Viva a Vida !

Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)

domingo, 8 de abril de 2012

Sobre A Páscoa numa Aldeia Minhota (1974)




    • Filomena Pita Soares Victor! uma Boa Páscoa para ti e tua família.
      7/4 às 22:53 ·  ·  1


    • Joane Vale Kempf Pascoa feliz e doce para si amigo Vitor


      7/4 às 22:54 ·  ·  1


    • Ana Roque Gostei imenso deste "Retrato" Victor Nogueira! Boa Páscoa, Abraço:)
      7/4 às 22:56 ·  ·  1


    • João Gonçalves Gosto muito do que li. Grande abraço e continuidade de Boa Páscoa.
      7/4 às 23:00 ·  ·  1


    • Carmen Montesino Grata, boa Páscoa, Victor! Um abraço!
      7/4 às 23:02 ·  ·  1


    • Aristides Silva Realmente tu tens uma capacidade muito natural para escrever sobre o quotidiano que te envolve. É impressionante a tua escrita. Adoro os teus textos!
      7/4 às 23:27 ·  ·  1


    • Alice Coelho Obrigado, Victor Nogueira!!! beijinho e bom domingo de Páscoa!!!!!
      7/4 às 23:41 ·  ·  1


    • Yolanda Botelho QUE BONITO....GOSTEI TANTO DE LER ESTE TEXTO....TENS UMA ALMA MUITO SENSÍVEL.....MEU ESQUERDISTA PREFERIDO.OBRIGADA POR ESTE MOMENTO.BJ
      7/4 às 23:44 ·  ·  1


    • Manela Pinto tens k escrever um livro, adorei a tua narrativa, só nao entendi se sempre beijaste a cruz e se de crente nada és hahahha beijos. tem um bom domingo. da minhs páscoa dos outros tempos no meu alentejo a única coisa boa k me lembro é que a minha mae tinha sempre um vestidinho novo k fazia para juntar à minha parca colecçao e o pacotinho de amendoas, de religioso só se fosse o de as ir comer à nossa senhora do castelo para ir exibir o meu vestidinho....
      8/4 às 3:52 ·  ·  1


    • Carlos Rodrigues Pegaste o compasso com faena de joelhos, Victor ? Boa Páscoa.
      8/4 às 10:27 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Carlos Rodrigues Sim, fiz a vontade ao meu avô e beijei a imagem sem lhe tocar. O mesmo panito limpava a imagem desde o início do compasso e após cada "ósculo", o que mesmo para um crente não seria muito sedutor, quanto mais para um incréu. LOL
      8/4 às 13:58 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Em tempo - não, não me devo ter ajoelhado, mas disso não reza a crónica
      8/4 às 13:59 · 


    • Manela Pinto hahahhahaha
      8/4 às 14:00 ·  ·  2


    • Maria Lúcia Borrões Eu fui «convidada a sair» dos escuteiros porque me recusei a ir beijar o Menino Jesus na altura do Natal... Acatei a expulsão porque reconheci o não cumprimento do dever de obediência... 


      Se o meu avô me tivesse pedido "de mansinho" que o fizesse, se calhar, ainda hoje lá estaria ;))...

      9/4 às 13:45 ·  ·  1


    • Lia Branco Retratos e retalhos, meu querido amigo e camarada. Beijinhos
      9/4 às 17:18 ·  ·  1

    • Carlos Rodrigues Medida de segurança ou sanitária perfeitamente compreensível, Victor, mas beijar seja o que for, sem lhe tocar, é que é muito difícil, Victor, gostava de ter visto esse número de magia infantil. LOL. Abraço.
      9/4 às 17:45 ·  ·  1

    • Victor Nogueira LOL Nessa altura, Maria Lúcia Borrões, já era ateu, para grande desgosto do ramo católico da família, e o meu avô sabia pois deixara de rezar o terço diário em casa dele e de ir à missa. O ramo católico era o da minha mãe e o ateu o do meu pai. Mas para quê desgostá-lo numa família da aldeia, de católicos fervorosos divididos entre a tourada e o compasso ? 


