Ó VALENTIM, VALENTIM
por Carlos Rodrigues a Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013 às 21:28 ·
“ Ó VALENTIM, VALENTIM “
( Carta de Joaninha Fagundes para Valentim Português )
Que me importa a mim
Que o teu amor seja importado,
Como o coração que pintas
A tinta da China em canecas de barro,
Se o que mais aprecio em ti é o teu quarto,
Com passarinhos no telhado ?
Não te esqueças de mandar beijinhos pelo celular
Megafone ou postal, que um dia te hei de devolver
Com lábios pintados e do melhor silicone
Que houver no mercado.
Bem sabes que deste lado da ternura
Te esperará sempre um docinho
Ou uma travessura, das gulosas,
Mesmo trocando as tradições,
Que nem sequer são nossas,
E também é por boa vontade que te deixo
Que me cubras com botões de rosas.
Gostei tanto do S.M.S. que me mandaste o ano passado:
Joaninha, volta aqui, traz-me o teu corpo vermelho,
Pontuado com bolinhas de prata, ao espelho,
Quero que me desenhes uma vez mais
As tuas asas doces, caramelo para a minha boca,
Sobre o papel vegetal do meu peito louco.
Mas, sobretudo, nunca te esqueças
De me enrolares a língua quando eu disser
Que me amo, por que tu me amas,
Amo-me por que tu me chamas, Amor.
Desde que me ofereceste uma camisola interior
Com o teu corpo gravado, sem jeito,
Só consigo dormir contigo
Encostado ao peito.
Mas olha, se me disserem alguma coisa na maternidade,
Eu não me importo, mas nego tudo de uma vez,
Que tu sabes muito bem que nem sequer temos idade
Para namorar em Inglês.
Carlos A.N. Rodrigues, 14 / 02 / 2012
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( Carta de Joaninha Fagundes para Valentim Português )
Que me importa a mim
Que o teu amor seja importado,
Como o coração que pintas
A tinta da China em canecas de barro,
Se o que mais aprecio em ti é o teu quarto,
Com passarinhos no telhado ?
Não te esqueças de mandar beijinhos pelo celular
Megafone ou postal, que um dia te hei de devolver
Com lábios pintados e do melhor silicone
Que houver no mercado.
Bem sabes que deste lado da ternura
Te esperará sempre um docinho
Ou uma travessura, das gulosas,
Mesmo trocando as tradições,
Que nem sequer são nossas,
E também é por boa vontade que te deixo
Que me cubras com botões de rosas.
Gostei tanto do S.M.S. que me mandaste o ano passado:
Joaninha, volta aqui, traz-me o teu corpo vermelho,
Pontuado com bolinhas de prata, ao espelho,
Quero que me desenhes uma vez mais
As tuas asas doces, caramelo para a minha boca,
Sobre o papel vegetal do meu peito louco.
Mas, sobretudo, nunca te esqueças
De me enrolares a língua quando eu disser
Que me amo, por que tu me amas,
Amo-me por que tu me chamas, Amor.
Desde que me ofereceste uma camisola interior
Com o teu corpo gravado, sem jeito,
Só consigo dormir contigo
Encostado ao peito.
Mas olha, se me disserem alguma coisa na maternidade,
Eu não me importo, mas nego tudo de uma vez,
Que tu sabes muito bem que nem sequer temos idade
Para namorar em Inglês.
Carlos A.N. Rodrigues, 14 / 02 / 2012
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"Ó VALENTIM, VALEMTIM "
- Margarida Piloto Garcia, Maria Jorgete Teixeira e 26 outras pessoas gostam disto.
- Maria Jorgete Teixeira Direi eu agora que esta é uma escrita no masculino: brincando com as palavras que os homens não gostam de expressar os sentimentos assim à toa...fugindo à questão, têm na ironia a sua principal aliada, apenas deixando vislumbrar, aqui e ali, um pouco do que se quer escondido...
