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Sexta-feira, 23.08.13
Na minha vida deixei-me abraçar
Por patas e páginas
Cães, Gatos
Livros, jornais, revistas
Cadernos meus em que mergulhei
Emoções
Em que tentei encadernar a minha solidão
Endémica
Houve sempre mãos a quererem-me tocar
E eu a querer ser tocada
Aprisionada na torre do meu ser
Sem me conseguir libertar
Sem me conseguir dar
A ninguém
Todavia, sinto com tanto fervor
O Colectivo; as vozes feitas de terra
Sangue e Dor
Os desprotegidos, os segregados
Pela amoralidade dos sistemas
Pela indiferença confortável
Dos que juraram viver bem
Num quadrado bem definido
De presunção e concepções estreitas
Fechadas à dinâmica do crescimento
Da elevação do percurso humano
Na minha vida, restam-me as palavras
Para chegar aos outros e a mim
E às vezes, quando o sol se põe
E a noite me enlaça numa exteriorização
Da minha amargura, da minha escuridão
Olho o céu através da cortina das minhas lágrimas
E procuro nas estrelas longínquas
Todas as vozes e os cheiros amigos
Que já se apartaram de mim
Ana Wiesenberger
20-08-2013
Por patas e páginas
Cães, Gatos
Livros, jornais, revistas
Cadernos meus em que mergulhei
Emoções
Em que tentei encadernar a minha solidão
Endémica
Houve sempre mãos a quererem-me tocar
E eu a querer ser tocada
Aprisionada na torre do meu ser
Sem me conseguir libertar
Sem me conseguir dar
A ninguém
Todavia, sinto com tanto fervor
O Colectivo; as vozes feitas de terra
Sangue e Dor
Os desprotegidos, os segregados
Pela amoralidade dos sistemas
Pela indiferença confortável
Dos que juraram viver bem
Num quadrado bem definido
De presunção e concepções estreitas
Fechadas à dinâmica do crescimento
Da elevação do percurso humano
Na minha vida, restam-me as palavras
Para chegar aos outros e a mim
E às vezes, quando o sol se põe
E a noite me enlaça numa exteriorização
Da minha amargura, da minha escuridão
Olho o céu através da cortina das minhas lágrimas
E procuro nas estrelas longínquas
Todas as vozes e os cheiros amigos
Que já se apartaram de mim
Ana Wiesenberger
20-08-2013
Imagem - Pedro César Teles
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