ENGRENAGEM
(ou uma face da depressão)
Num repente, acontece.
Um tropeção na engrenagem
e inicia-se o bailado
numa profusão de passos espiralados
ao sabor da determinística queda
Partem-se os metafóricos queixos
no embate violento com as inesperadas surpresas
do outro lado do espelho
De espírito embotado
a vontade anestesiada navega nessa realidade irreal
de onde não há fuga
nem há portas para abrir
O universo é uma ombreira sem porta
sem passagem, sem miragem,
um limbo sem cor
onde escurece até tudo ficar em ânsias de luz
As sinapses já não reagem,
as memórias cristalizam-se no antes
a pairar no esquecimento
Perdeu-se o encaixe no puzzle,
o lugar na engrenagem
o indizível pedaço de pertença
Aqui, és limbo.
Aqui, não és.
JCE 04/2011
(ou uma face da depressão)
Num repente, acontece.
Um tropeção na engrenagem
e inicia-se o bailado
numa profusão de passos espiralados
ao sabor da determinística queda
Partem-se os metafóricos queixos
no embate violento com as inesperadas surpresas
do outro lado do espelho
De espírito embotado
a vontade anestesiada navega nessa realidade irreal
de onde não há fuga
nem há portas para abrir
O universo é uma ombreira sem porta
sem passagem, sem miragem,
um limbo sem cor
onde escurece até tudo ficar em ânsias de luz
As sinapses já não reagem,
as memórias cristalizam-se no antes
a pairar no esquecimento
Perdeu-se o encaixe no puzzle,
o lugar na engrenagem
o indizível pedaço de pertença
Aqui, és limbo.
Aqui, não és.
JCE 04/2011
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