* Leonor Branco disse ...
.
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Tragédias Gregas
.
Sobre perspectivas audazes
Foi assim que vi,
As árvores mais não eram
E as folhas para longe voaram
Era tudo miríade de cores
Um mar de fogo em chamas.
E desta chama ardente
Com o vento uivante
O outono aqui nasceu; o jardim morreu
E por todo o jardim gritava
Que nem uma louca berrava:
Ninfa do jardim e da luz,
Pelos demais uma lembrança de vida!
Porque não ouvistes estes meus apelos,
Eu que nunca seria esquecida?
Senhora, minha amada
Será que não me ouvistes,
Qual a razão da tua ira?
O doce jardim que me roubastes,
Meus amores que envenenastes!
Em solidão e tristezas choro
Pelos verdes filhos que me deixastes morrer
E do iníco o fim,
A juventude que te apoderastes
Ai de minha beleza,
Vede, olhai para mim!
Corpo decrépito, em decomposição.
O Outuno fizestes nascer
Para mim verdes morrer!
Sois injusta e cruel minha amada,
Com teus truques e esquemas
Que de agora padecem meus dilemas
Porquê o meu amor por ti,
Lealdade tão pura?
Se por mais um dos teus filhos,
Matastes-me apenas.
Oiço passos, esses tão tenebrosos
Fostes tu malvada senhora,
Que a ele me fizestes buscar?
Rogo-te, mil perdões, rezo-te!
Não mandes vil Fauno devorar-me
Outono prevalacerá,
E com ele meu jardim murchará;
Outrora rejubiloso éden,
No silêncio se encontrará.
Amada minha, poupa-me à morte
Sê virtuosa como me ensinastes!
Em lágrimas vãs chorei por ti,
E no teu peito jamais desvanecerão.
Avicena eu sou,
Que da minha morte vi nascer
Fogoso Outono de gélidos ventos.
E com doce esperança
Enquanto vil Fausto se deleita
Não te esqueças amada,
Que por teu amor e desencanto
Eu, por ti, faleci.
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Tragédias Gregas
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Sobre perspectivas audazes
Foi assim que vi,
As árvores mais não eram
E as folhas para longe voaram
Era tudo miríade de cores
Um mar de fogo em chamas.
E desta chama ardente
Com o vento uivante
O outono aqui nasceu; o jardim morreu
E por todo o jardim gritava
Que nem uma louca berrava:
Ninfa do jardim e da luz,
Pelos demais uma lembrança de vida!
Porque não ouvistes estes meus apelos,
Eu que nunca seria esquecida?
Senhora, minha amada
Será que não me ouvistes,
Qual a razão da tua ira?
O doce jardim que me roubastes,
Meus amores que envenenastes!
Em solidão e tristezas choro
Pelos verdes filhos que me deixastes morrer
E do iníco o fim,
A juventude que te apoderastes
Ai de minha beleza,
Vede, olhai para mim!
Corpo decrépito, em decomposição.
O Outuno fizestes nascer
Para mim verdes morrer!
Sois injusta e cruel minha amada,
Com teus truques e esquemas
Que de agora padecem meus dilemas
Porquê o meu amor por ti,
Lealdade tão pura?
Se por mais um dos teus filhos,
Matastes-me apenas.
Oiço passos, esses tão tenebrosos
Fostes tu malvada senhora,
Que a ele me fizestes buscar?
Rogo-te, mil perdões, rezo-te!
Não mandes vil Fauno devorar-me
Outono prevalacerá,
E com ele meu jardim murchará;
Outrora rejubiloso éden,
No silêncio se encontrará.
Amada minha, poupa-me à morte
Sê virtuosa como me ensinastes!
Em lágrimas vãs chorei por ti,
E no teu peito jamais desvanecerão.
Avicena eu sou,
Que da minha morte vi nascer
Fogoso Outono de gélidos ventos.
E com doce esperança
Enquanto vil Fausto se deleita
Não te esqueças amada,
Que por teu amor e desencanto
Eu, por ti, faleci.
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16-10-2007 - Leonor Branco
2 comentários:
Também acho uma boa participação neste convívio, embora não possa dizer mais por desconhecimento nestas "lides poéticas" e não sendo das mais simples... de ouvido....e de palavras...
Bjs estrelados
Difícil mas bonito!
Tem imagens muito belas mesmo!
Parabéns
Maria Mamede
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