Viva a Vida !

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domingo, 2 de junho de 2013

Clara Esteves - Já não me interessa, é inútil!

2 de Junho de 2013 às 3:43
Já não me interessa de todo o que dizem as estátuas do poder
Mas admito que gosto da ideia de ter de ir aos CTTs ao Brasil.
Não acredito em milagres nem me impressionam as palavras
Ou os dentes com que me mordem o ordenado.
Vejo, claramente, que na Europa a morte amadurece.
Por aqui, este cenário de ópera bufa, pouco transparente,
Também já não me deixa petrificada.
Novos e velhos, em sobressalto, consumidos vagarosamente,
Ficam ou “saltam”, e eu, completa e fechada
Relembro de novo o perfume sensual dos poetas.
E confesso um enorme desejo:
Mandar para o lixo ou à merda os inúmeros números compactos
Com que tentam amassar-me a alma.
Agora é inútil!
No meu espaço já não há espaço para sermões em particulas ou duodécimos.
Não mais serei infeliz por eles
E olho de costas os dias que perdi empurrando o sono
E puxando a vida por um fio.
Nem flagelada nem lazarenta.
É inútil tentarem crucificar-me. O meu negócio é igual à saída do ébrio:
Esqueço estes publicitários e estendo-me no tapete a rir, a rir, a rir...
Dizem que gastámos muito?
Pois bem, vou gastar ainda mais... desta vez em rolhas de cortiça.

Barreiro, 2 de Junho de 2013
imagem de Eduardo Martins
imagem de Eduardo Martins


  • Carlos Rodrigues Sarcastíssima Clarinha / Trouxeste uma massinha de não te rales / em vez de faca para o corpo dos lacraus / Uau, uau, Madressilva abriu / a época da caça às rolhas de cortiça / Chiça, chiça, etílico efluente / ea Opera bufa assim combatida / com a textura de uma bebida / merda, merda, bagaço amargurado / no fundo estás certa / de uma forma errada / porque esse Poema / de rabo ao léu, à Portuguesa / não é teu Clarinha / Não és tu Clarinha / É da tristeza da Arte que se aparta / Do que mais importa / Enquanto os lacraus te sobem pelas veias / Aqui não há garrafas meias / ou bebes tudo ou arreias. Beijinhos.
    5/6 às 17:28 · Gosto · 1
  • Clara Roque Esteves (Carlinhos) Carlos Rodrigues, conheces-me demasiado bem. Verdade que estou a ser cínica mas muito farta destes trambolhos que só nos dão preocupações. Mas fica sabendo que me estou a defender ouvindo-os cada vez menos. A tarefa tem de ser mesmo nossa. DEMISSÃO! Peguemos na sugestão daPaula Borges Palmeira e vamos escrever um livro de crónicas com os nossos pontos de vista. Um sucesso!!! Xiis para ti e Lourdes.
    5/6 às 21:15 · Gosto · 1
  • Carlos Rodrigues Clarinha o Olivro do descontentamento e o Inverno do dito já outros escreveram, hoje só se fosse o Livro da Agonia, quanto a Crónicos e Cronistas já há por aí uma inflação deles. Os meus pontos de vista inscrevo-os aqui ou em qualquer outro lado, directo e sem lanhesas, também não tapo os ouvidos por via dos compressores da palavra e quanto a jogar à defesa, a melhor defesa é o ataque, até que a voz me lixe. Beijinhos.
    5/6 às 21:23 · Gosto · 1

    • Victor Nogueira A morte não amadurece, apodrece tudo à sua volta, seja em banho-maria, seja de supetão e botas cardadas ou não.

      São aparentemente imutáveis as estátuas que o óxido e a erosão vão transformando. Mortas as estátuas, qual colosso de Rodes, elas existem ou existirão apenas enquanto quem as ergueu as venera ou não, na mutação e renovação constante que a vida em si encerra, como crisálida. ! VIVA A VIDA !

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