Viva a Vida !

Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Carlos Rodrigues - Luzes de S. João



por Carlos Rodrigues a Quinta-feira, 21 de Junho de 2012 às 14:15 ·
                                          “   LUZES  DE S. JOÃO “               
                                                                                                      
                                      Na ponte os pirilampos são de Electra,
                                      Imitam estrelas, fingem o céu,
                                      Deixam, ainda assim, uma porta aberta,
                                      Para o dia, para a imaginação.

                                      O sol foi sequestrado por Morfeu,
                                       Mas não dormiu o rio em Festa,
                                      E à margem do leito, que tem por seu,
                                      Despiu-se de tudo o que lhe resta

                                      E inundou, numa onda de cio,
                                      As coxas da Cidade entontecida,
                                      Subiu, fez um balão, que logo ali pariu                                     
         
                                     Uma outra vaga, outra razão, uma saída,
                                     E ao dar à luz,   já feito sol, fingiu
                                     Que o que sentiu não era dor, mas Vida.

                                    Carlos A. N. Rodrigues, 21 / 06 / 2012
                                 
                               

LUZES DE S.JOÃO


  • Victor Nogueira Carlos Rodrigues - não quadras mas um soneto, variação inventiva e de mérito sobre as festas populares. De boa vontade e sem pesos âncoras em cadeia, que o saltar a fogueira desaconselha, aqui começo a pagar a minha dívida. 

    Um abraço :-)
    há 5 minutos · 


Ana Porfírio - Talvez cartas de amor - o princípio


r Ana Porfirio a Quinta-feira, 21 de Junho de 2012 às 15:29 ·


Não sei como não te vi antes, como falei contigo horas a fio sem perceber que o som da tua voz é firme e seguro e que sussurrado aos ouvidos é como uma música secreta, não sei as vezes que te olhei nos olhos sem nunca ver que tem tons diferentes quando sorris, quando está sol, quando o dia se turva, cores como cascas de árvores, com mais ou menos folhagens verdes reflectidas, tons de mel quente na doçura em que por vezes me olhas, como nunca percebi que o teu franzir de testa é engraçado, como os gestos quando falas de coisas que te entusiasmam, não sei como no fundo te vi sem nunca te ver o que vejo hoje, a suavidade secreta da pele, o calor do teu sorriso, a forma como me tocas, quase como se eu fosse um instrumento musical, que fazes vibrar em tons graves ou agudos, não sei como nunca percebi que acertamos o passo, da mesma forma que acertamos os gestos, as opiniões, os lábios e os abraços, como nunca vi que era a curva do teu peito o local ideal para apoiar a minha cabeça, não sei como escondeste o teu sabor secreto e salgado, não sei como nunca percebi que dentro de ti estavas tu e que agora te vejo com clarividência das cegueiras inevitáveis.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Poesia em Manuela Silva




Victor Nogueira Vi no ar a natureza podia ser a epígrafe, Manuela Silva :-)*

A poesia de Manuela Silva



Poucas palavras, para tão grande e contido amor, Manuela Silva :-)*

Maria Jorgete Teixeira - Subtil



a Jorgete Teixeira a Terça-feira, 19 de Junho de 2012 às 14:07 ·



O meu pé avança

Devagar

E pára a milímetros da tua pele.

Toco-te.

 O coração suspende-se

Na eternidade da espera.



Acorda o teu corpo

num movimento de anca

Leve, quase nada...

Encolho-me de novo

Absorvo o momento

Que ainda não é



Páras.

Estremeço por dentro

Insinuo um joelho

subtilmente



De olhos fechados

Sinto o mexer do teu ombro

Sei já os teus caminhos

Sinto a tua mão

Que queima

Antes de chegar!

Mjt
Pintura de Graça Morais

Victor Nogueira Palavras para quê Maria Jorgete Teixeira, se as tuas me tiram a respiração ? Bjos, com a cor e o sabor que lhe souberes ou quiseres dar dar :-)*
 

O tempo em dois




Um campo de flores,como se jarro fosse, o cálice, a ampulheta que mede o tempo ... quente ou frio


Ilustração - Yolanda Botelho  

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Margarida Pilioto Gar cia - Confissão

Confissão
_____________________
De um e outro lado do que sou,
da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação,
a dor,
um peso de não sei que ansiedade.

Mas levo comigo tudo
o que recuso. Sinto
colar-se-me às costas
um resto de noite;
e não sei voltar-me
para a frente, onde
amanhece.
___________






Victor Nogueira Belo o poema, bela a partilha,Margarida Piloto Garcia a quem envio uma revoada de rendilhados bjos :-)*
Segunda-feira às 21:59 ·  · 1