Viva a Vida !

Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)

segunda-feira, 31 de março de 2008

Ao Sabor do Olhar (41) - Os ciganos


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Ciganos discriminados em bairro só para eles":

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falasse mal dos ciganos, que são ladrões, sujos, violentos,trapeiros,mal cheirosos...reflectido: e os que não são ciganos? escondem-se em lindos fatos,portadores de bons aneis e matam também, altos empregos e roubam também, mostram-se bons, elegantes senhores... e mal tratam esposas, são pedófilos... fazem de tudo pelo poder e dinheiro, Senhores que atropelam e fogem, médicos mecanizados, abandonos diários de crianças, demitem-se dos seus idosos, Então? que direito temos de falar tão mal dos ciganos, eles têm coisas lindas... respeitam as pessoas da 3ª idade, estas são as mais importantes da familia, tem sabedoria da escola da vida, deram vidas, quantos grandes Senhores desprezam os seus idosos familiares... Aprendamos a olhar os ciganos de outra forma, não temos o direito de os marginalizar, descriminar, de dizer o que quer que sejade mal, afinal quem é melhor? olhamos as noticias todos os dias e vimos de facto qual os lados é assim tão perfeito... convido a reflectir-mos e o que todos , mas todos nós podemos fazer para melhorar a sociedade e ficamos no comudismo, no individual.


Veja mais em:


Uma semana de Natal cigano, por João Carlos Malta - Publicada por Victor Nogueira em Domingo, Dezembro 30, 2007

Sernancelhe: Denúncia anónima põe aldeia em polvorosa - Família só quer casa - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Outubro 25, 2007

Ciganos discriminados em bairro só para eles - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Outubro 18, 2007

Poesia sobre os ciganos , , , , , Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

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Romancero Gitano (1924-1927), por Frederico García Lorca - Colocado por Victor Nogueira @ Sexta-feira, Abril 13, 2007

A poesia dos Ciganos - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Povo Cigano - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Acampamento de Ciganos - quadro de José Paulo Dileta - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007
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Festa Cigana - quadro de autor não identificado - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Os ciganos - quadro de Antonio Gimenez - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Acampamento de Ciganos - quadro de Eduardo Viana e poema de Miguel Torga - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Grupo de Ciganos, Oleo sobre tela de , década de 20 - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Comissão critica Portugal por discriminar ciganos, por Céu Neves - Colocado por Victor Nogueira @ Quinta-feira, Abril 12, 2007

Ciganos: Dia dos Ciganos: Agência da UE pede acções rigorosas contra discriminação - Colocado por Victor Nogueira @ Quarta-feira, Abril 11, 2007 - (quadro de autor não identificado)

Fados do Tempo da Outra Senhora (18) - cigano e maltês - poema de
José Afonso, fotos de Ana Esquível e autor não identificado

Fados do Tempo da Outra Senhora (17) - malteses - texto do blog casa das primas, foto de autor não identificado
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Convívio entre Abril e Maio - Convite

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* Victor Nogueira
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Desde a primeira ponte construída pela humanidade, que muita água rem corrido por debaixo não dela, que o tempo a deve ter levado sem que dela registo ficasse, mas das que se lhe seguiram, umas vezes de travessia franca, outras com pagamento de portagem, sob águas tumultosas ou serenas. Exemplos de ponte com portagem que agora são de travessia livre encontram-se em Torre da Ucanha, em Vila Franca de Xira (do Marechal Carmona) ou no Porto (D. Luís I). Outras nunca tiveram portagem, no Porto, por exemplo, com excepão desta e de D. Maria II (não se esqueçam do bilhete do comboio para a sua travessia). Quanto às de Lisboa, terras das muitas e desvairadas gentes como dizia um poeta, nasceram e pelos vistos hão de cair sem que o mesmo suceda à portagem, xiquérrimo negócio da Luso-China no Tejo, de Lisboa a Vila Franca.

