Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)
. * Ana Cristina
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From: "ana cristina"
To: vicnog
Subject: Olá Victor
Date: Terça-feira, 7 de Novembro de 2000 11:55
Olá bom dia...conforme prometido, aqui estou eu a escrever! :-))
Depois de duas horas para chegar a lisboa, depois de uma saida tempestiva, com crianças, sair de casa todos os dias é uma loucura!
Enfim, agora já coordenei o trabalho, e tive tempo de aqui vir ver o mail, e enviar alguns também!!!
Em primeiro lugar: Um bom dia para ti! :-)))
Gostei dos poemas que me mandaste, principalmente do que se referia ao dia da mulher, gostei do cristal...Podes mandar mais, eu gosto de ler poesia!
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:-))) Não é só cinema e prosa, tb gosto de poesia!
Qua mais te hei-de dizer??? Hummm??? Olhando para a janela tá solinho, gosto do sol, tu gostas???
Dia 25, vais ao lançamento do livro do Sindroma????
Estou a ouvir Elton John, oiço sempre musica enquanto trabalho, e tu??
Bem, vou ficar por aqui...aguardo resposta Monsieur! :-))
From: Manariana To: vicnog Subject: "mº obrigada" Date: Sábado, 9 de Setembro de 2000 20:08
Vic . Obrigada,pelo lindo poema que me enviaste, um dos teus primeiros,logo uma relíquia preciosa e pioneira! Que me enterneceu, me colocou uma lagrimita no olho! Gostei de o ler, porque encerra toda a beleza da vida! Toda a gratidão que "a gente" sente por estar nela, com "ela"! Pegando-lhe quantas vezes com gana de amor e raiva "pelas pontas"! Já que, traiçoeiramente, a cada passo nos devota a apreensões dolorosas! E gostamos tanto dela! Lutamos por "ela" Queremos estar nela, com "ela"... Gerindo as nossas mazelas! Obrigada por o teres escrito! Por mo teres enviado pelo teu sentido de oportunidade pelo teu sorriso pela tua sensibilidade . * Manariana
From: "M.C" To: vicnog Subject: Carta a Alguém.. quase desconhecido... Date: Terça-feira, 5 de Outubro de 1999 22:34
Elvas, 5 de Outubro de 1999
Sentada à mesa no meu cantinho de trabalho, onde lavro, aro e semeio o caminhar dos dias, e o eco do teu "deves-me carta" bem presente no ouvido, pego-me à escrita.
Como pano de fundo, uma Aria de Bach.De uma beleza extrema, pegando-me na mão como quem guia o cego, leva-me à esfera mais interna do sentir, faz-me partícula, harmoniza-me com o Universo e impregna o ar de uma cantata de ternura.
È neste enquadramento sereno e belo, que me ponho a pensar no que hei-de dizer, a alguém que mal conheço.
Falar de mim a alguém que, de mim pouco sabe, seria, aparentemente uma tarefa fácil, pois muitos trechos haveria para escolher, dos cerca de quarenta anos (dos primeiros seis pouco recordo!) de vida vivida com o entusiasmo que o saber das diferentes idades me foi permitindo desfrutar.
Mas, contrariamente ao que seria de esperar, sinto-me como se quisesse fazer escoar todo um caudal de vida, pela garganta estreita da ponta da caneta, para esta folha branca feita foz.
Sinto o fluir da água... gosto de me espraiar como onda no crescer da maré...
O mar, sempre presente em mim que, curiosamente, escolhi viver neste mar de terra onde apenas ouço o vaivém das marés, quando o trigo está louro e a seara escaldante ondula, ao som da brisa, em fim de dia.
Também gosto do branco-cal das casas, que a luz dourada deste sol do Sul torna de um brilho único.
E depois há o céu...o céu do Alentejo, em que me perco a contar estrelas, quando, em madrugadas de trabalho, regresso a casa, cidade adormecida a sono solto.
A lua, ela também é minha companheira; espreito-a e, ora se esconde, ora se mostra, para me fazer lembrar que a vida é feita de momentos, pertença de uma única unidade.
E quando chega o frio, o aroma de lareira acesa impregna-me o sentir, quando de casa me aproximo e, cansada do dia, persigo o sonho ao som do estalar do azinho e me aconchego no crepitar da chama.
Tantas e tantas coisas mais teria para te dizer desta procura apaixonada com que faço o caminho, mas eu não sei falar de mim...
Socorro-me por isso, de um pedacinho do meu eu, que, talvez fale melhor do muito que eu gostaria que a ti chegasse, mas que não sei dizer.
Recebi este mail, e achei tão cómico, como aliás são os filmes do Charlie Chaplin. Ri-me tanto, que não posso deixar de partilhar convosco. . Elvira . ter 08-07-2008 16:43 .
