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Que venha de ti
uma corça de vento
Uma pausa de brisa
Uma palavra do nada
Rápida,tímida mas lúcida
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Que venha de ti
Um castelo de espuma
Um tropel de aves assombradas
Uma sede de amoras
Bordadas,frescas molhadas
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Que venha para mim
Uma fonte de odores
Cortinas de leitos escondidos
Uma flauta de cânticos
Para alegrar a minha retina
plantada na tua floresta perfumada
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Tráz para mim
Uma alcova de rosas
Um arfar de espanto
Uma curva de dedos aguçados
Uma boca de seda
Vestida da aragem
da tua púbis perfumada
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E eu
deixarei em ti
a semente proíbida
A loucura do soluço
A doçura duma espiga
O meu lago de mel
O néctar do meu pesadelo
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Vitor Correia (hi5)
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