Eu não sei, nunca soube, escrever poesia. Mas houve uma época em que eu tinha a mania das quadras que me vinham à cabeça com facilidade. Coisas que passavam por mim e eu agarrava em palavras a rimar assim:
Vão cheiinhas as carreiras,
ainda vai povo de pé,
outros tantos vão nas beiras
das estradas traiçoeiras
onde arrisca a vida, o "Zé".
É assim na hora de entrada
E nas saídas tambem
operários pela estrada
cansados da caminhada
com muita força, porém.
Para lá, vão sempre a "horas"
quantas vezes "a penar"
mas quando se vão embora
parece que a vida melhora
enfim já vão descansar...
O que nas fábricas se passa
é igual em todo o lado:
Se trabalhas, cais em graça,
mas se exiges, que desgraça
já não passas dum safado....
...E isto ia por aí adiante até contar (como eu sabia fazê-lo em rima) a vida toda do "Zé operário" que era eu tambem...E isto completo, que enchia duas folhas do jornal local do PCP teve direito a destaque em páginas centrais. Já nem me lembro do resto, mas naquele tempo fiquei contente com a publicação. (fins dos anos 70)
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Maria Amélia Martins Estes versos estão aqui imcompletos, encheu 2 páginas, mas nada especial, era o que eu era capaz e são do tempo em que tambem eu operária textil usavamos os autocarros como transporte para o trabalho nas fábricas da zona Riopele , Carides, Safil...como sabeis (os amigos Pereira, meus vizinhos) o numero de operários era então de muitos milhares e muito deles seguiam pelas bermas da estrada nacional (beiras) sujeitos a serem atropelados como sabeis que aconteceu a muitos...tambem a repressão nos trabalhos foi numa certa época muito severa...Os versos falam disso. obg. amigos bjs especialmente Lino e Valentim!
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Victor Nogueira Já te disse, Maria Amélia Martins que gosto dos teus contos ou estórias e da maneira como escreves. Desvendaste-me agora a tua veia poética. E gostei, embora haja uma técncia para as chamadas quadras populares que podem ser apenas uma ou várias em sequência Mas como escreveu António Aleixo
A quadra tem pouco espaço
Mas eu fico satisfeito
Quando numa quadra faço
Alguma coisa com jeito.
há alguns segundos · Editado · Gosto
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Maria Amélia Martins obg. Victor... poesia tambem já fiz e até tenho guardadas mas nem me atrevo a publicar porque sei que não é boa...quadras já fiz muitas e saiem com facilidade...beijinhos amigo!!!
há 8 minutos · Não gosto · 1
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Victor Nogueira Ah! E lembro-mr que qd percorria as estradas do Porto e do Minho, com o meu avô materno, de ver as longas filas de operários e operárias de bicicleta ou motorizada, nas idas e voltas para a fábrica. Não só mas tb na chamada recta do Mindelo. Como as minhas primas de Pedra Furada - Barcelos
há 5 minutos · Editado · Gosto · 1
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Maria Amélia Martins isso acabou..ainda existe a Riopele mas com menos trabalhadores...a Carides onde trabalhei, é agora um conjunto de pequenas empresas, poucos trabalhadores tambem..e já não se vêem muitos a pé...
há 2 minutos · Não gosto · 1
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Maria Amélia Martins aqueles meus versos dum tempo em que não havia crise no setor textil acabavam assim: Se mesmo sem crise, isto é assim/ trabalhar e viver mal/ abre os olhos, vai por mim/ estaremos no plural. :)))
há 2 minutos · Não gosto · 1
...E isto ia por aí adiante até contar (como eu sabia fazê-lo em rima) a vida toda do "Zé operário" que era eu tambem...E isto completo, que enchia duas folhas do jornal local do PCP teve direito a destaque em páginas centrais. Já nem me lembro do resto, mas naquele tempo fiquei contente com a publicação. (fins dos anos 70)
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- Maria Amélia Martins Estes versos estão aqui imcompletos, encheu 2 páginas, mas nada especial, era o que eu era capaz e são do tempo em que tambem eu operária textil usavamos os autocarros como transporte para o trabalho nas fábricas da zona Riopele , Carides, Safil...como sabeis (os amigos Pereira, meus vizinhos) o numero de operários era então de muitos milhares e muito deles seguiam pelas bermas da estrada nacional (beiras) sujeitos a serem atropelados como sabeis que aconteceu a muitos...tambem a repressão nos trabalhos foi numa certa época muito severa...Os versos falam disso. obg. amigos bjs especialmente Lino e Valentim!
- Victor Nogueira Já te disse, Maria Amélia Martins que gosto dos teus contos ou estórias e da maneira como escreves. Desvendaste-me agora a tua veia poética. E gostei, embora haja uma técncia para as chamadas quadras populares que podem ser apenas uma ou várias em sequência Mas como escreveu António Aleixo
A quadra tem pouco espaçoMas eu fico satisfeitoQuando numa quadra façoAlguma coisa com jeito.há alguns segundos · Editado · Gosto
- Maria Amélia Martins obg. Victor... poesia tambem já fiz e até tenho guardadas mas nem me atrevo a publicar porque sei que não é boa...quadras já fiz muitas e saiem com facilidade...beijinhos amigo!!!há 8 minutos · Não gosto · 1
- Victor Nogueira Ah! E lembro-mr que qd percorria as estradas do Porto e do Minho, com o meu avô materno, de ver as longas filas de operários e operárias de bicicleta ou motorizada, nas idas e voltas para a fábrica. Não só mas tb na chamada recta do Mindelo. Como as minhas primas de Pedra Furada - Barceloshá 5 minutos · Editado · Gosto · 1
- Maria Amélia Martins isso acabou..ainda existe a Riopele mas com menos trabalhadores...a Carides onde trabalhei, é agora um conjunto de pequenas empresas, poucos trabalhadores tambem..e já não se vêem muitos a pé...há 2 minutos · Não gosto · 1
- Maria Amélia Martins aqueles meus versos dum tempo em que não havia crise no setor textil acabavam assim: Se mesmo sem crise, isto é assim/ trabalhar e viver mal/ abre os olhos, vai por mim/ estaremos no plural. :)))há 2 minutos · Não gosto · 1
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