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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Convívio do Tempo ... (20) - «Cartas de Amor»


* Maria Mamede

De Amor e de Terra
Se não houvesse fronteiras

XANGRILAH

Se Não houvesse Fronteiras

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De quantas vidas preciso?

A quantas vidas me agarro?

A quantas vidas me moldo

Como barro, mais que barro?!

De quantas vidas preciso?

Em quantas vidas te encontro?

Em quantas vidas me perco?

E nas vidas me que te ganho

De quantas mortes me cerco?!

De quantas vidas preciso

Para calar esta dor?

E em quantas perco o juízo

Por causa do teu amor?!...

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Fixo o meu olhar

Na abóbada celeste

Onde ao cair da noite

As estrelas se acendem

E julgo ver os teus olhos...

Nas intermitências da luz

Imagino lágrimas

Salgadas pela dor

Da saudade

E abraços, intensos

No reencontro sonhado...

Entanto

Tudo é ilusório;

Verdade

Somente as estrelas

Que a noite acendeu!...

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Que difícil, tão difícil

Esta espera, meu Amor

De todo o tempo que passa

Nessa carta por chegar

Tanta saudade se enlaça

Tanta ânsia a aumentar...

Quanta a saudade que sinto

Latejar no coração;

Quanto desejo, não minto

Porque o fogo nunca é extinto

Se em nós resiste a paixão...

E a carta sem chegar!

E o sono que não vem!

E esta espera sem fim

Que me mata e me sustém

Nesta saudade, ai de mim

Pela carta que não vem!...

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Teus beijos sabem a viagem

A oriente, a bruma

A ânsias de azul e sol

Coisa nenhuma

Do nascente ao poente

Da estória;

Teus beijos

Sabem à memória

Perdida, nos trigais do espanto

Aos ondulantes cinzas do quebranto

Da partida, a barcos e a sul.

Teus beijos

São no rio a outra margem

Corsários e tesouro

E a pilhagem

Depois da batalha

No mar alto;

Teus beijos são

De sobressalto

Por vezes

De miragem

Oásis no deserto

E sabem a viagem

E vontade do teu longe

No meu perto!...

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Hoje, meu Amor

Escrevo-te versos de mar e sol

Que o vento deixará em tuas mãos

Quando o Outono vier

Com seu manto de folhas

Ouro e púrpura;

E quando o inverno chegar, meu Amor

Abrindo as mãos

Poderás soltar os meus versos

Que o vento te entregou

Para com eles encurtarmos a distância

E adoçarmos a saudade!...

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Maria Mamede

(In Cartas de Amor)



NOTA da AUTORA

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Boa noite!

De acordo com o Aviso-Lembrança, aqui vão mais alguns poemas que creio poderem ser inseridos neste Convívio.

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PS.:-Todos os poemas me questão vão sem título, porque pertencem a um futuro livro que se chama "Cartas de Amor"
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Maria Mamede
qua 02-01-2008 21:51

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