Fico sem ânimo quando estou privada da tua presença. O teu esquecimento faz-me alhear e sentir longe de tudo. Sinto a falta das tuas palavras divagadas que devorava sem cessar, no silêncio da noite, como era hábito meu. Estou só… falta-me o ar! não sei respirar sem o aconchego dos teus braços e das carícias do vento que passa ao de leve pelos meus cabelos. Faço uma pausa durante o dia e da janela do meu quarto olho para lá do mar, do firmamento. Em dias de chuva, fico ali quieta a observar as ondulações e as agitadas árvores da margem baloiçando de um lado para o outro. Em noites frias de luar, o silêncio e a solidão cruzam-se.
Fico sem ânimo quando estou privada da tua presença. O teu esquecimento faz-me alhear e sentir longe de tudo. Sinto a falta das tuas palavras divagadas que devorava sem cessar, no silêncio da noite, como era hábito meu. Estou só… falta-me o ar! não sei respirar sem o aconchego dos teus braços e das carícias do vento que passa ao de leve pelos meus cabelos. Faço uma pausa durante o dia e da janela do meu quarto olho para lá do mar, do firmamento. Em dias de chuva, fico ali quieta a observar as ondulações e as agitadas árvores da margem baloiçando de um lado para o outro. Em noites frias de luar, o silêncio e a solidão cruzam-se.
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Lá fora, do outro lado da vidraça, alguém corre aflito fugindo às águas da chuva, ao vento agitado, pelas ruas às escuras da aldeia mal iluminada. Consigo distinguir a luz pequena de um foco que ilumina os passos largos, desse alguém, ressoando na calçada molhada, passo a passo. Mais ao longe alguns vultos que passam apressados agasalhados nos seus capotes.
Lá fora, do outro lado da vidraça, alguém corre aflito fugindo às águas da chuva, ao vento agitado, pelas ruas às escuras da aldeia mal iluminada. Consigo distinguir a luz pequena de um foco que ilumina os passos largos, desse alguém, ressoando na calçada molhada, passo a passo. Mais ao longe alguns vultos que passam apressados agasalhados nos seus capotes.
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Lamento que tenha chegado a este ponto de clareza, na certeza absoluta das acções que se passam em volta de um círculo envolvente, através do qual vejo num espelho o horizonte de mim num lago de espuma...
... A demência da arte!
Edite Pinheiro
Jun, 13 / 2010
Lamento que tenha chegado a este ponto de clareza, na certeza absoluta das acções que se passam em volta de um círculo envolvente, através do qual vejo num espelho o horizonte de mim num lago de espuma...
... A demência da arte!
Edite Pinheiro
Jun, 13 / 2010
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