LIBERDADE
A liberdade é proporcional à qualidade do sofrimento. Quanto melhor se sofre mais intenso o sentimento de liberdade. Liberdade não existe sem o aprendizado da libertação de todos os seres vivos, em que os julgamentos de valor, que dependem do julgador, cessem para dar lugar à tolerância, solidariedade e compreensão. Julgar depreende-se e está subjacente sentenciar, condenar um ser human
A liberdade é proporcional à qualidade do sofrimento. Quanto melhor se sofre mais intenso o sentimento de liberdade. Liberdade não existe sem o aprendizado da libertação de todos os seres vivos, em que os julgamentos de valor, que dependem do julgador, cessem para dar lugar à tolerância, solidariedade e compreensão. Julgar depreende-se e está subjacente sentenciar, condenar um ser human
o a ser outro, que não ele próprio, perdendo a sua autodeterminação individual. Dar ou tirar o direito à liberdade do outro é condenar a uma prisão sem ferros, é ficar refém de desejos, caprichos de outros, que, por sua vez, estão reféns de si próprios. A dignidade humana começa na acção de cada um pela sua própria libertação.
Liberdade, oh liberdade!
Onde tens o teu chão?
Para uns és pura ilusão
Para outros, decepção
Sem rumo nem aprumo
Árvore curvada sem prumo
Flutua à deriva nos ventos
Dos caprichos dos elementos
Infliges dores, sofrimentos
Temperas de densos condimentos
De tentadores aromas, subtileza
Em alvas margens de areia presa
Sucede longa sombra à beleza
Com total impunidade e frieza
Pétala a pétala a terra desflora
Em sangue a morte lenta aflora
Breves suspiros concisos revolvem
Invertendo as terras que sentem
As raízes em sangue sofridas de dor
Que implodem em gritos de cor
Abrem-se as terras e as sementes
Em movimentos de fadigas dementes
Rasgando em espiral o céu paciente
Que integra a vida plena omnisciente
Manuela Silva
Liberdade, oh liberdade!
Onde tens o teu chão?
Para uns és pura ilusão
Para outros, decepção
Sem rumo nem aprumo
Árvore curvada sem prumo
Flutua à deriva nos ventos
Dos caprichos dos elementos
Infliges dores, sofrimentos
Temperas de densos condimentos
De tentadores aromas, subtileza
Em alvas margens de areia presa
Sucede longa sombra à beleza
Com total impunidade e frieza
Pétala a pétala a terra desflora
Em sangue a morte lenta aflora
Breves suspiros concisos revolvem
Invertendo as terras que sentem
As raízes em sangue sofridas de dor
Que implodem em gritos de cor
Abrem-se as terras e as sementes
Em movimentos de fadigas dementes
Rasgando em espiral o céu paciente
Que integra a vida plena omnisciente
Manuela Silva
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