Ao meu mundo
São onze horas
- a vida expulsa a noite do
Meu dia
Se isso não for dançar contigo
Que seja a contemplação da
Libido em nós
Há um jeito de dizer que
Amo-te: meu simples meu comum
Trago poemas presos na voz
Escondidos na face
Trago uma felicidade interior que se
Irradia em feixes de neon
Trago de olhos fechados e
Bebo versos de um vinho tocado num
Piano que goza em dor e lago
Seminal de teu vulcão sem
Asas
Por isso que os poetas são
Uma invenção da
Noite com sonhos de
Drummond
E desse pântano em pânico ao
Ponto em
Que me quer

[Para o poeta baiano Geraldo Maia]
[Junho, 14, 2009]
 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Judite Faquinha - Palavras

* Judite Faquinha São palavras sentidas Apenas palavras Todas com força de razão Raiva Tristeza Dor Revolta Sempre palavras Sentidas pelo coração Não queremos Piedade Pena Dó Compaixão São palavras Sentidas com sofrimento Na luta contra a repressão Contra Desemprego Miséria Fome Injustiças Guerra Estas não são palavras São práticas reais Nunca terão perdão 1997 Judite Faquinha

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Maria Jorgete Teixeira - Oferenda

Oferenda

Invento-te quando não te tenho e os meus lábios traçam caminhos nocturnos onde a lua é manta de suspiros. Com a polpa de um só dedo passeio no teu rosto, sigo a curva do teu queixo e cerro-te as pálpebras para que só me vejas por dentro. 
(...)
Parecem surdas as tuas mãos que não sentem a urgência dos meus braços. Mas um arrepio denuncia a tua pele que se ergue em borbulhas minúsculas que sinto quando desço pelo teu pescoço. Faz-se espada a minha língua, atravessa o teu dorso e estremeces, arqueio os meus ombros para te guardar, como órfão, no meu seio. 
(...)
Morro dentro de mim quando não vens, desventro a minha cama onde o teu vulto se afundou, suplico-te delírios em reza sentida que eu sei que não chega até ti. 
Quero-te tanto! Não sei se algum dia o saberás, não sei se quero que o saibas, porque o meu amor é apenas a insónia das noites brancas onde te busco, uma vez e outra até que os meus ossos se desfaçam em cansaços, até que as sílabas se esvaziem, até que o mar grete e rache sem a água que banha as minhas veias.
Ofereço-me a ti como oráculo no monte do templo, por uma só palavra, aquela que nunca me dirás.

maria jorgete teixeira
"O coração é puta sempre à espera"
 

Victor Barroso Nogueira na concha do teu olhar o segredo das minhas mãos Emoji smile

Judite Faquinha - Mulher és Março

* Judite Faquinha Mulher és Março Bela roseira em botão Leve e suave Em cada movimento Levas uma criança pela mão Mulher de Março És sol ardente Dás calor há vida Fruto do teu próprio ventre Pioneira Luta com Meiga e menina Vai caminhando Como borboleta do monte Sonha e diz! Vem mulher! Procurar a liberdade no horizonte Que sejas solidária e feliz Vem! Vem comigo Somos mulheres somos Março Vem, eu vou contigo 1998 Judite Faquinha.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Silvia Mendonça - Caleidoscopia

CALEIDOSCOPICA
Por Silvia Mendonça

Jorra tua voz em
Impulsos inevitáveis
Flecha insinuante
Faz alvo em mim
Crava olhos em meus
Disfarces labirintos
Claraboia por onde
Broto

Detecta-me com teus
Sons inexatos
Coabitas vontades futuras que
Obstinam teu corpo ebulição
Fervor inquieto
Espinheiro em beira de encosta
Seiva curtida em penhasco

Caminha indolente em meio às
Ondas
Debulhando em marés os teus
Poemas
Encena-te em dunas carrossel
Manobra fetiches acenados
Vedete decomposta em
Nós

Amarra-me em secretas mímicas
Faz-me teu andarilha
Menestrel
Primaz
Enreda-me em tuas escritas
Ordinárias
Predadora esculpida em teus
Desejos

Firo-te com garras dissimuladas
Sulcos ardentes em tua
Silhueta felina
Tremores tentações
Noites antíteses
Habitam o céu da tua
Boca

Venho fincando
Desnudamentos
Quereres
Libidos materializadas em
Ímpetos
Nos teus textos
Cheiros instintos
Nos teus guetos
Saraus rimas

Tens-me objeto
Depende se está menina
Está-se mulher
Estou eu em ti
Na dança cósmica
Nos trejeitos bailarinos
Avanço leopardo claustro
Amante liberto em rituais