      Mas para grande surpresa minha, depois do 25 de Abril o meu avô materno, católico, revelou-se anti-salazarista e aceitava os comunistas enquanto que o paterno, ateu e livre pensador, mas salazarista toda a vida, não podia com os bolcheviques. Era a minha uma família de contrastes e posições radicalmente antagónicas :-)

      9/4 às 20:05 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Carlos Rodrigues, o céptico - nessa altura já tinha 28 anos LOL
      9/4 às 20:06 · 

    • Carlos Rodrigues Ah, bom, não tinha percebido isso, julguei que fosses mais novo na altura.Olha, esses antagonismos e contradições familiares não me surpreendem nada, não está escrito em lado nenhum que um Padre, por exemplo, não possa ser Antifascista, aliás muitos o foram. Abraço.
      9/4 às 21:13 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Antes do 25 de Abril o meu avô não se pronunciava, o que só sucedeu depois daquela data. Quanto ao meu avô paterno, Carlos Rodrigues., esse já antes daquela data não perdoava aos aliados terem permitido que os bolcheviques tivessem entrado em Berlim antes dos States. 

      Mas a diocese do Porto foi quase sempre contestatária. Não te esqueças que o rei e a nobreza não podiam construir palácios na cidade nem nela permanecer mais de três dias; talvez a força da burguesia beneficiasse do despique entre o Rei e o Bispo, aliás como sucedia nos coutos de Alcobaça. onde se gritava não "Aqui d'el Rei", mas "Aqui, do Abade" de tal nodo que D.João I não teve coragem de atender aos protestos das populações contra os desmandos e prepotências do Abade de Alcobaça.

      E lembro-me que o meu avô materno assinava o jornal da diocese, ao tempo nas mãos do bispo António Ferreira Gomes e como tal por ele influenciado. E o primo do meu avô, que também foi bispo do Porto, para além de ser conhecido como o "Pai dos Pobres", foi um dos dois únicos bispos que mandou ler um documento contra a Lei da Separação da Igreja e do Estado, tendo por isso sido preso e exilado por duas vezes durante a I República. Tem um processo de beatificação parado há decênios, talvez pk mesmo nos dias de hoje não deva ser muito grata a sua memória, pois Roma está mais interessada na santificação do fundador da Opus Dei, dos Padres que alinharam por Francisco Franco fuzilados pelo Governo legítimo Republicano, nos Pastorinhos de Fátima [cujo tenebroso 3º segredo não passava afinal de água chilra] e no anti-comunista João Paulo II LOL
      9/4 às 21:45 ·  ·  1

    • Maria Lúcia Borrões Tu já eras maior e vacinadíssimo. Eu naquela altura andava pelos meus 15 aninhos, altura em que comecei a pensar pela minha cabeça, a pôr em causa e a contestar muitos dos dogmas em que tinha sido educada... Verdade seja dita que, em casa, apesar de desgostosos, nunca me forçaram fosse ao que fosse em domínio religioso. Gostei de saber das contradições da tua família, Victor Nogueira, senti-me acompanhada... No fundo há-as em todas as famílias.
      9/4 às 22:20 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Sabes, Lúcia, o que o Pároco de Santa Isabel em Lisboa me dizia em resposta às minhas interrogações- enquanto estudante de Económicas - não me convencia, nem estava em acordo com o Centro de Estudantes Católicos da Universidade de Luanda, progressista e dirigido por jesuítas, de que fiz parte e de que me acabei por afastar. Mas já desde adolescente me causava perplexidade que a família ateia do meu pai, que eu "adorava" - pai, avós e tios - fossem para o inferno pk não eram católicos, que as crianças não baptizadas fossem para o limbo e que a salvação estivesse apenas ao alcance dos católicos praticantes, minoria no conjunto da população mundial. 

      Para mim era um absurdo, que sendo Deus tão Omnipotente, criando o homem à sua imagem e semelhança, o tivesse feito tão imperfeito e sujeito ao sofrimento, à guerra, à fome, à doença, à ignorância, à miséria ... 

      E foram grandes as minhas pegas nas aulas de Direito Natural, no 1º ano do ISESE, se te lembrares - acho que fui o 1º estudante no ISESE a abandonar uma aula (a de Direito Natural) - face à pesporrência, sobranceria, autoritarismo e sectarismo do Pe. Marques (não jesuíta), que nos tratava como atrasados mentais, que é referido num dos textos de memórias que contigo partilhei, Maria Lúcia Borrões :-)
      9/4 às 23:28 · 

