a quinta-feira, 4 de Novembro de 2010 às 18:23
“ ALONGAMENTO “ ( ABC da distância )
Ausento-me, sempre que aqui estou,
Auscultando na curva das palavras
Uma Galáxia por descobrir,
Para onde todos os sentidos convergem
E se diluem num orgasmo de luz.
Aí, onde o Infinito se reduz
Ao espaçotempo da sua expressão mais simples,
Reinventando o Homem e a Mulher,
Contrai - se e expande-se a Mente,
Enquanto em hipérboles, apenas concebíveis,
Como a distância que nos amplia a íris,
Até à realidade indivisível de uma letra oculta,
Se redescobre a ilusão de estarmos aqui.
Alisar-te o cabelo, tocar-te os seios e as coxas,
Ouvir o murmúrio das vagas nos teus braços,
Reinscrever, no corpo a corpo, até que a alma se canse,
O abecedário amoroso de tudo o que já foi dito,
Não basta para aqui estar, mas de que outra forma
Poderíamos conceber a passagem viva, turbulenta,
Da semente ao fruto , do esboço ao caminho,
Do que somos e do que seremos,
Num lugar tão perto que nos deforma a visão
E nos atira para o risco espacial
De um inconcebível Mistério ?
E assim é que de longes conservo, na ponta da língua,
O sabor de todos os recantos ocultos do teu corpo,
E, mesmo, que este gosto, mais não seja do que o da sopa
de letras que juntámos, aí nos encontraremos, sempre,
Até que se nos esgotem de cansaço
Todas as formas de sermos Nós.
Ausento-me, sempre que aqui estou,
Auscultando na curva das palavras
Uma Galáxia por descobrir,
Para onde todos os sentidos convergem
E se diluem num orgasmo de luz.
Aí, onde o Infinito se reduz
Ao espaçotempo da sua expressão mais simples,
Reinventando o Homem e a Mulher,
Contrai - se e expande-se a Mente,
Enquanto em hipérboles, apenas concebíveis,
Como a distância que nos amplia a íris,
Até à realidade indivisível de uma letra oculta,
Se redescobre a ilusão de estarmos aqui.
Alisar-te o cabelo, tocar-te os seios e as coxas,
Ouvir o murmúrio das vagas nos teus braços,
Reinscrever, no corpo a corpo, até que a alma se canse,
O abecedário amoroso de tudo o que já foi dito,
Não basta para aqui estar, mas de que outra forma
Poderíamos conceber a passagem viva, turbulenta,
Da semente ao fruto , do esboço ao caminho,
Do que somos e do que seremos,
Num lugar tão perto que nos deforma a visão
E nos atira para o risco espacial
De um inconcebível Mistério ?
E assim é que de longes conservo, na ponta da língua,
O sabor de todos os recantos ocultos do teu corpo,
E, mesmo, que este gosto, mais não seja do que o da sopa
de letras que juntámos, aí nos encontraremos, sempre,
Até que se nos esgotem de cansaço
Todas as formas de sermos Nós.
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Silvio Di Pietro e tu gostam disto.
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Victor Nogueira
Olá, Carlos ! Para além do poema és tu tb o autor da alegre ilustração? Grato pelo poema, que retribuo com outro abecedário, não aquele em que pensava mas o que encontrei
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há 40 minutos ·
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Carlos Rodrigues
É assim é, ambos os documentos são meus. Raramrnte público algo que o não seja e quando o faço coloco, como é óbvio, o nome do Autor. Todos os que não estão assinados são meus, não faz sentido, pois não ? Um dia vou a uma consulta de Psiquiatria perguntar porquê. Obrigado pelo Poema do cordel ( salvo seja ), mas não é um Abecedário é um ABC, que também tenho sempre presente, pena que se repita tanto e o resultado seja o mesmo. Cá por mim digo: Todo o Poder à imaginação !
Um abraço
há 32 minutos ·
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Carlos Rodrigues Ah e é verdade, Victor: A Alegria pode ser o Carnaval em que vamos vivendo...
há 30 minutos ·
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Victor Nogueira
Carlos - Gosto do desenho. Tem um ar naif mas é belo e alegre. E como na internet há muito quem não identifique a autoria, que eu sempre procuro respeitar nos meus blogs, não fica nada mal "assinares" as tuas obras. Não por causa de eventuais cifrões provenientes de direitos de autor, mas pela moralidade de dar o seu a seu dono :-)
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Na página do cordelista Gustavo Dourado o poema tem duas hiperligações, uma delas em abc. Na imensidão da arca que são os meus nove blogs está um cordel muito interessante, que pesquei no sítio brasileiro Jangada de Pedra. Quando o encontrar, enviar-to-ei. Abraço :-)
há alguns segundos
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