Encho os olhos na planura dolorida das searas.
A terra é um cadinho de oiro e sangue
E o silêncio dói e ecoa magoado
Nos seios da campina.
Angustiada a ave grita, riscando a luz
E homens e bestas
Impotentes
Imploram uma sombra.
Implacável, o sol é o rei da criação
E tudo reduz a poeira e desencanto.
Bastará, porém, uma gota de água
E a terra mártir, qual ventre prenhe,
Frutificará em ondas de pão.
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1986/7
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