    • Victor Nogueira Maria Lúcia Borrões Na aula de Direito Natural que abandonei perguntara-lhe em que basearia o Direito Natural se Deus não existisse, ao que ele respondia repetindo apenas "Cala-te, Victor, cala-te e senta-te". Numa aula anterior no final havia-me chamado à secretária para me dizer que quando tivesse dúvidas a pôr lhas pusesse particularmente, para não perturbar os espíritos jovens que me ouviam . Naturalmente que só tive 10 no exame final, tal como em Psicologia Social, que ele também lecionava, apesar da minha sabedoria e pk creio que foi impedido de reprovar-me pela Direcção do ISESE LOL
      9/4 às 23:42 ·  ·  1

    • Carlos Rodrigues Nunca tive Direito Natural, mas sim Religião e Moral, onde a prova mais evidente da existência do Criador se baseava no axioma ou dogma, se quiseres, que não existe " Relógio sem Relojoeiro ", ora tendo eu pelo menos um primo relojoeiro na família, comecei a acreditar que ele era Deus e a acertar o relógio para não o desapontar, foi assim que aprendi a ver as horas, mas sempre achei estranho que o meu primo Divino, que tinha uma loja perto do Miradouro de Santa Luzia, frente a um Limoeiro, em vez de beber sumo de limão, passasse a vida na tasca do Aires a beber copos, a partir de então,tornei-me agnóstico e nunca mais acreditei no meu primo Deus. LOL. Boa Semana, Victor.
      10/4 às 10:51 · 

    • Carlos Rodrigues Estava-te a flar do meu primo Relojoeiro, porque em Religião e Moral a prova mais sólida que nos era dada na altura da existência do Criador era que " Não havia relógio sem relojoeiro " e então, para mim o meu primo era Deus, mas alguém aqui achou que o comentário era " inapropriate " e o cortou, não sei se era Jesuíta ou só contra a liberdade de expressão, mas como sou teimoso, volto a inserir, parte da história. Um abraço, Victor.
      10/4 às 10:55 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Em tempo, Maria Lúcia Borrões Num curso posterior ao nosso houve outro colega nosso, o Carlos Mota de Oliveira, que também abandonou as aulas de Direito Natural pelos mesmos motivos, mas esse escreveu uma contundente carta à Direcção do ISESE acerca do professor e das aulas daquela cadeira. 

      E no nosso curso de 68/69 se te lembras a esmagadora maioria dos estudantes de Doutrinas Sociais deixou de comparecer às aulas a meio do capitalismo, tendo sido acordado com o professor assinar o ponto do início de cada aula, para não perdermos o ano por faltas, abandonando de seguida a sala de aulas. 

      Mas antes do início da Doutrina Social da Igreja o Pires Lopes afixou um aviso em que revogava a sua decisão, voltando a ser obrigatória a assistência às aulas. Após algumas reuniões a maioria resolveu acatar a decisão do professor pelos que os recalcitrantes tiveram também de "render-se", sob pena de perderem o ano por faltas. De modo que na primeira aula de DSI depois do prof entrar levantei-me e disse que ele havia faltado à palavra dada e que as aulas continuavam do mesmo estilo e sem qualquer interesse para mim e que era obrigado a assistir as mesmas para não reprovar.. Disse e sentei-me. Sucessivamente levantaram-se o Viegas e o Pingarilho que declararam "Faço minhas as palavas do Victor" sentando-se de sequida. E assim venceu o Piricas. LOL
      10/4 às 13:17 · 

    • Maria Lúcia Borrões Já não me lembrava dos episódios que referiste, mas assim que comecei a ler, veio-me tudo imediatamente à memória, tanto do «Cabecinha de Rôla» (como lhe chamávamos) como do padre P. Lopes. Lembras-te de que, mais tarde fizemos o mesmo com as aulas de Direito Corporativo do Mesquita? Também não o suportávamos por razões óbvias às quais acrescia o seu pouco profissionalismo, como professor e o tom monocórdico e enfadonho das suas prelecções. Propusemos-lhe darmos nós as aulas e ele: «Ai, por mim fico encantado, quanto menos trabalho tiver, melhor!». Era duma lata! Com a desculpa de ser deputado chegava sempre atrasado. Por vezes fazíamos como os garotos na escola e escondíamos dele quando chegava...:)) Era o máximo!
      10/4 às 14:18 ·  ·  1

    • Victor Nogueira LOL. Maria Lúcia Borrões Lembro-me disso do Mesquita. Embora me tivesse pegado de ponta pk recusei um emprego que me arranjara no Estado, [ele soubera que eu andava à procura de emprego] pk não queria compromissos com a ANP - o partido marcelista - teve de dar-me 15 valores no exame final pois eu sabia mais que ele. 