Isto sou eu a brincar,o que quero mesmo dizer é que gostei deste jogo de palavras e de sentidos... - Jose Joaquim Santiago Vitor Esta bonito, pena tenho que nada posso oferecer, nao pertenço ao S. Valentim. pertenço ao S. Divorciadim...., grande abraçao amigo Carlos.gra
- Clara Roque Esteves Este Valentim está maravilhoso porque maravilhado pela Joaninha ( terá olhos verdes???)com quem comunica virtualmente mas ousou enviar-lhe a camisola tatuada. Lamento que o Valentim não assuma e se ponha já de fora do filme. Coitada da Joaninha!! Adorei e ri com vontade. Xiis.
- João Guerra NÓS SOMOS TODOS NAMORADOS, AMIGOS E COMPANHEIROS DESTA BATALHA POR UMA VIDA MAIS DIGNA E HUMANA E COM AMIZADE.
- Bina Moura Carlos Rodrigues, gostei muito, deixou-me bem disposta e com um sorriso nos lábios... obrigada pela partilha. Beijinho
- Victor Nogueira Bem, Carlos Rodrigues a tua nota é mesmo a matar, ao contrário da minha 007, que se deve ter afogado. Pelo menos até este momento ninguém comentou. Ganhaste-me e gostei da tua desmistificação - assim interpretei - dum valentim que não sendo de todos os dias como deveriam ser, é quase sempre de pechisbeque ou da loja dos 300, que a crise não dá para mais.
È a crise das bolsas e dos corações. LÇL Aquele abraço e não te esqueças de oferecer-lhes flores LOL
http://letras.mus.br/manuela-moura-guedes/1232152/
letras.mus.br
Há luz sem lume aceso / Mas sem amar o calor / À flor de um fogo preso / À luz d...o meu claro amor/ Há madressilvas aos pés / E águas lavam o rosto / Dedos que tens em rés pés / Oh, meu amante deposto/ Não foram poemas nem rosas / Que colheste no meu cVer mais - Carlos Rodrigues Bom Dia, Amigo Octávio, obrigado por achar Excelente esta brincadeira infantil, que às vezes até se pode tornar uma coisa muito séria. Um abraço.
- Carlos Rodrigues Maria Jorgette, a ironia não é unisexo ? Bom estas crianças brincam aos adultos e depois, já se sabe, mas olha que a ironia aí está muito mais no feminino, especialmente quando faz o Valentim saber, que vai até à maternidade, como quem vai à loja comprar rebuçados, mas ele que se aguente à bronca se se confirmar o embaraço ou seja que assuma as suas responsabilidades... LOL.
- Carlos Rodrigues José Vitor, isso não quer dizer nada, podes muito bem mandar um S.M.S. a uma outra Joaninha do teu agrado. Abração.
- Carlos Rodrigues Clarinha, jogando à defesa da classe feminina, como lhe compete, com ou sem camisola gravada, mas então tu não vês que a pobre criança, o Valentim Português é que está a sofrer a inteligente chantagem da Joaninha ? Também é uma leitura possível, descontando o exagero de se tratar de um namoro infantil, com recortes importados da tradição anglo-saxónica, mas rapidamente absorvidos pelos costumes nacionais, como outros tipos de colonialismos, desde sempre bem cultivados pela cinematografia Lusitana ? Beijinhos.
- Carlos Rodrigues Assim deve ser, Amigo João Guerra, a Joaninha e o Valentim são talvez um " fait-divers " de tudo isso, onde Valentim Inglês acaba por ser um dia divertido e amistoso à Portuguesa, ainda que embaraçado pela crise vigente.
- Carlos Rodrigues Obrigado, Bina, ainda bem que te divertiste e ficasre com esse lindo sorriso. Um dia Feliz.