Isso, acho que dava um azulejo giro. Tenho visto tantos painéis de azulejos em casas a cair que me deram vontade de ficar com eles, que acabei a desenhar um azulejo. .
Resolvi colocar a referência ao livro do meu Pai, infelizmente já falecido, pois se relacionava quer com o conteúdo do texto que trancreveu, quer com as notas que colocou. De facto “descobriu-se” agora, com o programa televisivo sobre a guerra colonial que os brancos, em Angola, causaram chacinas nos meses seguintes ao 15 de Março. Ora o livro que o meu Pai publicou em 2001 já denunciava esses crimes, embora tenha omitido muita coisa por “pudor de as contar seja a quem for” . Por exemplo, este episódio, que não transcreveu para o livro:
Reconhecimento
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“Corre o mês de Abril de 61 no Quitexe. O tractor, que eu havia emprestado para os trabalhos de abertura da pista para as avionetas, continua ao serviço da Administração. Mas, entretanto, alguém me vem informar que o pretendem utilizar na abertura de valas para enterrarem os pretos que vão sendo mortos na repressão cega, desenfreada e absurda da revolta. Faço-me ouvir:
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- Quem os mata que lhes abra a cova! Com o meu tractor, não!
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Retiro a máquina e guardo a chave. Ninguém se atreveu a questionar-me.
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Os corpos dos negros são atirados da ponte ao rio Luquixe. Às vezes ainda moribundos, agarram-se aos ramos das árvores que bordejam o rio e assim se vão esvaindo até que a morte e a corrente os transportem rio abaixo.
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A indisciplina, que entretanto reina entre os brancos, causa alguma apreensão às autoridades.
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Neste ambiente, sem calor humano, os sentimentos são confusos. Não há mulheres, nem o sorriso ou o choro de uma criança. À noite matilhas de cães famintos, abandonados pelos seus donos cercam o Quitexe, uivando sem parar, pressagiando a desgraça e a morte. Os nervos sempre à flor da pele, o vinho, a cerveja e os instintos mais primários de cada um vão tomando conta do dia a dia do Quitexe. A vida humana, para alguns, tem apenas o valor do custo de uma bala, 7$50. Triste imagem de gente “civilizada”. Estes são, afinal, os valores morais emergentes da filosofia da guerra.
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É neste estado de alma que de 15 em 15 ou até de 8 em 8 dias se faz a rendição do comando militar do Quitexe. Após a saída do Tenente Simões Dias o comando passou a ser exercido por alferes milicianos. Fui cumprimentar o novo comandante, um jovem alferes. Tem uma postura mais militar e vem acompanhado de um sargento de enorme estatura e com um farfalhudo bigode (dos antigos, com pontas retorcidas).
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Só passados uns três dias volto a encontrar o Alferes Coimbra, no terraço do bar do Pacheco; eu aguardo, sentado a uma mesa, a hora do jantar. Dentro do bar reinava a confusão. Espíritos exaltados, com ameaças no ar tornavam o ambiente e o convívio desagradável. Eu tentava manter-me, o mais possível, afastado dessas confusões. O alferes e o sargento, cada um com uma metralhadora ligeira FBP na mão, vêm ao meu encontro. Fiquei assustado pois eles vinham com caras de poucos amigos. O Alferes Coimbra vem dizer-me que precisava mudar a valvulina e o óleo nos carros e queria saber se eu os tinha em armazém. Respondi-lhe que sim, nem era preciso ir confirmar.
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- Não, não! Quero ter a certeza! Vá devagar e não tenha pressa de voltar…
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Lá fui cumprir a ordem, mas fiquei intrigado com as palavras do Alferes. Passados uns bons minutos resolvo regressar para o informar da existência dos óleos.
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Quando me aproximo do bar ouço a voz do Alferes, em tom agreste, dizer que a indisciplina, as bebedeiras vão acabar. De ora em diante o Quitexe está sob controlo militar e ele, como comandante, não vai tolerar a continuação das ameaças e falta de respeito que põem em causa a penosa defesa da povoação. Fiquei cá fora, esperando que o militar acabasse a reprimenda. Quando saiu fui ao seu encontro para lhe dar conta dos óleos.
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- Senhor Garcia, eu não preciso de óleos nenhuns! Não queria era que assistisse ao que ia dizer a toda aquela gente e pensasse que as minhas palavras também eram dirigidas a si.
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Sem mais palavras, despediram-se com um até amanhã e regressaram ao Posto.
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As palavras do alferes comoveram-me. Finalmente alguém reconhecia o mérito e a bondade das minhas atitudes nesta guerra diabólica.”
