* José Castro
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Adeus (imitação)
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Adeus Pátria, adeus família
Adeus serra onde nasci;
Adeus colinas e vales
Onde feliz eu frui.
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Adeus regato suavíssimo
Que te despenhas do monte,
Adeus água cristalina
De tão poética fonte.
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Adeus sol que t’escondes
No teu tálamo de verdura,
Adeus tudo que é campestre
Adeus tudo que é ventura.
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Adeus outeiros que além
Sustêm formosa ponte;
Adeus crepúsculo da tarde
Que te retratas no monte.
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Adeus noites tão belas
Noites de grato luar;
Adeus milhares d’estrelas
Alvo do meu louco olhar.
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Adeus minha guitarra
Adeus p’ra sempre folgar;
Adeus danças campestres
Adeus meu belo cantar.
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Adeus douradas madeixas
De milhares de formosas!
Adeus doces enleios
Adeus nacaradas rosas.
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Adeus minha mãe querida
Adeus oh! grata visão!
Adeus tu que dás a vida
Ao meu triste coração.
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Óbidos
3 comentários:
Constato com deleite, que teu Bisavô e eu temos gostos (e interesses) em comum; cada um na sua época e na sua posição amou/ama as coiasa de que fala nos seus versos.
Gostei mesmo!
Maria Mamede
Já sei de onde vem a tua veia poética!
Abraço
Olá
estão lindos estes poemas!!!
Beijos estrelados
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