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domingo, 11 de março de 2012

Fado de Intervenção - Aristides Silva







    • Há muita gente que não sabe que no século 19 houve fado de  intervenção até ao inicio do fascismo. O último fadista de intervenção, de nome João Black, morreu na década de 50 do século 20

    • Depois é que o fascismo controlou tudo através da censura. E este fado morreu.

    • O que eu estou a fazer é repor essa ligação perdida. A outro nível também 
  • Sexta-feira
    • Um dos fadistas é um tipo que escrevia admiravelmente bem e o seu nome era Avelino de Sousa

    • Os fascistas serviam-se do fado mas não gostavam dele, sobretudo na sua vertente interventiva 


        • O lançamento do meu álbum é no dia 17 de Março em Lisboa. 
          Vais lá estar?
        • Onde é?
        • Na livraria «Ler Devagar», em Alcantara, às cinco da tarde


          • O livrinho vem com as letras do CD.Vou já mandar-te tudo.

          • Já te mandei tudo. Por aí já podes ver o meu trabalho. Os músicos fizeram um trabalho excelente. Eu acho que tive sorte. Fica um trabalho para a «posteridade». Deu-me muito trabalho mas também deu-me imenso prazer fazê-lo.



            João ‎Black ~ Fado anarquista




            Album «fado de intervenção»

            por Aristides Silva a Sábado, 3 de Setembro de 2011 às 11:12 ·
            SINTO O MUNDO A TRANSPIRAR


            Aqui do meu jardim
            Eu vi o Sol beijar a Lua
            Ali perto é Pequim
            Já com o Mao em desventura
            Aqui neste cantinho
            Tudo é pequeno tudo é divino
            Aqui do meu fortim, canto sózinho
            REFRÃO
            Daqui deste jardim
            Eu sinto o Mundo a transpirar
            Paris ou Bombaim
            Com toda a Terra a ressacar
            New Yorque ou de Berlim
            Eu sinto a guerra a ribombar
            Aqui no meu jardim
            Eu vou ficar
            Crescer na coação
            De ser o sim ou o reverso
            Viver esta paixão
            De ter o fim de cada verso
            Amar a cada irmão
            Do Alcorão ou do inverso
            Amar em comunhão do universo

Aristides Silva Estes são os versos da primeira faixa do Álbum. Esta letra e música, nasceram em Agosto de 2008, exatamente no jardim da minha casa da Graciosa, aí pelas duas da manhã, quando já se cheirava a aproximação tempestuosa de crise. 

Em 2006, quando os defensores do modelo neoliberal estavam em êxtase acreditando na infalibilidade do sistema, eu escrevi «neste mundo desigual». Poderia ter chamado a este fado «O fado da Globalização». Nesta letra eu foco fundamentalmente as assimetrias sociais e o «inivitavel» desaparecimento da classe média. 

3 de Setembro de 2011

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