Viva a Vida !

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quinta-feira, 10 de março de 2011

As consciências de Aluguer por José Pedro Namora

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a quinta-feira, 10 de Março de 2011 às 12:06
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 Com raríssimas excepções, os media estão pejados de consciências de aluguer que reproduzem, em coro síncrono, a voz dos donos. Omniscientes, peroram sobre tudo e convergem na defesa do pensamento único. A proliferação de jornais, rádios e televisões, ao contrário do que apregoaram os cultores de princípios grandiloquentes, significou uma redução do pluralismo informativo e por essa via, uma diminuição brutal da democracia.

O papel dessas prostituídas consciências na derrocada que nos atingiu ainda está para ser devidamente estudado. Viu-se agora, a propósito do discurso de Cavaco Silva na tomada de posse, como se esforçaram. Cavaco diagnosticou a situação, mas escondeu as causas e o papel determinante que teve na destruição, nomeadamente, da nossa capacidade produtiva. Apelou aos jovens com frases lindas que esconderam ter sido autor, depois de Mário Soares, dos maiores ataques à estabilidade no emprego e ao papel social do Estado. Basta ver, por exemplo, quem legalizou, em 1989, a moderna escravatura laboral pomposamente designada de subcontratação.

O paradigma de sucesso de Cavaco Silva chama-se Dias Loureiro e afins. Mas os loroteiros de serviço esconderam tudo e apregoam a requentada receita de Cavaco como o melhor dos elixires. Pelo caminho silenciaram o óbvio: Cavaco é cúmplice do actual governo e não tem legitimidade para criticar.

Razão teve ontem Agostinho Lopes ao contrariar o loroteiro de serviço na SIC: Não é verdade que ninguém tenha alertado contra as políticas que nos trouxeram o descalabro. Só que, quando o PCP as denunciou, foi apelidado de catastrofista.

Se existisse jornalismo político sério nos media do sistema, a pergunta formulada ontem por Agostinho Lopes seria inevitável: para onde foi o dinheiro das privatizações? Estou certo de que a resposta implicaria centenas de participações ao Ministério Público para procedimento criminal contra a corja de vigaristas. E, já agora: quem ficou com os milhões de fundos comunitários?
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Victor Nogueira O homem é um ser angélico, impoluto e virginal, irmão de Mário Só-Ares ambos mestres de Sócrates e Passes de Coelho ! Só tem um pequeno handicap: tem azar na escolha dos amigos, da vizinhança e dos colegas de partido e governo. Por isso tem de trabalhar para sustentar a Maria da vida dele, que tem, ela, uma reforma de miséria, segundo ele ! E confia demasiado nos banqueiros ao ponto de nem saber como são aplicadas as suas poupanças ! Cavaco dixit !
há 49 minutos · GostoNão gosto · 1 pessoa
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quarta-feira, 2 de março de 2011

Historiadores?, por Pedro Namora


Quarta-feira, 2 de Março de 2011

Historiadores?

Estado Novo foi o rótulo que o fascismo escolheu para esconder as suas actividades criminosas. Que, em democracia, tal expressão mentirosa e laudatória da ditadura fascista seja empregue pela generalidade dos historiadores, diz bem do estado a que chegou a bicharada que tanto gosta de se declarar imparcial.

Há-de ser essa imparcialidade que leva os historiadores que escrevem sobre o fascismo – que piamente perdoarão a minha incapacidade de chamar novo ao Estado velho do terror Salazarista – a constantemente escamotear e deturpar o papel do PCP durante esses anos.

Tarrafal? Chamem aí a Irene Pimentel que tratará do assunto e de forma versátil: fidedigno só o Edmundo Pedro e os arquivos da Fundação Soares, pois então. Mais o Fernando Rosas. E se alguma dúvida for levantada sobre algo, a Pimentel não hesitará em recorrer a um qualquer enfermeiro informador da pide para garantir que não, o PCP não tem razão.

Militão Ribeiro, assassinado no EPL? A Pimentel convocada não deixará de assegurar que no PCP isso foi polémico, porque se falou em suicídio. Mesmo que o Avante! da época a desminta, Irene persistirá na sua. Porque a anima um ódio visceral ao PCP, familiar de ódio similar de Pacheco Pereira e Fernando Rosas e tantos outros.


 
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