A chuva bateu-me à porta, bem de mansinho, como se não me quisesse acordar
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Abri, convidei-a a entrar, mas não quis...pegou-me na mão e levou-me, tão suavemente, com se partilhasse comigo, coisas e sentires nunca vistos, nunca sentidos.
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E saímos, lado a lado, de mãos dadas, molhando os pés nas poças de água, sentindo as grossas gotas baterem na cara, repassarem a roupa e encharcarem o corpo, num alerta constante da vida em movimento, que nos consome, mas que nos arrasta e nos transporta para além de nós, para além do que nossos olhos alcançam, para além do que o nosso entendimento capta, para além.... onde o coração corre, e de cansado, espera sem esperança, amordaçado pelo que não vê, pelo que não chega, pelo tempo que o estrangula..... respira fundo, sobrevive!!
AC
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- Victor Nogueira Gosto desta tua faceta de escritora, que me encanta :-)
http://aoescorrerdapena.blogspot.p t/2012/04/ victor-nogueira.html No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e nã...Ver maishá 15 horas · · 1 ·
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