a Terça-feira, 23 de Novembro de 2010 às 19:53
“ BANDEIRA “
Que odor é este, a resina e mosto,
Nem pinho, nem vinha, nem chão pisado,
Que vem na brisa, que arde no rosto
E se acende, nas rugas de um montado ?
Que linho espesso, da flor esquecida,
Tem, em teus dedos, caminhos quentes,
Linhas presentes, rendas da vida,
Que não sendeiros de cortar rente.
Tronco tecido no horizonte,
Semente e sangue, corpo sem pressa,
Que enquanto verso, perfuma a gente.
Se fora vela, promessa acesa,
Se fora cravo, seria urgente,
Se for sobreiro, é com certeza.
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