* Maria Mamede
MEIA IDADE
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Enrugam-se-me as mãos e pés de galinha
Bordejam meu olhar que perscruto ao espelho
Passa a meia idade na idade minha
Mas só o meu corpo é que fica velho.
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E chega a neve, as brancas salpicando
Na cabeleira lisa que foi clara
E as rugas de expressão, acentuando
Dão um ar mais austero à minha cara.
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Entanto o coração, a alma inteira
Continuam sentindo à maneira
Da juventude louca que passou
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Continuam amando de verdade
A fé, o amor, a paz, a liberdade
Como a juventude minha, sempre amou!...
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Nota do Autor
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(...) aqui envio o primeiro poema que tem a ver (acho) com o(s) tema(s) por ti apresentados para o próximo Convívio. Neste caso não são quadras somente, mas acho que dá pró gasto..
Um beijo enorme e até mais logo.
M.M.
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17 de Dezembro de 2007 19:25
3 comentários:
Maria
Felicito-a por este soneto, que contem o exencial á vida
Fé= esperança
Amor=carinho ternura
Paz= sossego bem-estar social
Liberdade=condição exencial para tudo!
Bem haja
josé manangão
Faço há muito uma pergunta: O que é a meia idade?
Antigamente a média da idade andava pelos 60, agora cos as descobertas científicas que se fizeram passou para 70 ou 80, conheço muitos com 90, o que quer dizer "meia idade"?
O termo mantém-se mas a longevidade aumentou.
Afinal o que é a meia idade?
Bj
Maria
maria
muito, muito bonito!
nas mãos a melancolia, salpicos de cor...
um abraço no tempo
luísa
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