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domingo, 6 de novembro de 2011

Fragmentos por Maria Clara Roque Esteves


Fragmentos

por Maria Clara Roque Esteves a Domingo, 6 de Novembro de 2011 às 0:24
Fragmentos

Num imenso espaço de tempo
Construí rios e
Cumpri sonhos de espumas.
Olhos abertos
Permiti-me ternura (sem regateio nem trocas)
Alcançando sempre o último ponto.
Um dia,
Ao encontro de outras albas
Parti para o futuro
Por mares de brilho afogueados.

Insaciável, a Vida surpreendeu-me…

Hoje as palavras não têm ar
Os sonhos queimam-me
E os cânticos apagam-se
Em horas fora do tempo.

Já vi nascer o sol no mar do Guincho
Numa incursão de ternura e de alegria culpada;
Encontrei na Aurora de Nietzsche
Um doce poema de amor
( palavras de ternura que enobrecem a alma);
E no fim de uma tarde cinicamente ventosa
Li um coração a bater como louco,
Expectante, esperançoso,
Oferecendo ao amor e ao mundo
Uns verdes campos retalhados
E ondas que as rochas devolviam ao mar.

À minha revelia, empurraram
Despojos de um naufrágio demolidor
Que em névoa abatida e memórias de amor e cinza
Se enterraram ao meu lado como se eu fora caixa forte.
Da história não sei nada…

Clara Roque Esteves ( 2009)



fragmentos do meu jardim maltratado, na Fig da Foz. Imagem da minha autoria....
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  • 9 pessoas gostam disto.

    • Francisco Mendonça ‎(...) os amores não são eternos ... não podem ser. Estamos sempre, constantemente, na sua reconstrução. ...não há amor que aguente um ser humano.
      É um fatalismo desta nossa emocional natureza que, para se sustentar, precisa (inevitavelmente) da Razão.
      6/11 às 1:16 ·  ·  2

    • Maria Clara Roque Esteves Muito Kantiano, tu. Obrigada pela leitura e comentário. Nothing lasts forever, né?
      6/11 às 1:17 ·  ·  1

    • Francisco Mendonça ‎(...) Claro. Clara.
      6/11 às 1:18 ·  ·  1

    • Teresa Borges Palmeira A Razão sustenta o Coração? Ou o Coração sustentará a Razão? Um beijinho grande de um coração que, de tão esperançoso e não kantiano ( :).....), retomou docemente as batidas da vida..... Lindos, estes Fragmentos!
      6/11 às 1:21 ·  ·  1

    • Francisco Mendonça ‎(:::) eu creio que se amparam-se mutuamente, sem deixarem de disputar, quase sempre, a primazia na gestão das situações 

      ... já agora não deixe que o coração bata muito na vida.

      Beijos
      6/11 às 1:38 ·  ·  2
      .
      (...)
      .

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