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Está prestes a terminar a publicação dos materiais recebidos para o * Convívio do Movimento e Contraste, cuja relação, das publicações, até ao momento, se encontra aqui, no *** scriptorium.index. Ao tempo tempo sucede, enquanto disso tivermos consciência. A «sabedoria» popular para tudo tem o seu rifão ou provérbio, sendo fácil a mesma sabedoria ter outro dito que desmente «aquela» primeira verdade aparentemente absoluta, nascida dum saber de experiência feito. A conclusao que se poderia retirar daqui é que nada é absoluto mas tudo seria pragmaticamente relativo. Por exemplo, ao «não deixes para amanhã o que podes fazer hoje» poderíamos contrapor «devagar se vai ao longe» ou «cadelas apressadas parem cães cegos». Entre Abril das Águas mil e Maio, o Mês das Flores podemos encontrar também muitas pérolas da sabedoria popular. Assim, proponho um novo encontro, um «Convívio entre Abril e Maio».

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O Convívio é aberto a quem quiser participar (podem e devem dar conhecimento a eventuais interessados) e o tema é suficientemente vasto e passível de tantas leituras e formas de expressão quantas a vossa imaginação alcançar: prosa, poesia, fotografia, pintura ...

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A participação é livre, sem prémios nem classificações ou ordenações, mas com as seguintes restrições: devem ser identificadas e enviadas por e-mail, pessoal ou através do blog Ao Sabor do Olhar, mas não nos «comentários», indicando que se destinam ao Convívio entre Abril e Maio

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O material deverá ser de autoria do participante, não tendo de ser necessariamente inédito. Não se aceitam participações anónimas. Se a forma de participação for a escrita, esta deverá ser nas línguas portuguesa, galega ou castelhana. Também se aceita o mirandês. Tal como nos anteriores, cada conviva é livre de apresentar mais de uma «obra», se quiser.

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Eu bem sei que alguns de vós não ligam à blogosfera e outros, ligando, têm as suas plataformas próprias de expressão e de exposição pessoais e o que o tempo e a disposição para tudo não chegam. Mas mesmo que assim seja ou para além disso, aqui fica o convite.


Todos teremos muito gosto na tua participação e na dos teus amigos e conhecidos, a quem podes re-enviar este mail. As contribuições devem ser enviadas até 20 de Abril de 2008 [ver adenda no final] da era cristã. O que não impede a vossa colaboração extra-convívio nem que a participação no blog fique restrita a Portugal. Afinal, estamos no Ao sabor do olhar, aberto a todo o mundo (pode clicar nesta hiperligação). Seja pois bem vindo quem vier por bem.
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Gravura - Building a rainbow de Tito Salomoni
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ADENDA
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Convívio entre Abril e Maio - REabertura e REconvite
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ter 27-05-2008
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Vivam J

RE – abertura/convite? Porquê?

Eu só recebi 3 ou 4 contribuições e várias promessas para esta «Festa» ou Convívio virtual Ao Sabor do Olhar. Mas, por mais que procure no programa interno de correio electrónico ou no servidor externo onde estão alojadas as minhas contas de e-mail, não as encontro. «Mistérios».

Não fora isso e já teria encerrado este Convívio e abandonado o projecto que esteve também na base dos anteriores

Bem ou mal, isto das palavras é como as cerejas: atrás duma outras aparecem. Só fixei que uma das contribuições era da Nadya. Portanto para encerrar o Convívio entre Abril e Maio só me resta este acto de «contrição» e solicitar a quem me enviou material que o reenvie se assim o entender. E, aproveitando a deixa, abro as portas à vossa generosidade agora até 10 de Junho, caso queiram enviar material. A porta está aberta a todos e cada um de vós que aceitem participar naquele que em princípio é o último Convívio, embora virtual, Ao Sabor do Olhar!

A todos e a todas um abraço e a estima do

Victor Nogueira

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NOTA IMPORTANTE
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Esta não é uma mensagem de SPAM mas sim enviada a alguém que por qualquer motivo conheço na vida real ou na WEB. Se não quiser receber mais mensagens devolva esta com a indicação «Retirar da Lista» na barra de assunto.