- Carlos Rodrigues Ói, Victor, dizes que a tua postagem 007 se afogou ? Ná, já lá fui confirmar, é um Poema maduro, este é infantil, pelo menos até à surpresa da maternidade da Joaninha e do Valentim que ainda nem deveriam ter idade para assumirem tradições anglicanas, mas não isentas da tentação dos sentidos. Começarão a sentir a crise mais cedo, coitado do Valentim Português e da Joaninha, (a)voa,(a)voa...LOL. Obrigado, Abraço.
- Carlos Rodrigues Obrigado Sãozinha Amizade. No teu coraçãozinho é Dia de São Valentim todos os dias. Xiiis.
- Carlos Rodrigues Grato a todos os outros Amigos/as que me leram e gostaram, até aqui: Vitor Hugo Duarte, Mavilde Bazílio, Gladys Nunes, Helder Martins, Armindo Loureiro, Maria João Melo, Nany Fernadez e Isabel Ferreira Rama. B.F.S.
- Zé Troia Os Valentins de Portugal não andam a tirar à sorte o nome da sua companheira.mas sim no reino do papel,a felicidade de um qualquer trabalho que lhe alimente,não o seu fervor amoroso,mas sim o seu estómago debilitado e necessitado.Os Valentins ainda resistem às proibições,ÁS IMPOSIÇÕES DA SEMENTEIRA DE FATURAS e ainda lançam as suas flechas aos corações empedernidos,na mira de os transformar,em corações apaixonados pelo próximo mais próximo e mais necessitado.Uma boa partilha de sentimentos se ainda existissem botões de rosa no mercado da ternura.Um abraço Valentino e valente.
- Carlos Rodrigues Desapareceu a minha resposta Amigo Zé Tróia, vou tentar resumir: Tudo o que diz está certo, mas aqui o ponto principal não é o político, mas acaba por se tornar incontornável, mesmo assim não é o mais importante aqui, mas sim a Joaninha das novas tecnologias que mesmo assim adora passarinhos no telhado do quarto do Valentim, ainda não está preocupada com o emprego, mas na iniciática amorosa, mas com ou sem tradições importadas tudo é mais rápido nos tempos que correm, assim como os perigos quando se voa a velocidades MAC 3 ou mais, até a astúcia se desenvolve mais rapidamente. Fica portanto em aberto se a Joaninha está mesmo para dar a luz, resultado de inocentes brinquedos ou já instintivamente a exercer o seu direito de envolver o outro responsavelmente no assunto, prevenindo ou precipitando o futuro. Obrigado Amigo Zé Tróia, grande abraço.
- Carlos Rodrigues É sal, Amiga Graça Balsa, para que o Poema não saia insonso em dia de S. Valentim ou 24 horas depois. Obrigado e B.F.S.
- Clotilde Parreira Gostei muito deste texto e desta forma de brincar com as palavras...mais um belo texto, como muitos com que nos tem presenteado. Bom fim semana tb para si Carlos Rodrigues.
- Carlos Rodrigues Obrigado, Amigos Linita Lessa, Francisco Cunha e Maria João Melo e todos os que leram e gostaram do Valenti Português e da Joaninha Fagundes. B.F.S.
- Carlos Rodrigues Good evening my friend, Helen Sweet. Sorry for the delay, I had not seen your post up there. Thank you and Have a nice Week End.
- Margarida Piloto Garcia Embora só hoje aqui tenha vindo não poso deixar passar este poema sem comentário. Uma verdadeira delícia, de uma ironia maravilhosa. Fez-me sorrir. Ai mundo este de Valentins e Joaninhas virtuais, que são o que são e às vezes nem isso.
- Carlos Rodrigues Pois é, virtuais, às vezes, mas sabes como é, Amiga Margarida, teclar puxa, teclar e à velocidade astronómica como as coisas correm, hoje em dia, acelerados em várias línguas, o perifo dos voos das Joaninhas e dos Valentis aumenta, tanto quanto o custo da vida, e lá se vão os passarinhos e até os telhados futuros. Nada como a prevenção, mesmo irónica que seja. Obrigado, Beijinhos Margarida.
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