      Aliás tivemos outra pega com o professor de Legislação Internacional do Trabalho ou de Relações e Organismos Internacionais, o Cabral, do INTP - Instituto Nacional do Trabalho e Previdência - que ia para a aula ler a sebenta e a nada respondia. Na véspera da marcação do exame final passei a noite inteira sem dormir a ler a Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, pelo que entrei na aula cheio de speed e disse ao prof que não lhe reconhecíamos competência para avaliar os nossos conhecimentos pois ele era ignorante da matéria que lecionava. Ele até era boa pessoa, ao contrário dos outros de que falei, e tive pena ao desancá-lo. 

      Tal como em Direito Corporativo e em Legislação do Trabalho, esta tb leccionada pelo Amílcar Mesquita, o meu exame final foi uma tourada. Mas qualquer deles reconheceu a minha sabedoria pelo que tive 14 a Legislação Internacional, 15 a Relações Internacionais, 15 a Direito Corporativo e 14 a Legislação do Trabalho Em todos estes exames do júri fazia também parte o Director do ISESE, ou o Craveiro da Silva, sj, ou o António da Silva, tb da Companhia de Jesus LOL

      10/4 às 14:51 · 

    • Victor Nogueira Aliás o Director do ISESE creio que fazia parte dos júris de exame das cadeiras cujos professores eram contestados pelos alunos (uns 4 ou 5, incluindo o Mesquita, o Cabral e o "Rola" sendo apenas escritos os exames deste último e de dois dos jesuítas contestados, o Borges, de Economia I, e o Pires Lopes - em Doutrinas Sociais mas não em Gestão de Empresas I.
      10/4 às 15:11 · 

    • Maria Lúcia Borrões Lembro-me perfeitamente do Cabral, também tive 15 com ele. Aquilo era uma »chachada». Ele tinha um estribilho, lembras-te?: »Não sei se... está bem?» . A Suzete eu e a Dídia era só como o tratávamos... Chumbou a Dídia porque no exame ele começava por nos dar a escolher o tema que mais nos tivesse interessado. Toda a gente preparava mto bem um capítulo e explanava-o o mais possível, para ficar pouco tempo para outras perguntas que ele fizesse. 

      A Dídia não se deu ao trabalho de preparar nada em especial e qdo ele lhe deu a escolher, ingenuamente, disse que podia ser tudo o que ele quisesse menos o último fascículo da sebenta pq nem lhe tinha tocado. O fulano foi aos arames, pq "passava ele os seus ricos fins-de-semana a fazer a sebenta para haver alunos que se davam ao luxo de nem olhar para alguns capítulos" (sic). Resultado: só lhe fez perguntas sobre aquela parte. Nós ainda a encorajámos a protestar porque aquilo representava para aí 1/6 da matéria, mas sabes como era a Dídia, não esteve para chatices. 

      Só uma vez, a reboque de mim, e com o apoio do Abílio Fernandes, é que consegui que assinasse uma carta que escrevemos à Direcção, por causa duma confusão em relação ao exame de Análise de Balanços, que nós já tínhamos feito e que dp se lembraram que não poderia ter sido naquela data e queriam anulá-lo. Mas ganhámos!!! Estes histórias são mesmo como as cerejas ;))
      10/4 às 17:34 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Eu tinha as faltas controladas e tapava nas cadeiras que me não interessavam. Qual não foi o meu espanto ao ver que não podia apresentar-me ao exame final de Contabilidade I - para o qual estava mais que preparado, com notas elevadas nas frequências - porque segundo a pauta eu excedera ... 1 falta. Fui conferir com o Veladas e ele enganara-se e comunicara 1 falta a mais. Fui falar com o Augusto da Silva sj e o Veladas reconheceu o erro, mas o Silva dizia-me que a pauta já estava afixada, pelo que me deveria apresentar na 2ª época em Outubro. Recalcitrei e o Silva acabou por permitir que fizesse o exame na 1ª época, onde passei com 16 valores. 

      O professor de Contabilidade I (que não era senão a Contabilidade Geral das escolas comerciais, tal como Contabilidade II, mas que não tínhamos nos curriculos do secundário - aliás em Económicas tb havia uma cadeira de Propedêutica Comercial I e II, para suprir as insuficiências curriculares do Liceu), pois dizia eu que o professor de Contabilidade I tinha um trauma qualquer e a primeira parte do curso era a dissertar sobre a ... filosofia da Contabilidade. Uma seca. 

