No espaço retido entre palavras
Percorro a estrada em que eras bruma
E na corola que abre sem pudores
Ao toque da brisa que anuncia o dia
Identifico o perdido tempo
Em que o frémito do futuro
Me alarmava o corpo
E o amor era um deus desconhecido
Talvez um leve amanhecer
Talvez um ser inexistente
Que as madressilvas dos quintais
Insinuavam num sufoco de desejo
No lume alertado
Dos sentidos
E em permanência de espera
Acolhíamos como deuses
Os terrestres seres
Que vindos do Olimpo
Da utopia
Se insinuavam
Nos caminhar dos dias
GMA
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