Trago ardores dementes
Assumo papel nas
Entranhas de teu poema
Cantiga de alucinações
Brindemos ao fruto desta
Espera
Ao meu jeito de ser
Caleidoscopica

[Não importa o tempo deste
Instante/ Importa o instante
Deste Tempo]

[silvia mendonça]
[Publicado no Recanto das Letras em 27/06/2009
Código do texto: T1670250]

[Imagem: Google]
 

Judite Faquinha -ao ouvir-te

* Judite Faqinha

A magia de ouvir
Um poema no horizonte
A verdade com firmeza
Citas com calor e certeza
Pura como água da fonte
O amigo Ary (O sonhador)
Com poemas de lutador
Da liberdade de encanto
Ele assim o dizia
Sentimento que sentia
Nos seus poemas de pranto
Vibrando para despertar
Para seu povo acordar
E chegar a cada canto
Mensagem que a alma grita
Da verdade que não é dita
Ao povo vai esperando
Um poeta com nobreza
Lutador contra a pobreza
Da liberdade um amante
Amigo, já está ausente
Em nós sempre presente
Vai-nos sempre acompanhando
Dá-nos força para avançar
Poemas para lutar


By Judite Faquinha In 05-08-198

domingo, 10 de janeiro de 2016

uma gravura de Kate Baylay

BOA NOITE! BOM FINAL DE DOMINGO!

Na vida, quem perde o telhado
Em troca recebe as estrelas!

Namastê!
Excelente início de semana!
Beijos de mim!

[Kate Baylay Illustration]
 

Margarida Piloto Garcia - Instinto de sobrevivência

Instinto de sobrevivência

Como não acredito,
a chuva pouco me molha os olhos
e o estômago tem a dureza dos anos.
Tudo é tão depressa
que a palavra é difícil e transpirada.
Tudo é suportável
porque estou aqui, no impossível,
e existo, mesmo que seja um milagre
primitivo e demolhado em sangue.
Vejo de fora para dentro
o amor a cair em desuso
e eu a correr para uma equação forasteira.
Ávida de mim, digo que quero ainda
que renego incêndios apagados
e que nem tudo se perdeu.
Afinal, tenho alma de vento
e uma boca cheia de gritos.
Ser poeta de faz-de-conta
é apenas instinto de sobrevivência.

© Margarida Piloto Garcia.

( todos os direitos reservados ao abrigo do código do direito de autor)

Foto de Ralph Gibson
 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lisboa


8/1 
 Hello friends and Facebook member! 

That in 2016 we managed y es them joys! Exito ... Hug. 

That every day of your life to be happy ...
With peace, love and health! That true and good friends are always on your side ... With the continuation of much happiness ... I wish you success, always! Hug!

Que todos os dias de vossa vida seja feliz... 
Com amor, paz e saúde! Que os verdadeiros e bons amigos estejam sempre ao seu lado ... Com a continuação de muitas felicidades... Desejo-lhe sucesso, sempre! Abraços!

Visit Portuga! 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

um poema de Judite Faquinha

* Judite Faqinha


Um passarinho vai cantando
Esvoaçando vai trinando
Luta para se libertar

Cantando parece que chora
Nas grades de uma gaiola
Canta contra a repressão

No seu próprio trinar
Parece guitarra a chorar
Com tristeza e com saudade

Mas com força de vontade
Canta o hino da liberdade
Ouvindo-se duma prisão

Eu sou um passarinho
Preciso de amor e carinho
E em liberdade cantar

Voar por vales e montes
Riachos mares e fontes
Levado ao sabor do vento

De ramo em ramo poisar
Sobre uma flor cantar
O hino da liberdade

A canção é uma arma
O coração uma guitarra
De quem sabe cantar

Por princípios de valor
Me libertem por favor
Para viver em liberdade

By Judite Faquinha In 23-07-1986

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Margarida Piloto Garcia . 365

365

365 dias para me fazeres sorrir
para me debruçares na janela e
roeres até ao osso cada segundo de desvaire.
Tantos dias e tão poucos
para juntares às minhas , as tuas asas
e descobrires o voo planado dos que sonham.
Ergo hoje o desejo maior de ser assim,
mulher, deusa, seiva eterna da terra.
Tu és o complemento que me faz ser una.
E nasces cada dia num novo ano
prenhe de vagas estelares.

© Margarida Piloto Garcia.

( todos os direitos reservados ao abrigo do código do direito de autor)

Imagem de Gosia Janik