a Segunda-feira, 1 de Novembro de 2010 às 23:31
.
.
Ary pariria o poema:
Nasce nas veias o poema
E agiganta-se
Filho no ventre
Sangue que corre
Poema volume
Convulsão.
Poema
Sémen palavra
Corpo êxtase
Loucura
Parto
Construção.
Florbela suspiraria o poema:
Ai… Esta inquietude este desassossego
Que me faz pegar na pena.
Ai… Que penosos são os versos
E que penas, meu amor,
Penando te descrevo.
Ai… E assim penando permaneço
Na tristeza me aconchego
E no canapé, meu amor,
Quando a pena repouso
Desfaleço...
Pessoa questionaria o poema:
Se poesia é aquilo que sinto
Será poema aquilo que escrevo?
E o que esqueço
E o que omito
E se minto?
Se não fica tudo escrito
Será poesia o que sinto
Ou mera reflexão afinal?
Torga faria da Pátria poema:
Um poema nasce
Nos campos da minha Pátria.
Agreste é a paisagem
Forte o poema que cresce
Nos campos da minha Pátria.
Livre o poema ergue-se
E no céu sereno parte...
Fica a Pátria!
(in catedral.weblog.com)




Nasce nas veias o poema
E agiganta-se
Filho no ventre
Sangue que corre
Poema volume
Convulsão.
Poema
Sémen palavra
Corpo êxtase
Loucura
Parto
Construção.
Florbela suspiraria o poema:
Ai… Esta inquietude este desassossego
Que me faz pegar na pena.
Ai… Que penosos são os versos
E que penas, meu amor,
Penando te descrevo.
Ai… E assim penando permaneço
Na tristeza me aconchego
E no canapé, meu amor,
Quando a pena repouso
Desfaleço...
Pessoa questionaria o poema:
Se poesia é aquilo que sinto
Será poema aquilo que escrevo?
E o que esqueço
E o que omito
E se minto?
Se não fica tudo escrito
Será poesia o que sinto
Ou mera reflexão afinal?
Torga faria da Pátria poema:
Um poema nasce
Nos campos da minha Pátria.
Agreste é a paisagem
Forte o poema que cresce
Nos campos da minha Pátria.
Livre o poema ergue-se
E no céu sereno parte...
Fica a Pátria!
(in catedral.weblog.com)
"Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!"
Poeta castrado não!"
"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens!"
Do que os homens!"
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
"Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos"
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos"
Tu e 3 outras pessoas pessoas gostam disto.
.
*
Ana Simões
Bem-haja, Carmen, por nos premiar com o barro da poesia....moldado com dedos feitos segredos, sempre cobertos de humildes aprendizagens!
O barro moldado dor,
Com finas arestas de amor,
Pede como uma esmola
...A paz sem qualquer pudor
É o molde da minha Terra
Relevo do seu destino.
A tinta estendida em riso,
Que com soberbo ruído,
No rosto sem alma que rola
Neste mundo mísero perdido
É o abismo que minha Pátria encerra.
Ressoa em mim como um sino.
O esboço firmado incerteza
Rumorejante de beleza,
Das rugas outonais,
Que brotam em laminar pureza
É o princípio e o fim da fronteira
Que se abre nesta Pátria a arder.
A aguarela desfeita em fragrância,
Com marcas profusas em errância,
Das coisas que não falam mais
Torrentes e desertos. Inconstância.
É a luz da minha cegueira
O Reino que em mim quis crescer.
A mancha largada esperança,
Que desinteressada se quebra
Nos verbos Amar e Criar,
Gravada naquela pedra
Que rola, tropeça e cai
É a imensa verde Floresta
Profuso Mar do meu mundo.
A linha ensaiada longe
Que alteia o horizonte
Ébrio de sol que cresce e arrefece
No desejo de Ser Alguém,
De quem quer que seja,
Que vagueou pela terra
E não Abraçou ninguém
É o frio árctico desta Terra
Semente do meu solo fecundo.
O rasgo esculpido fado
De toda a miséria extrema,
Que faz nascer na memória
Silêncios de Indignação
E empesta os bonitos Sonhos
De cruor desfeito em poema
É a sombra aprisionada
Queimada pelo vento Suão.
O traço espesso em carvão,
Que sem ruído flutua,
Que sem descanso perdura
Em largas e fortes cascatas,
Do Rio da Solidão
É a água acorrentada
No porto desta Nação.
Com este Barro moldado
Com esta Tinta estendida,
Envoltos no Esboço firmado
Desta Pátria em mim vivida,
Dou cor à Aguarela desfeita,
Recrio a Linha ensaiada,
Recubro os Rasgos esculpidos,
Refaço mais espesso o Traço.
Construo a Mancha perfeita
Dos Tons da Pátria Bandeira
Que ondula em Sonhos perdidos.
ana
há 2 horas · Não gostoGosto · 1 pessoa
*
Victor Nogueira
Grato pela plenitude e pela inesgotável amabilidade para comigo. Convido-te para um passeio, virtual que seja, se doutro modo não acontecer, ao Parque dos Poetas, em Oeiras, pelo olhar do meu tio José João, da minha costela tripeira :-)
Sem comentários:
Enviar um comentário