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O meu Pai foi uma testemunha de tudo o que se passou nesses meses na região mais afectada pela violência, por isso, considero os seus relatos imprescindíveis para o conhecimento e compreensão da realidade. Todos os livros publicados por quem viveu os acontecimentos, ou são de jornalistas engajados com o regime colonial ou de militares. Faltava a voz de um civil que remou contra a maré.
Eu creio que esta é uma frase de Aragon que deu origem a um poema de Jean Ferrat. Não encontrei qualquer tradução, pelo que deixo-te a minha, que vale o que vale, isto é, pouco.
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Bjo
VM
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A Mulher é o futuro do Homem (La femme est l’avenir de l’homme)
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Tradução de Victor Nogueira
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(poesia do poeta francês, Louis Aragon, um dos grandes nomes do surrealismo, e que é cantada por Jean Ferrat)
Le poète a toujours raison
O poeta tem sempre razão Qui voit plus haut que l'horizon
Quem vê para além do horizonte Et le futur est son royaume
E o futuro é o seu reino Face à notre génération
Face à nossa geração Je déclare avec Aragon
Eu afirmo com Aragon La femme est l'avenir de l'homme
A mulher é o futuro do homem
Entre l'ancien et le nouveau
Entre o passado e o futuro Votre lutte à tous les niveaux
A vossa luta em todos os campos De la nôtre est indivisible
Da nossa é inseparável Dans les hommes qui font les lois
Entre os homens que gravam as normas
Si les uns chantent par ma voix
Se há quem cante com a minha voz D'autres décrètent par la bible
Outros impõem as interdições bíblicas (divinas)
Le poète a toujours raison
O poeta tem sempre razão Qui détruit l'ancienne oraison
Quem destrói as antigas preces (orações) L'image d'Eve et de la pomme
A imagem de Eva e da maçã Face aux vieilles malédictions
Face às velhas (milenares) maldições Je déclare avec Aragon
Eu declaro com Aragon La femme est l'avenir de l'homme
A mulher é o futuro do homem
Pour accoucher sans la souffrance
Para parir sem dor Pour le contrôle des naissances
Para o controle dos nascimentos Il a fallu des millénaires
Foram precisos milénios Si nous sortons du moyen âge
Embora tivéssemos saído da Idade Média Vos siècles d'infini servage
Os teus séculos de infinda servidão Pèsent encor lourd sur la terre
Pesam ainda muito sobre a Terra
Le poète a toujours raison
O poeta tem sempre razão Qui annonce la floraison
Quem anuncia a Primavera D'autres amours en son royaume
Doutros amores no seu reino Remet à l'endroit la chanson
Faz renascer as flores Et déclare avec Aragon
E declara com Aragon
A mulher é o futuro do homem La femme est l'avenir de l'homme
Il faudra réapprendre à vivre
É necessário re-aprender a viver (renascer) Ensemble écrire un nouveau livre
Escrevendo um livro a quatro mãos Redécouvrir tous les possibles
Redescobrir todos os caminhos Chaque chose enfin partagée
Cada coisa finalmente partilhada Tout dans le couple va changer
Tudo no casal mudará D'une manière irréversible
Dum modo (caminho) sem regresso (irreversível)
Le poète a toujours raison
O poeta tem sempre razão Qui voit plus haut que l'horizon
Quando vê para além do horizonte (quando vê mais de mais alto que a águia) Et le futur est son royaume
E o futuro é o seu reino Face aux autres générations
Face às restantes gerações Je déclare avec Aragon
Eu declaro (proclamo) com Aragon La femme est l'avenir de l'homme
A heroina polaca que salvou crianças judias do Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial, faleceu no dia 12 de maio de 2008, às 8 horas da manhã, hora local. Irena foi e será sempre uma grande Mulher, uma grande Humanista, uma grande Alma.
Por favor repassem este e-mail, a obra desta MULHER nao pode cair no esquecimento, nem nos podemos jamais esquecer de todos aqueles que sofreram o Holocausto e outros que continuamente sofrem as maos de regimes totalitarios e despoticos.
A heroina polaca que salvou crianças judias do Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial, faleceu no dia 12 de maio de 2008, às 8 horas da manhã, hora local. Irena foi e será sempre uma grande Mulher, uma grande Humanista, uma grande Alma.
Irena Sendler, em língua polaca Irena Sendlerowa, (15 de Fevereiro de 1910 - 12 de Maio de 2008), também conhecida como "o anjo do Gueto de Varsóvia", foi uma activista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuido para salvar mais de 2.500 vidas ao levar alimentos, roupa e medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida.
A Mãe das crianças do Holocausto
A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade.- Irena Sendler
Quando a Alemanha Nazi invadiu o país em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, que organizava os espaços de refeição comunitários da cidade. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupa, medicamentos e dinheiro.
Em 1942, os názis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou: "Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto."
Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam: "Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Quê podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto? A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.
Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacas de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.
Os názis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e as pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao finalizar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio názis. De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e pouco a pouco foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe: "Lembro-me da sua cara. Foi você quem me tirou do gueto." E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965 a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".
Irena Sendler passed away on Monday May 12th, 2008 at 8:00 am CEST in Warsaw, Poland. A funeral service will be held on Thursday, May 15th at noon CEST in Warsaw. Memorial services are planned in numerous places, including Fort Scott, KS.
The life of Irena Sendler was one of great testimony, one of courage and love, one of respect for all people, regardless of race, religion and creed. She passed away peacefully, knowing that her message goes on. Our hearts and prayers go out to her worldwide family. She is gone, but will never be forgotten. Born in Warsaw, Poland, she live most of her young life in Otwock. Irena Sendlerowa led the rescue of 2,500 Jewish children from the Warsaw Ghetto during the Holocaust in World War II. She was recently nominated for the Nobel Peace Prize. Her legacy of repairing the world continues, as good continues to triumph over evil. Irena Sendlerowa was 98 years old.
November 13, 2003 -from POPE JOHN PAUL II - TO IRENA SENDLEROWA. "Honorable and dear Madam, I have learned you were awarded the Jan Karski prize for Valor and Courage. Please accept my hearty congratulations and respect for your extraordinarily brave activities in the years of occupation, when - disregarding your own security - you were saving many children from extermination, and rendering humanitarian assistance to human beings who needed spiritual and material aid. Having been yourself afflicted with physical tortures and spiritual sufferings you did not break down, but still unsparingly served others, co-creating homes for children and adults. For those deeds of goodness for others, let the Lord God in his goodness reward you with special graces and blessing. Remaining with respect and gratitude I give the Apostolic Benediction to you." POPE JOHN PAUL II
A GREAT WOMAN, A GREAT HUMANIST, A GREAT SOUL...
Irena Sendler (in Polish also: Irena Sendlerowa; de domo Krzyżanowska; February 15, 1910 – May 12, 2008) was a Polish social worker. During World War II she was an activist in the Polish Underground and the Żegota Polish anti-Holocaust resistance in Warsaw. She helped save 2,500 Jewish children from the Warsaw Ghetto by providing them with false documents and sheltering them in individual and group children's homes outside the Ghetto.
World War II Resistance
During the World War II German occupation of Poland, Sendler lived in Warsaw (before that she lived in Tarczyn) while working for the city's Social Welfare Department.
She started helping Jews a long time before the Warsaw Ghetto was established. As early as 1939, when the Germans invaded Poland, she began helping Jews by offering them food and shelter. Irena and her helpers made over 3,000 false documents to help Jewish families, before she joined Żegota and the children's division. Helping Jews was very risky — in German-occupied Poland, all household members were punished by death if a hidden Jew was found in their house. This punishment was more severe than those applied in other occupied European countries.
In December 1942, the newly created Children's Section of the Żegota (Council for Aid to Jews), nominated her (under her cover name Jolanta) to head its children's department. As an employee of the Social Welfare Department, she had a special permit to enter the Warsaw Ghetto, to check for signs of typhus; something the Nazis feared would spread beyond the ghetto. During the visits, she wore a Star of David as a sign of solidarity with the Jewish people and so as not to call attention to herself.
She cooperated with the Children's Section of the Municipal Administration, linked with the RGO (Central Welfare Council), a Polish Relief Organization tolerated under German supervision. She organized the smuggling of Jewish children from the Ghetto, carrying them out in boxes, suitcases and trolleys.Under the pretext of conducting inspections of sanitary conditions during a typhoid outbreak, Sendler visited the ghetto and smuggled out babies and small children in ambulances and trams, sometimes disguising them as packages. She also used the old courthouse of the edge of the Warsaw Ghetto (still standing) as one of the main routes of smuggling children out. The children were placed with Polish families, the Warsaw orphanage of the Sisters of the Family of Mary or Roman Catholic convents such as the Sisters Little Servants of the Immaculate Conception of the Blessed Maryat Turkowice and Chotomów. Some were smuggled to priests in parish rectories where they could be further hidden. She hid lists of their names in jars, in order to keep track of their original and new identities. Żegota assured the children that, when the war was over, they must be returned to Jewish relatives.
In 1943, Sendler was arrested by the Gestapo, severely tortured, and sentenced to death. Żegota saved her by bribing German guards on the way to her execution. She was left in the woods, unconscious and with broken arms and legs. She was listed on public bulletin boards as among those executed. For the remainder of the war, she lived in hiding, but continued her work for the Jewish children. After the war, she dug up the jars containing the children's identities and began an attempt to find the children and return them to living parents. However, almost all the children's parents had died at the Treblinka extermination camp.
Uma revolução....a liberdade...