Esta saga escava-me o sossego.
Urge mudar o rumo que apunhala o sol à nascença.
Lá fora a chuva molha vales, planícies e as minhas cidades.
Escorre-me o suor da paciência
E registo, sem curiosidade, um revólver a pilhas que só eu uso
E me faz nas mãos um insuportável ruído.
O que sobra é a névoa, é o vento, é a espera a que me entrego e me dou inteira.
Sinto-me rebaixada, reservada nas palavras e
Enquanto os pássaros se cruzam levando a espera do tempo
Há uma conclusão por cumprir.
Mas uma vez mais só escrevemos na areia.
Clara RoqueEsteves (Lisboa, 07 de junho de 2013)
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