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Saudações do

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Victor Nogueira

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Convívio do Movimento e Contraste (19) - Movimento e Contraste


* Paula Raposo

As minhas romãs


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Movimento e Contraste

Movendo perpendicular
numa assimetria
e contrasta a verdade
dentro do tempo
que em tempo devido
espalha movimento
nas opostas direcções
de um outro poema.
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Tenho andado muito distraída com osabordolhar e é uma vergonha! Obrigada por te teres lembrado de mim...
Então aqui segue um poema, não sei se com grande inspiração.
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seg 03-03-2008 12:45
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Foto/Logotipo de Olho de Lince em - Oficina das Ideias
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domingo, 30 de março de 2008

Convívio do Movimento e Contraste (18) - Cheias


* Maria, Simplesmente



Movimento de protesto por um aprisionamento indevido




Agora pergunto eu: não recebeste a comparticipação que te enviei?




Eu fiquei na dúvida se seria adequada ao motivo do convite, mas pensei que, quando algo existe e irá desaparecer, será um movimento do tempo que passa.




Os mosaicos, para mim, são lindos, falam em dois motivos que na vida do homem são essenciais: Alegria e Liberdade.

[ver Convívio do Movimento e Contraste (16) - A casa de Ribeiro Carvalho e não só ]




Penso que não pode haver alegria sem liberdade e a palavra Liberdade só por ela, nos trás ao pensamento o voar pelo Mundo fora, subir aos céus, abrir os braços à vida e vivê-la plenamente.




Estou a dizer disparates talvez, mas disparates que sinto, que todos temos o direito de sentir e a muitos é cortado, duma ou de outra maneira.




No entanto se pensas ser melhor outro motivo envio-te este:






Para mim este é a violência da Natureza contra o desleixo dos homens, contra as prisões a que sujeita essa natureza que devia ser livre de se manifestar.

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Maria

seg 03-03-2008 1:29

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Foto/Logotipo de Olho de Lince em - Oficina das Ideias
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sábado, 29 de março de 2008

Ao Sabor do Olhar (40) - Wagner Tavares

L'absurdité de la vie

Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos.

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* Wagner Tavares

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Sábado, 8 de Março de 2008

(Nem) Toda mulher gosta de rosas!

"Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade"
Ataulfo Alves



Oito de Março - Dia internacional da mulher - E claro! A maioria delas vai ganhar uma rosa vermelha! Algum de vocês já viram na tv, na propaganda, nos shoppings virtuais alguma longuíqua ressonância que remeta à real inclinação de se atribuir um dia internacional à
mulher? Se alguém ver, dá um toke ae. Sim, entra ano, sai ano e é a mesma idéinha: Elas são importantes, são mães, donas de casas, executivas, tuuudo ao mesmo tempo e blá, blá, blá! Alguém já pensou em quanto autoritarismo há nesta rosa vermelha? Por que a mulher tem que receber de bom grado uma florzinha xoxa, forçosa e desprovida de sentido e autenticidade? E se ela for alérgica? E se ela detestar rosa vermelha, tiver um trauma de infância ou qualquer coisa? Qual é mesmo o símbolo da rosa? Delicadeza, serenidade, fragilidade, beleza! Espera: Como esta mesma mulher que corre, trabalha, lava, passa, cozinha, luta contra as discriminações, cuida das crianças, aguenta o marido sob toda e qualquer adversidade ( e olha que tem marido que nem o cão merece!) consegue ser frágil, delicada? Bah! Não consigo entender! A mulher não precisa de uma porcaria de rosa vermelha. Ela é independente! Tem grana e tem gana pra possuir um jardim inteiro se quiser! O que ela precisa é de respeito. E está ladainha que a mulher já chegou muito longe é balela. Ela até faz o mesmo trampo que o homem, mas leva a mesma grana? Sei perfeitamente que a gente cresce sob os auspícios de uma sociedade sexista: Azul é de homem, rosa é de mulher. O homem pega geral, a mulher é vulgar!
Se a tal rosa vermelha carrega em si mesma algum romantismo, este romantismo é hollywoodiano, de photoshop! É superfície, aparência....E a gente bem sabe o que é viver sem maquiagem e Louis Vuitton!



