* Maria Mamede
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Nas minhas veias, não corre somente sangue Português...(o que quer dizer Celtibero, Lusitano, Grego, Romano, Vicking) mas por inconsciente opção genética avoenga, também Galaico Duriense, Basco, Catalão, Britânico e Francês (Parisiense), o que faz de mim esta amostra híbrida de gente do mundo.
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De todos eles, sinto algum defeito e alguma qualidade; em todos eles encontro algo com que me identifico; em todos eles me debruço, olhando-os apenas de uma vida, esta que estou vivendo desta vez!
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A todos eles admiro e por todos entristeço; de todos eles vejo marcas, nos achados arqueológicos que me espantam e me dão a vontade da procura, nos traços fisionómicos da minha gente (tão iguais e tão diversos) e muito especialmente nas palavras,(topónimos, vocábulos) porque as palavas são o que mais me encanta e o que mais amo.
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Através delas, comunico melhor os meus sentimentos, todos os sentimentos; através delas consigo compreender melhor, o que fui, o que sou, os meus legados genético-sociais e idealistas que aos meus vindouros entrego, com todo o amor e humildade de que sou capaz.
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As palavras sempre tiveram lugar cimeiro na minha vida, a par dos pensamentos.
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Elas me têm ajudado a sobreviver a "naufrágios", "incêndios" e todo o tipo de "catástrofes" de alma, de coração e de mente e em alturas de crise, têm sido elas o farol maior na minha vida.
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Foi com elas que aprendi a dizer "Mãe"!
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São elas que me dizem da Fé, da Esperança e do Amor.
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E são elas que me lembram:
- que se há Tempestade, há Bonança
- que se há Treva, há Luz
- que se há Guerra, há Paz
e que sempre, sempre, pode haver AMANHÃ!...
1 comentário:
Victor, fiquei sem palavras!
De vez em quando consegues comover-me mais que a conta!
Obrigada
Bj.
Maria Mamede
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