na areia tingida das memórias
gravadas na vastidão do tempo
a solidão dos espaços beija-te os silêncios ansiados
abraças os desertos
iluminados pelas ausências
onde refulgem cristais gotejantes de serena bonomia
e as melodias repousam no seu seio
revês os dias que cresceram
através de janelas abertas no conforto da esperança
onde a felicidade era um estado, um sentir, uma canção...
... não uma palavra, não um sonho perdido
viajas pelas imagens de amanhãs
que já foram alimentados na fé e na crença no Homem
construtor de futuros que se esbanjaram
e se perderam
viajas no sonho, vivido e sentido
como a frescura do mar que te afaga os pés descalços
nas areias da praia
em ti
inventas o refúgio de dias arrastados...
João Carlos Esteves, 07/2012
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