As tuas palavras hão de chegar um dia
Atravessando a fronteira do Outono,
Esperado viajante,
Verbo conjugado no passado
Escorrendo o presente entre os dedos
E bebendo esperanças de futuro
Nas fronteiras de cada madrugada.
E entras, cobres-me o rosto
Com as pétalas daquela rosa branca
Que depositaste na minha mão
Num dia catorze de Fevereiro.
Serenamente reparamos
Que não passaram séculos,
Que não houve intervalos
E que as horas a outros prometidas
(e sempre perdidas)
Voltaram a tempo
De aquecer o nosso inverno.
Espero-te no contorno da minha praceta
(julgo que ainda a sabes de cor).
Oiço-te os passos
Bebo-te o cheiro
E murmuro essas palavras
Há tanto tempo guardadas.
Clara Roque Esteves
As tuas palavras hão de chegar um dia
Atravessando a fronteira do Outono,
Esperado viajante,
Verbo conjugado no passado
Escorrendo o presente entre os dedos
E bebendo esperanças de futuro
Nas fronteiras de cada madrugada.
E entras, cobres-me o rosto
Com as pétalas daquela rosa branca
Que depositaste na minha mão
Num dia catorze de Fevereiro.
Serenamente reparamos
Que não passaram séculos,
Que não houve intervalos
E que as horas a outros prometidas
(e sempre perdidas)
Voltaram a tempo
De aquecer o nosso inverno.
Espero-te no contorno da minha praceta
(julgo que ainda a sabes de cor).
Oiço-te os passos
Bebo-te o cheiro
E murmuro essas palavras
Há tanto tempo guardadas.
Clara Roque Esteves
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