Girls Power
- Para ouvir: Kate Nash (mulher de verdade) / Amy Winehouse (dispensa comentários)

Para ver: As horas (mulheres intensas) / Amélie Poulain (um sonho de mulher)
Para interagir: Kaka (blog muito particular) / Niina (blog niinachocolat)


in

l'absurdité de la vie


um blog a conhecer
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Convívio do Movimento e Contraste (17) - Pôr do Sol






* Kalinka
ter 04-03-2008 23:47





Viajava sozinha.

Pela estrada fora

ao longe, vi

a Ilha do Pessegueiro

depois...

Porto Covo

Caiu a noite. O silêncio...
A magia do pôr-do-sol

Surge um sonho...
Sonho que estou voando pelos céus
vou para longe, muito longe

em busca de Paz.

As minhas lágrimas são negras,

de muitas dores, incompreensão.

Peço-te que me ajudes...

Fechei os olhos e tornei a abri-los,

Mas estava no meu carro

Recordei o sonho e saí

peguei na máquina

disparei, muito, sempre

e fui captando estas imagens

que te ofereço.

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Mano, aqui estão as fotos de minha autoria e estas palavras desencontradas, foi isso que aconteceu, relato os factos e participo no teu CONVÍVIO.

Obrigado. Beijinho.








Foto/Logotipo de Olho de Lince em - Oficina das Ideias
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quinta-feira, 27 de março de 2008

Morte na Picada, post meu, o Tó Ninguém


Antunes Ferreira recorda África com o livro 'Morte na Picada'


LEONOR FIGUEIREDO

Henrique Antunes Ferreira, 66 anos, sempre escreveu sobre tudo. A sua "loucura", diz ao DN, levou-o a publicar "milhentos textos a esmo". Sobre quê? "Gastronomia, vinhos, erotismo, turismo, cultura, futebol."

Sem contar com as oportunidades que foram surgindo ao longo de quase 50 anos de jornalismo - onde desempenhou variadíssimos cargos de chefia, incluindo no DN -, e de ter percorrido 123 países do mundo.

Mas desta vez foi diferente, aconteceu depois da doença inesperada que o deixou KO quatro anos, quando assessorou o falecido ministro Sousa Franco. "Renasceu" lentamente, entretendo-se com o blogue que criara (travessadoferreira), onde regularmente deposita(va) ironia e graça de expressão, não tivesse a piada solta quando os dedos lhe correm pelo teclado.

Um dia "postou" uma crónica sobre os tempos da tropa em Angola que suscitou reacções imediatas e esfuziantes de companheiros da guerra, querendo que escrevesse mais sobre a sua vida em África. Antunes Ferreira tinha permanecido oito anos na antiga colónia, para onde fora mobilizado em 1966 por razões políticas, tendo apenas regressado depois do 25 de Abril. "Os amigos da tropa diziam que tinha muita leitura. Contava nessa crónica, como tinha sido o embarque para Angola, 40 anos antes, com mais 1784 homens fardados no cais de Santos, deixando para trás terras natais, famílias, namoradas, amigos. E contei sobre esse formigueiro de gente a despedir-se, com muitas lágrimas à mistura."
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Foi escrevendo. À medida que Antunes Ferreira ia colocando novas crónicas, recebia comentários de como era giro recordar. O desafio de publicar apareceu no tempo certo. Ele estava a delinear um romance que não estava a agradar-lhe. "Quando já ia nas 40 e tal páginas, pus de parte."

Após insistências, concretizou este livro. "Foi muito bom. Matou-me a sede de escrever..." E confessa: .
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Só três das histórias são verídicas. E não posso dizer mais. O resto é ficção." Morte na Picada inclui fotografias do repórter fotográfico Fernando Farinha, antigo colega do Diário de Notícias e será apresentado no dia 15 do próximo mês pelo jornalista Joaquim Furtado.|

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Ao Sabor do Olhar (39) - Lata Mágica

Foto: Odilene Andrade


Sabe o que á a Lata Mágica? Não?

