Viva a Vida !

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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Em rede (8) - Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma

Olá Victor:

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Tornei a reler os textos que me enviaste ontem (a propósito, os textos que me enviaste da primeira vez que me escreveste chamam-se 'tododiae' e 'Natalia'). Desta vez li-os calma e detalhadamente....não há dúvida que tu és uma pessoa de uma riqueza interior comovente....eu diria mesmo, alguém que, para além de inteligente e culto, é verdadeiramente bonito. Uma raridade nos tempos que correm!
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Eu, como já te disse, não tenho o teu 'dom' da poesia, embora seja particularmente sensível a tudo o que é do domínio estético (entendido filosoficamente, e não exclusivamente como o império da imagem de que nos nossos tempos tanto se faz o culto).
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Mas sou também uma mulher cerebral e particularmente controlada (aprendizagens que tive de fazer...), sobretudo no plano da minha exposição social e profissional. Ainda assim, um espectador mais atento perceberia que sou um 'vulcão' de emocionalidade, controlada pela razão. Sou uma mulher que toda a gente considera forte (o que não é verdade), independente (o que é verdade) e autónoma (o que é e não é verdade).
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No domínio das minha vida mais íntima e privada, permito-me muito mais ser eu...sou muito mais 'descontrolada' emocionalmente e aí não há mais barreiras nem controles.
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Já te disse também que sou dada a grandes paixões...por ideias, por livros, por viagens, por música, por pintura, por água, pelo riso, pela verdade e generosidade que pode haver nas relações entre as pessoas...
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É claro que também sou dada a períodos mais cinzentos (breves....muito breves, porque não suporto a infelicidade cultivada) e de maior interioridade.
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...e os homens têm sido outra das minhas fontes de paixão: com muita ingenuidade e, por vezes, confiança em excesso, tenho deixado aí uma parte importante das minhas energias, alegrias e frustrações.
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O homem da minha vida: o meu filho! Esse, fonte inesgotável de vida e amor para mim...como se ele tivesse nascido ontem e eu ainda estivesse a cada momento espantada de ele existir! Ele tem cinco anos e eu ainda hoje fico entre o espanto e a incredulidade quando o vejo mexer, falar, brincar, rir, comer....viver!
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enfim...já estou a dormir e acho que vou continuar este email amanhã, está bem?
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um beijo para ti (grande!)
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MM
98.11.17

5 comentários:

A OUTRA disse...

Quem me parece que já está a dormir e até sonhar sou eu.
Entrei e dei de caras com um nome já desaparecido há muito, que não quero voltar a mencionar, mas num repente fiquei presa em "Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma".
Parece-me que estou a ter visões.
Alguém me explica o que aconteceu?
Eu não estou boa não!...
Maria

A OUTRA disse...

A MM é uma Mulher, que se conhece a si própria e confessa abertamente o seu temperamento.
Gosto dela, podes crer.
Bj
Maria

A OUTRA disse...

Explico-te:
Quando entrei dei de cara com um comentário da antiga estrela cadente, que em três segundos desapareceu e ficou o da MM.
Eu gostei de ler o que ela escreveu, e até pensei que fosse a Maria Mamede, porque assina MM
Não interessa, o que pensei é que uma mulher que analisa daquela maneira a sua pessoa é uma mulher com M grande.
Isto parece-me que é simples.
Fazes-me rir quando falas em matarroano.
Badajoz em dia de chuvada nalente! Espero que seja um bom passeio...
Depois conto.
Dorme bem
Bj
Maria

Filoxera disse...

Profundo, este texto também e levou, como à Maria simplesmente, até à Maria Mamede. Não?
A mim, chegou a descrição de duas pessoas, dois seres de grande beleza interior.
Um beijo.

Victor Nogueira disse...

NOTA do EDITOR
MM não é quem pensam e se virem o texto, está datado de 1998, quando ainda eu conversava nas salas de chat, onde encontrei muita gente interessante e cativante ou sedutora, tal como na blogosfera. Só que nas salas de chat encontra-se sempre gente para falar incluindo quem já conhecemos.
Aqui, na blogosfera, tudo é mediatizado e, ao contrário das salas de chat, é muito mais difícil as pessoas escreverem-se pessoalmente ou trocarem-se telefones.
Portanto MM não é quem pensam e naturalmente não direi quem é. É um dos muitos fogachos que iluminam a nossa vida nas salas de conversação mas quase sempre desaparecem sem deixar rasto, mesmo que talvez conservemos o telefone numa qualquer velha agenda no fundo duma qualquer gaveta.
Victor Manuel