Este mar gelado
Ora verde ora azulado
Lava-me a alma numa paz inquieta
E, olhos perdidos na lonjura,
Mãos vestidas de diurna solidão
Golpe de asa, como se fora oração
De sombras sugando ternura
Este mar ruma-me incerta
Pra onde há ondas desoladas
Infinitas trevas, doce lonjura
Lua estrelada, praia deserta.
E eu jogo a beleza das rochas
Com a tristeza dum barco de velas quebradas
multiplico mundos em ritmo desigual
A cólera das ondas rouba-me o ar
empobrece-me o sonho
dá-me o sal duma tristeza inacessível.
Olho, olho e vejo este mar
E quero viver até que o sol escureça a terra.
É neste o mar que mora a minha eternidade.
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RECANTO DA POESIA EM VERSO E PROSA
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