      Como uma seca era em Direito Comercial o Sertório Barahona que dissertava e expunha as opinião de abalizados juristas - a nossa era a sebenta da Faculdade de Direito de Lisboa - sobre o que era um "acto comercial". Um dia, farto, disse-lhe eu pk não clarificava de vez o Governo o malfadado artº 2º, ao que ele retorquiu "Então, se não fosse assim, de que viveriam os jurisconsultos ?! "

       Também em Económicas a sebenta de Direito Civil era também a da Faculdade de Direito só que o professor desancava na malta porque não utilizávamos uma linguagem jurídica, não se comovendo qd lhe disse que estávamos em Economia e Finanças e não em Direito. 

      Um dia, Lúcia, conto-te o balde de água fria que foi a 1ª aula de Matemáticas Gerais em Económicas, quando do Liceu Salvador Correia em Luanda só cinco dos 20 da alínea g) tínhamos feito Matemática logo à primeira, 4 rumo a Lisboa e outro à Faculdade de Economia do Porto. Ainda estive 1 semana matriculado na Faculdade de Economia do Porto mas incomodado com a linguagem vicentina dos meus colegas tripeiros - eu que na altura nem "merda" dizia - pedi a transferência para Lisboa. LOL
      10/4 às 18:54 ·  ·  1


    • Maria Lúcia Borrões Tem graça que a Matemática, que sempre foi o calcanhar de Aquiles da área de ciências, era também a minha disciplina preferida no 7º ano, quase a par com o Inglês. Era tão «despassarada» nos meus 15 anos acabados de completar que, posta de parte a ideia de ir para a f) devido à nódoa de professor que tive a C. Naturais no 5º ano, escolhi a alínea g) por ser a única que juntava cadeiras de Ciências com cadeiras de Letras, nomeadamente Matemática e Inglês...
      10/4 às 19:04 · 


    • Maria Lúcia Borrões Quanto à linguagem vernácula usada pelos nossos amigos tripeiros, não me admiro que não gostasses, eu na altura tb era mto púdica... E as minhas amigas igualmente, nem entre nós usávamos termos que não se pudessem dizer em público. Lembro-me que qdo nos queríamos referir a uma asneira pesada dita por 3º, dizíamos que a pessoa tinha dito «o maior palavrão que a gente conhece» ...;)
      10/4 às 19:15 · 

    • Victor Nogueira Eu queria seguir engenharia - civil "impunha" o meu pai, para lhe suceder no gabinete, embora electromecânica ou geofísicas fosse o meu desejo. Mas eu queria sair de casa e o meu pai disse que me não pagava engenharia em Portugal pois havia cursos de engenharia na Universidade de Luanda (ainda estive uns 15 dias matriculado na alínea f). 

      Como não me interessava ir para Letras nem ser professor, a alínea g) era a única saída, pois combinava cadeiras de que gostava - História, Matemática e Geografia. De modo que o reitor do liceu que era visita da casa dos meus pais convenceu o meu pai do futuro promissor da Economia e lá vim tirar um curso que nem sabia o que era e que se revelou uma autêntica desilusão, não só pk o Liceu não nos preparava em conhecimentos fundamentais como as aulas eram magistrais, para exibicionismo da maioria dos professores, que pretendiam ascender à cátedra, e dadas em turmas teóricas superlotadas (250 alunos em Matemáticas Gerais, 500 em Direito Civil) 

      Nós os das colonias ao fim de semanas estávamos fartos de Portugal, pequenino, mesquinho e de vistas curtas. Pelo que se tivesse seguido engenharia teria logo voltado para Luanda. Assim, para não voltar ao Liceu para fazer as cadeiras da alínea f) que me faltavam e depois de ponderações várias fui desemcomboiar em Évora LOL
      10/4 às 19:25 ·  ·  1

    • Victor Nogueira Pois ... numa das escolas em que dei aulas uma vez na sala dos professores algumas colegas minhas comentavam os dislates dos alunos e diziam qualquer coisa como "pois, ele disse vai à éme" e o outro respondeu "pê que te pê" LOL
      10/4 às 19:35 ·  ·  1

    • Maria Lúcia Borrões Ipsis verbis!!! Dizíamos exactamente assim ;))
      10/4 às 19:41 ·  ·  1 
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