por Maria Clara Roque Esteves a Terça-feira, 18 de Outubro de 2011 às 0:37
Do tempo que levei a sepultar palavras
Das palavras que transformei em silêncios
Dos silêncios que deixei sem repouso
Do repouso a que lancei fogos
Dos fogos que secaram fontes
Das fontes que me levaram a memória aos rios
Dos rios que sem trégua derrubaram minhas pontes
Das pontes donde mirei abismos
Dos abismos onde (re)descobri a minha dimensão
Da dimensão onde instalei a minha resistência
Da resistência onde me perdi em labirintos
Dos labirintos da esperança que me restou
Construi sonhos
Para que ninguém desse conta
Que as palavras sepultaram silêncios
Condenaram vidas
Adiaram lutas
E que num planeta sem luz pode morrer uma bandeira.
Tu, Vitor Correia, Ana Albuquerque e 8 outras pessoas gostam disto.
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(...)
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(...)
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Victor Nogueira Beijos, Clara, pelo poema e pela foto. E dum poeta que na minha juventude era um farol que hoje já não é . Mas fica a poesia intemporal
"(...) E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
http://cvc.instituto-camoes.pt/poemasemana/05/01.htm l
Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz.>
há 2 minutos ·
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