Building a rainbow de Tito Salomoni
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* Antunes Ferreira
qua 28-05-2008 0:21
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travessadoferreira
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Dom Victor da Nogueira
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Às vezes dá-me para rimalhar. Perece-me ser o caso, não muito grave. Se os que as leiam não me seviciarem, estou safo: sobrevivi. Aguentei o tsunami. Já está.
Henrique, o Aéfe
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Quadras popularunchas
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Noite fora reina a Lua
E enche o pobre coração
Passo, triste, pela rua
Falta-me a inspiração
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Quadras, leva-as o vento
O Povo segue a bailar
Será que o meu fingimento
Se perde pelo luar?
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Versos da noite são escuros
Ou muito mal iluminados
Sentimentos rijos, duros
Lembrando tempos passados
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Na praça da nossa aldeia
Fiquei preso p'lo beicinho
Duma moça gorda e feia
Sem esperar dela um carinho
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Os versos de pé quebrado
Servirão para animar?
Triste sina, negro fado
Ou canção para embalar
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Cantamos todos à noite
Trovas para quem aprecia
Serenata que se afoite
Não pode viver de dia
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Populares são estas rimas
E se calhar com rudeza
Tu nem com elas te animas
Vê-se que és Portuguesa
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Fico-me por aqui sozinho
Já nem sei do que cantar
Tenho pena do vizinho
Ouve quadra popular
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Por isso vou de abalada
Meto a viola no saco
Situação mais embrulhada
Só a que viveu o Cavaco
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Quando esteve na Madeira
E falou com o Jardim
Aturou-lhe a bebedeira
Não disse não, não disse sim.
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Assembleia? Um faduncho.
Sem justificação nem maneira
Só falou com o caruncho
Que é o bicho da Madeira
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Mas antes da tal visita.
Fora lá outro na mama
Sossegou, coisa bonita
Do Doutor Jaime Gama
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O sôr Silva o entendeu
Mostrou-se muito simpático
O Gama já se esqueceu
Do défice democrático
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Estas quadras desgarradas
Vão ter o ponto final
Com perguntas envenenadas:
A Madeira é Portugal???
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