Veja então as hiperligações ao fim



A minha fotografia

Ver tamanho completo




Lata Mágica Recife

Acerca de mim

Odilene Andrade e Willam Duarte, fotógrafos, guias de turismo e estudantes de comunicação social; Jornalismo e Publicidade e Propaganda, residem em bairros de periferia nas cidades de Recife e Paulista, PE. Atuam de forma independente em projetos experimentais na área da imagem - fotografia. As fotos produzidas são artesanais, fotografadas com uma lata de leite em pó.

Blogues

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BLOG DA LATA MÁGICA - RECIFE
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quarta-feira, 26 de março de 2008

Convívio do Movimento e Contraste (16) - A casa de Ribeiro Carvalho e não só




Vista da fachada



Traseiras





Pormenores de azulejos noutra casa nas redondezas

- Liberdade e Alegria




* Maria, Simplesmente
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Porque gostei deles e dentro de dias já não existirão pois a casa vai abaixo, envio-te estes dois painéis que me pareceram bonitas. Pelo menos as palavras são duas das mais bonitas que a humanidade pode pronunciar.
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Ontem, antes de me deitar, fui passar revista as fotografias que tinha sobre a casa de Ribeiro de Carvalho no Cacém.Aquela casa e aquela quinta – Quinta da Bela Vista onde está inserida – sempre exerceram sobre mim um certo fascínio, sem saber porquê.
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É talvez por a achar tão abandonada, escondida, fora da arquitectura que a rodeia e ainda mais, talvez à espera de ser demolida.
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Ontem resolvi passar revista ao que tinha sobre ela e mais ainda, saber notícias dela.Parecia-me ter lido algures, não sei onde que parecia ser possível salvá-la.Até deixei a preguiça de lado e logo que acordei, peguei no telefone para me informar.
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Todos os funcionários que desde a Câmara de Sintra, passando pelos Serviços de informações, urbanismo, até às Juntas de Freguesia e foram muitos os que me atenderam, foram bastante simpáticos, prontos a tentar dar-me a informação pretendida, mas da “Casa de Ribeiro de Carvalho”, ninguém sabia nada, nem tão pouco era assunto falado.
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Acredito que não fosse falado, mas Ribeiro de Carvalho foi um republicano destemido e influente em Portugal. Exerceu a função de deputado e participou na formação de governos da I República. Paralelamente, destacou-se como presidente do Senado de Sintra. O seu nome está igualmente associado à fundação da Associação dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém. Jornalista de profissão dirigiu, sabiamente, o jornal República, do qual também chegou a ser proprietário.
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Este parágrafo foi copiado dum artigo da Internet:

Sobre a Comissão Pró-Desenvolvimento de Agualva-Cacém
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sáb 01-03-2008
sáb 08-03-2008
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Foto/Logotipo de Olho de Lince em - Oficina das Ideias
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terça-feira, 25 de março de 2008

Convívio do Movimento e Contraste (15) - 1984 Vinte Anos Depois



* Rui Pedro Gato



Setúbal

2005

“Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.”

(Orwell, 2002)


Introdução


Na sociedade descrita por George Orwell em “1984” um estado totalitário controla rigorosamente tudo. Sistemas de captação de vídeo gravam todos os movimentos, polícias especiais fiscalizam os pensamentos. A informação é apenas a disponibilizada pelo governo. Única, constante e manipuladora. O passado é alterado de acordo com os interesses do futuro. Este romance foi escrito em 1948, passámos pelo ano de 1984, e hoje, em 2005, pode-se dizer que em alguns aspectos estamos mais perto de “1984”. A tecnologia permitiu o desenvolvimento dos meios de comunicação, e a globalização aumentou a sua área de influência. Talvez sem muitos de nós nos apercebermos, o poder político e económico, ainda que de forma mais subtil, esteja a caminhar a passos largos para o controle da informação. E, por conseguinte, do pensamento generalizado. Portugal não é pioneiro, nem vai á frente no que toca ao aproveitamento dos “media”. Mas convém saber onde, á sua pequena escala mundial, se enquadra num mundo em mediatização.


