Viva a Vida !

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

O blog fotográfico de Eduardo Martins

Eduardo Martins, Fotografia

portfólio
fragmentos de memória


Açores Entre as asas da imaginação e o desespero de momentos cruciantes, o verde dos campos recortados e o mar admoestando as rochas com bafos de alguma raiva







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Nota biográfica
Digo de mim, com alguma frequência, nunca ter saído da "idade dos porquês". Do que me foi dado avaliar através dos olhares com que me debrucei sobre a Vida tenho feito o meu percurso como cultor da imagem, exultando, num misto de estonteamento, de fascínio e avidez como se de desforra se tratasse, na procura de respostas para aquilo a que alguém chama a razoabilidade das coisas, ouvindo todos os ouvidos do mundo, tentando ouvir e viver tudo duma vez ou concentrar todo o sol da vida num único grito de silêncio.
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Nasci no Barreiro há cinquenta e sete anos, numa espécie de “vila operária", bem defronte da margem do Coina. e todo e cada local ou centenas de figuras humanas, filhos da terra  são-me  familiares, íntimos, fazem parte das minhas memórias mais recônditas.
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Desde muito cedo me embrenhei na força das imagens elegendo a fotografia como a linguagem mais perfeita para “ creditar situações, mostrar fragmentos, ver a realidade e bem assim o que a transcende”..
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Por opção, fui repórter fotográfico desde mil novecentos e setenta e dois, tendo colaborado com jornais tais como o “ República”,  o “ Século”, o “ País”, o “ Diabo”, a “ Tribuna”, o “ Novo Observador”,  o “ Tal e Qual”, entre outros, hoje já desaparecidos.
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Colaborei com Agências Noticiosas como a "Associated PRESS",  "Photographer`s International” e “ Solo Sindication”.
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Fui redactor dos jornais “Turisver” e “ Correio das Regiões” e Coordenador Editorial do “Jornal do Barreiro”., entre outros.
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Vivenciei algumas experiências no mundo da Rádio.
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Deambulei e deambulo pelo mundo da pintura. No dia-a-dia, num silêncio descomprometido, concentro os olhos nas sardas da paisagem e cruzo-me com circunstâncias na leitura ocular de algo que para a maior parte de outros não passaria de uma vaga hipótese, ou nem isso.
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E julgo que hoje, sem amargos de alma, sem remendos de sensações baças, sem complacências politicamente correctas, num silêncio que esfarrapa o tempo, remeto-vos para recortes do Barreiro, a minha terra, de Lisboa, da Figueira da Foz, da Madeira, dos Açores, entre outros locais, através de um “molho” de imagens descomprometidas, besuntadas de saudade e embaladas numa esperança, que vos ofereço. Sem remendos, repito, de olhos lavados, sem palavras ou imagens corrosivas e, sobretudo, com o compromisso de continuar a ser eu próprio, neste mundo em imprudente confusão.

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