Queridos amigos,
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Em meu nome pessoal, da Céu Campos e de toda a equipa que faz o Arestas de Vento na Pal FM (102.2) … desejo … um feliz Natal aos cibernautas e ouvintes. Que é como quem diz: saúde aos molhos, ternura na consoada e camionetas de amizade com todos. Tudo regado ao tinto da verdade (cuidado com a colheita 2007) e sem o muito ralado martelo da hipocrisia. Feliz Natal!!! AMIGOS!!!São os votos do muito amigo
Ricardo Cardoso / Autor do programa de rádio Arestas de Vento
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"O Pai Natal não existe!", diz a rir a Lídia, uma menina adorável de 6 anos. A sua expressão de certeza absoluta faz sorrir o mais sério dos homens. "É uma maluca", diz a mãe a desculpá-la. "Não existe. É o meu pai e a minha mãe", adianta com uma expressão clara e decidida. Mas o que a Lídia não sabe e também ninguém lhe soube explicar, nem mesmo o pai católico praticante, é que o Pai Natal como o conhecemos hoje foi inventado na grande América, mas o antigo, aquele que apareceu no início da era cristã, era de carne e osso e chamava-se Nicolau. Tinha uma família como toda a gente, e uma casa, amigos e vizinhos. Esse homem celebrizado pela sua extrema bondade e generosidade para com todos os que tinham necessidades oferecia presentes a muitas pessoas, especialmente às crianças. Um dia a Lídia irá compreender a história e irá até procurá-la pelos seus próprios meios para a poder contar a seus filhos. Mas até lá vai continuando a dizer, embora com uma certeza pouco certa que "ele não existe". Existem pois as suas memórias, a sua presença no século IV, a sua ligação à igreja enquanto bispo, as suas acções enquanto homem. Mas para que se saiba quem foi o pai dos muitos Pais Natal que hoje encontramos por todo lado, aqui fica um pouco de história. Só espero que um dia a Lídia possa ler este texto e aperceber-se que foi escrito para ela, e para que ela o pudesse ler aos seus filhos.”
Moral deste meu apanhado: Todos sabemos que o Pai Natal não pode nem deve ser posto, entre adultos, no lugar de Jesus Cristo … contudo … entre pirralhos que, por serem crianças, ainda sonham (?!!!) meu Deus … é parte integrante da magia do Natal. Não considero um gesto Cristão afastar o Pai Natal das festas Natalícias! Estar em sintonia com esta fundamentalista exclusão é um exagero praticado por quem (de mim falo) possivelmente já esqueceu que foi criança. Por outro lado falar em Dezembro é, efectivamente, falar do Natal. E apesar do lugar comum é impossível não associar esta quadra à família ao nascimento e à vida … contudo … é bom entender o significado da consoada quando não há dinheiro nem para couves nem para bacalhau. E mais aceitar na mesma mesa, como semelhantes, doentes com sida, gente sem abrigo e muitos outros que a sociedade dos perfeitinhos preconceitos condenou.
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FELIZ NATAL 2007
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Ricardo Cardoso/ Autor do programa de rádio Arestas de Vento
2 comentários:
Achei imensa graça a esta estória...razão tem a Lídia!...
Abraços e votos de PAZ e LUZ!!!
bjs.
Maria Mamede
Caríssimo, embora as BOAS FESTAS fossem para o colectivo, tomei a liberdade de transcrever para o meu blog uma parte do e-mail onde constavam.
Um abraço Victor Nogueira.
Clicar (para saber como é!) na seguinte hiperligação: http://osabordolhar.blogspot.com/2007/12/o-pai-natal-no-existe-diz-rir-ldia.html
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