Portugal Televisionado


“Trata-se da mais grave intromissão directa e abertamente expressa por um primeiro-ministro de Portugal na liberdade de expressão, a primeira de todas as liberdades cívicas”. (Cintra Torres, 2004)


Marcelo Rebelo de Sousa, comentador político, contratado pela Media Capital para dominicalmente analisar os casos políticos, sociais e futebolísticos da semana, fazer apresentações literárias (e de vez em quando abrir-nos água na boca oferecendo leitões da bairrada aos pivots do jornal nacional da TVI), anunciava a sua decisão de interromper um casamento de mais de três anos com a TVI, dias depois de uma conferência de imprensa em que um membro do concelho governativo apontava baterias contra a livre opinião de um indivíduo – Marcelo - num espaço de informação privado, aberto ao publico. O presidente da Media capital, Paes do Amaral, veio a terreiro defender a sua integridade, dizendo que a saída de Marcelo nada tinha a ver com as declarações do Ministro Rui Gomes da Silva. Muitos rios de tinta correram, muitas opiniões se formaram e debates aconteceram. A verdade é que aquela conferência de imprensa nunca poderá deixar de ser vista como uma forma de pressão e uma tentativa de calar um comentador incómodo. Não há lógica em vê-la de qualquer outra forma.


Durante 2004 assistiu-se ainda á tentativa do Governo de criar uma “central de Comunicação”, através da qual se geriria toda a informação do governo a vir a público e se publicitaria a imagem do mesmo a uma só voz, a uma só filtrada cara. O presidente Jorge Sampaio vetou a proposta validando uma prévia deliberação da Alta Autoridade para a Comunicação Social “Como a entidade independente e constitucionalmente prevista para o efeito acaba de reconhecer, não há défice, antes excesso de presença estatal e governamental nos meios de comunicação”. Referiu ainda o presidente Jorge Sampaio que o reforço dos cidadãos na vida política e a necessidade de se informarem sobre as decisões do Executivo deveria ser prosseguido através da preservação e incentivo do pluralismo na comunicação, da liberdade de imprensa e do confronto de opiniões e não pela criação de um novo serviço administrativo de publicitação da actividade do Governo.


“Propaganda, arma poderosa tão capaz de permitir o funcionamento dos regimes democráticos como de suster ditaduras.”

(Alarcão e Silva, 1993)


Comunicação Social na Nova Ordem Mundial


Ignacio Ramonet, director do jornal francês Le Monde Diplomatique no 3º Fórum Social Mundial, realizado em janeiro deste ano em Porto Alegre, afirmou que a ideia de que os “media” actuam como quarto poder, defendendo a sociedade do abuso dos outros poderes, deixou de ser válida. Para ele, a maior parte dos grupos de comunicação está hoje unida ao Poder Executivo para oprimir o cidadão. Ramonet acredita que, com o processo de globalização e a consequente formação dos conglomerados mediáticos, o objectivo de informar se diluiu entre outros interesses.


“A nível nacional e internacional assistimos hoje a uma ofensiva generalizada contra os direitos mais elementares dos jornalistas, enquanto trabalhadores, e uma não menos agressiva investida contra princípios fundamentais da liberdade de imprensa. A situação é agravada pela crescente concentração que se regista no âmbito da comunicação social. Segundo os dados disponíveis, o sistema mundial dos meios de comunicação está nas mãos de menos de 10 conglomerados mundiais de empresas, enquanto meia centena de outras dominam os mercados regionais e outros segmentos residuais. A nível nacional, cinco grupos dominam o sector: a Portugal Telecom, Cofina, Impresa, Media Capital e Sonae, que detêm igualmente muitas outras publicações, produtos e serviços, bem como o controlo de tecnologias e serviços de telecomunicações e Internet.” (Fino, 2004)


