“ REPUBLICANAMENTE “
Cai voracidade,
Cai o Carmo e a Trindade,
Cai espírito clerical,
Cai Regenerador Liberal,
Cai Alcaide, cai Fundão,
Cai o poder,
Cai João Franco,
Cai o padrão,
Dissolva-se a Fundação,
Celebre-se Portugal, em Amor.
Caia a tanga,
Caia a Corte e o bastão,
Renasça um Mundo Ideal,
Venha a nós a Nova Ideia
E os cortes do Liberal,
Cortaremos pelo sopé,
Abaixo o real bocejo,
Viva outro monte, outra fé,
Viva a Maria da Fonte !
E, seja lá como for,
Caia o que vejo e não vejo.
Viva Teófilo Braga,
António José de Almeida,
Viva o Povo e a Bandeira,
Viva até a bebedeira,
De ser Livre, sem favor,
E seja lá como for,
Não nos tirem da ideia,
Que Liberdade é Amor
E a Republica uma flor.
Caia a sensaboria,
Mais o Senhor Regedor
E a prosápia do sendeiro,
Suba o Povo,
O corpo inteiro,
E se não houver dinheiro,
Que não se esgote a Alegria,
De votar na fantasia
E que venha a Eurovisão,
Filmar a Economia,
Que nós já estamos por tudo,
Venha um Governo sortudo,
Amante da Poesia
E que haja Sol, sobretudo.
Viva a noite, viva o dia,
Cresçamos livres de engulhos,
Que ninguém se sinta só,
Viva a Republica – dizia,
Mas não me atirem mais pó,
Para os olhos !...
C.R.
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(...)o
Victor Nogueira Um poema cheio de ritmo aos estilo dos "rimances". E também com um certo sabor a Ary dos Santos :-)
há 2 segundos
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Carlos Rodrigues Olá Vitor, a verdade é que estive mesmo para lhe chamar Xácara Lusitana, mas parecia mal. Obrigado pela comparação com o grande Poeta da Rua da Saudade, muito me honras.
há 3 minutos .
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