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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ser comunista - a ideia no fascismo


Quando se deu o 25 de Abril, eu não sabia nada de política. Mas sabia de comunistas, isto é, sabia aquilo que sobre eles me tinham metido na cabeça. Quando a conversa sobre comunistas já era outra, mesmo assim, só o nome, já trazia cargas do negativismo mais atroz, demoníaco, cruel, torturante ,aterrador...

Como?...aquelas mulheres bonitas que a televisão mostrava a serem libertadas das suas celas, eram...comunistas?????

Não era o facto delas estarem presas por via disso, que me surpreendia. Surprendia-me, isso sim, que mulheres cultas e bonitas iguais às melhores, fossem comunistas, tal era o conceito que eu tinha dessas pessoas...e porquê?...pois, eu a viver numa terrinha do distrito de Braga e oriunda duma família vulgar, onde se rezava o terço todos os dias antes de deitar,eu não era muito diferente das pastorinhas de Fátima, que sonhavam com a aparição duma nossa senhora, que lhes trouxesse alguma felicidade, tipo a graça duma santidade que nos transcendia e tinha o dom de nos deixar felizes até no sofrimento...

Que estranho tudo aquilo!!!

E no entanto, comunistas é que não, deus me livre, era o demónio, o preto, o cornudo do fogo do inferno, que comia criancinhas, violava as virgens, calcava as hóstias....

Não é exagero, não!...não estou a inventar nada, estava tudo na minha cabeça quando aconteceu o 25 de Abril...e eu já tinha quase 22 anos....
Não gosto ·  ·  · há 5 horas · 

  • Helder Oliveira Cecilio Como eu te compreendo Maria Amélia. Mas como tu, há poucas que conseguiram livrar-se desse jugo, principalmente no norte e no interior do país. Um beijinho
    há 5 horas · Gosto · 3
  • Maria Fontes Pois eu tb não percebia nada de politica, nem de comunistas, só quando alguem falava de Salazar, ouvia ums xius e uns olhares em redor que não compreendia! Após o 25 de Abril, tomei conhecimento de muita coisa, e fiz a minha opção politica sem ninguem me fazer a cabeça.
    há 5 horas · Gosto · 1
  • Maria Amélia Martins depende como nos "fazem a cabeça" Maria...e como vês com mentiras podem fazer-nos muito mal
    há 5 horas · Gosto · 2
  • Maria Fontes Exacto, Amélia, depende como nos "fazem a cabeça". tem toda a razão!
    há 5 horas · Gosto · 2
  • Manuel Monteiro O comunismo é a infância da humanidade...
    há 4 horas · Gosto · 1
  • Armando Ribeiro Belo texto camarada, vou partilhar. Mas não sem antes deixar também o meu "papão dos comunistas"...................
    há 3 horas · Gosto · 1
  • Armando Ribeiro Passeava eu aqui à uns tempos atrás com familiares aqui na minha marginal da Foz (passeio habitual de fim de semana), quando um dos acompanhantes ao contar uma peripécia tida, deixou escapar a frase. "os tipos tinham mau aspecto, muito abandalhados, tipo comunista......." - ora eu, que até procuro ser "polidinho", interrompi a conversa para questionar esse meu acompanhante, qual e porquê a comparação que ele fazia dos bandalhos aos comunistas!escusado será dizer que esse "senhor" que por acaso até é engenheiro e é um dos ditos socialistas, ficou embasbacado porque não se lembrar que, indirectamente me estava a ofender. Isto amigos para dizer, que não só antes do 25 de Abril, como nos dias de hoje, essa porcaria dos falsos democratas, ainda têm essa precessão que (tendenciosa ou não) procuram incutir na cabeça dos mais desatentos. Azar o deles, que as coisas são como são e as pessoas de bom carácter vão evoluindo....porque de falsos profetas está este mundo cheio....e farto!!!!!!!!!!!!
    há 3 horas · Gosto · 2
  • Armando Ribeiro Muitas, mas muitas outras histórias haveria para contar, mas, as pessoas de bem, que atentem nas realidades!!!!!!!!!!!!!!!!
    há 3 horas · Gosto · 2
  • Carlos António Carvalho Como são as coisas! Eu entrei para o Partido em 1970 com 21 anos de idade, para mim o Partido era, e é, a minha forma de realizar enquanto cidadão. Claro que conheci o Partido alguns anos antes, não na minha terra natal - Poiares, Coimbra - mas porque, aos 14 anos, comecei a trabalhar numa empresa metalúrgica na Amadora ( Cometna). depois foram as "eleições" de 1969, na CDE.
    há 2 horas · Gosto · 1
  • Carlos António Carvalho Em 1970 entrei para a direcção de uma Cooperativa Cultural e para o P. Em 1972 para a actividade sindical, estive no Congresso de Aveiro e fui candidato a deputado nas "eleições" de 1973 pela CDE de Lisboa. Vivi o 25 de Abril numa forma activa, como dirigente da CDE, e em Outubro de 74 entrei para o Secretariado da Intersindical, saí em Janeiro deste ano. Não entendam isto como "basófia" credo! Mas no meu meio o Partido era muito popular. Na empresa onde sempre trabalhei no 25 de Abril tinhamos mais de uma dúzia de militantes.

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