Diz o jornalista norte-americano Ben H. Bagdikian, que "os gigantes dos media (...) têm duas enormes vantagens: ‘controlam a imagem pública dos líderes nacionais que, em razão disso, temem e favorecem as pretensões dos magnatas dos media; e estes controlam a informação e o entretenimento que ajudam a estabelecer as atitudes sociais, políticas e culturais de populações cada vez maiores’". (Bagdikian, 2000)


Conclusões


"A primeira liberdade para a imprensa consiste em não ser uma indústria". Dizia Marx. E ela já o é há muito. O perigo de o poder político atacar a liberdade de informação existe porque a comunicação social é uma indústria controlada pelo poder económico. Os governos, e os Estados, fazem o seu papel usando o que resta da legitimidade eleitoral democrática para ajudarem a liquidar o pluralismo e impor o pensamento único que, teorizam, decorre da própria globalização.


Embora 2004 esteja ainda muito distante de “1984”, há sem dúvida, sinais alarmantes de aproximação. Enormes bases de dados com informação privilegiada sobre cada um de nós são partilhadas por grandes grupos económicos – diariamente somos bombardeados com questionários aparentemente inofensivos mas que lhes permitem compartimentar-nos por perfis e interesses. Bastante “Orwellianas” são as câmaras de vigilância que se vão multiplicando em nome da segurança tanto em espaços públicos como privados. Nomeações de pessoas próximas de governos para cargos de chefia em direcções de grandes empresas de comunicação começam a ser usuais. E mentiras são propagandeadas vezes sem conta na comunicação social até por fim serem aceites como verdades.


Vinte anos após o ano “profetizado” por Orwell, em plena era da globalização, sendo o mundo uma enorme família global, talvez o grande irmão se nos apresente disfarçado de tio...


Bibliografia


Bagdikian, Ben - O monopólio da mídia. s/ edição: São Paulo, Scritta
1995.

Cintra Torres, Eduardo – A brutalidade de um governo perigoso. Disponível na internet via http://fumacas.weblog.com.pt/arquivo/157502.html, arquivo capturado em 26/01/2005

Fino, Anabela – O papel dos media na nova ordem mundial. Disponível na internet via http://resistir.info/portugal/anabela_fino.html, arquivo capturado em 26/01/2005

Orwell, George – 1984. 1º edição. Porto: Público, 2002. ISBN. 84-8130-562-6

Silva, Isabel Arcão – Prefácio à edição portuguesa In Quintero, Alejandro – História da Propaganda, Notas para um estudo da propaganda política e de guerra. 1ª Edição. Lisboa: Planeta Editora, 1993. ISBN. 972-731-014-1

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Foto/Logotipo de Olho de Lince em - Oficina das Ideias

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domingo, 23 de março de 2008

Ao Sabor do Olhar (38) - Cristo Camiliano

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Desenho de Camilo Monteiro, feito nos anos 70, possivelmente numa das mesas que ocupávamos no Café Arcada, em Évora. Faltam as execuções musicais ao piano ou órgão do Carlos Ponte, mas perdi há muito a cassete com as gravações da mesma, como outra com canções do Aristides Picanso acompanhado à viola ou a entrevista que fiz ao meu avô Barroso sobre a sua juventude.
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Não sabem quem é o Camilo? Encontram-no aqui:
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e aqui , em 1972, em Natais meus no antigamente
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Ao Sabor do Olhar (37) - Tribo da Leitura

A minha fotografia



Olá :-)
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Por acaso vim aqui ter porque verifiquei que postara uma ligação para um post dum dos meus blogs (1). Gostei deste seu blog, e só não prometo voltar porque a blogosfera tem sítios muito interessantes e há mais vida para além do ser internauta.

