Deixa
Deixa que o silêncio se desfaça em sombras
Desvendando os pulsares dos sois nas marés cheias
Num frémito de punhais ou de candeias
A apontar os ritos nas manhãs
Em que o olhar humedece e a alma cala
Na profundo azul que nos é vida
Que revolve os passos habitados
Em vagabundear eterno pela luz
Sabendo ainda que a morte nos espera
Voo de águia em extensos céus
Ignoto espaço que na alma dorme
Arco-íris que nos perturba o tempo
E antevimos em breves vislumbres
Quando o corpo se afunda
Em abismos de êxtase
Ou os olhares se cruzam em chispas
de fogo.
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