Um bom trabalho e se quiser apareça e colabore no Ao Sabor do Olhar, mesmo que seja fora dos Convívios.
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Abraço
Victor Manuel
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Para quem me lê aqui fica o convite: vão por mim e visitem Tribo da Leitura
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(1) -

Ao Sabor do Olhar (19) - Sobre a Mulher - Olhares

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Ao Sabor do Olhar (36) e no Mu(n)do Phonographo

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Ao Sabor do Olhar (36) e no Mu(n)do Phonographo



Dali - Rapariga à janela

Giotto - Última Ceia



Dali - Crucificação
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O Mundo Phonographo reabriu. Vê aqui, em Paris, já está a arder?
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Ou com mais ligeireza, passa também por aqui:

Goios - a Páscoa numa aldeia minhota (1974)
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sábado, 22 de março de 2008

Ao Sabor do Olhar (35) e fora do Mu(ndo) Phonographo e sua família















* texto e poesia de Victor Nogueira
Foto - «pormanor» da mão - Rui Gato
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Olá, viandante que por aqui passas, talvez distraídamente :-)
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Há o ver e o ler e no meio deles o olhar e o saber, entre a Vida e a Vegetação, entre o Viver e o vegetar, tudo isto desde o finito ao infinito, do visível ao invisível.
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Já passaram pelo Kant_O_Photomático ou pelo *** SCRIPTORIUM.INDEX, mesmo de raspão, desde o primeiro ao último post ou saltaricando? Ou pelo Mu(n)do Phonographo, todos estes e outros filhotes do Kant_O_XimPi e do que de filho se tornou irmão gémeo - o D'ali e D'aqui ? Da família também fazem parte, além deste onde estão, o Galeria & Photomaton e Ao (es)correr da pena e do olhar, que pelos motivos expostos em Mu(n)do Phonographo deixaram de conter matéria pessoal minha! Querem parar e percorrerem o índice de cada um deles ou só dum, mesmo que seja de fugida ou aos saltinhos?
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E sabem * Porque estou na BLOGOSFERA ?
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Somos sempre, quer queiramos ou não, quer vivamos ou vegetemos. E mesmo depois de mortos ainda vivos seremos enquanto alguém que nos conheceu pessoalmente de nós se lembrar ou algo representarmos, seja de bom, seja de mau. Onde param a Manariana, o Suave Perfume do Lis, a Zarco, a Manu, a Menina de Elvas, a Ana, sabe Deus quanto a amei e quanto lamento tê-la perdido? Que está ao sabor do olhar n' O Amargo dos Encontros Perdidos ? Restam apenas a presença das Moças da Casa de Belmonte, do Alentejo, e a de quem não sei se sabe ou não a cravo e canela, bem como a ausência de quem aqui nos blogs me visitava comentando quase diariamente. E tirando os incentivos telefónicos e os mail simpáticos do José Maria, reparo que até na blogosfera e nas salas de conversação há separação ou nesta reflecte-se frequentemente a desta sociedade virilmente machista e provinciana ou não em que ainda vivemos.
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Isto dava para o Mu(n)do Phonographo, encerrado, ao contrário doutros blogs que entretanto reabri sem que do seu encerramento alguém tivesse dado notícia. Mas enquanto a vida não se me reabre lá fora fica a virtualidade sem sentidos deste irrealmente virtual da blogosfera, onde na verdade é o nada que impera ou existe, como um balão que não levanta voo.
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DISTRACÇÃO
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Procuro-te
levando-me-te
como quem nas mãos leva
um sopro de fragilidade
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que tu
em gesto ou palavra dispersas.
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Caindo
na seriedade
o sorriso
apagado.
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Victor Nogueira
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um breve presente Sem rede, que vem do passado rumo a um futuro incerto
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NOTA do EDITOR
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Bem me disse o Jerónimo que eu escrevia muito e depois não há tempo para ler os relatórios, ou o Carlos, que me obriga a respeitar o espaço concedido para escrever, tantos caracteres com espaços e nem mais um, dizendo que o meu defeito para jornalista (amador) é a enorme facilidade de escrita e sabe quando as foros anónimas são minhas, afirmando que tenho olho de fotógrafo. Ou o Viegas ou a Maria que estranham a diversidade das matérias que trato ou o Henrique que me diz para fixar-me apenas num ou dois blogs e fechar os outros.
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É a vida, para quem nada do que é humano lhe é estranho!
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Um bom tempo para todos, para hoje e para cada um dos dias do resto da vida de cada um de nós, especialmente para ti que tiveste a paciência de ler-me até ao fim :-)
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