Viva a Vida !

Este blog destina-se aos meus amigos e conhecidos assim como aos visitantes que nele queiram colaborar..... «Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Humor / Amor, Alegria e Fantasia» ! Ah ! E não esquecer alguns trocos para os gastos (Victor Nogueira) ..... «Nada do que é humano me é estranho» (Terêncio)....«Aprender, Aprender Sempre !» (Lenine)

sábado, 3 de setembro de 2022

Encontros (1)


06 Junho, 2007


João Garcia disse...

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De: João Garcia
Enviada: quinta-feira, 21 de Junho de 2007 23:36
Para: kantoximpi@....
Assunto: Directamente de 2007 para a Praça do Giraldo de 1975!
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Olá Vítor!
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Acabo de saber pela Filomena que soube pelo Carmelo que estamos todos aqui no teu diário dos tempos de Évora....Ainda nem li com atenção mas o que quero já é mandar-te um abraço!
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22 Junho, 2007
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ver também Encontros (2)
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Encontros (2)



ZeP disse...
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Encontrei-te, passados 35 anos, à conta da memória partilhada do Café Portugal e dos queridos amigos que aqui evocas.[1] Estou, desde há algum tempo, a trabalhar no projecto de um sucedâneo virtual do Café Portugal, travestido de blog, que não possa ser fechado à má-fila nem permita que nos voltemos a perder, por outras tantas décadas.
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Ao Tobias e à Lídia, ao João Luís e ao Carmelo, ao Camilo e à Margarida, podes juntar mais um rosto: o Zé Pinto. Podes vê-lo em casa do João (também a tua, à praceta de Santa Catarina), na sala da Margarida (por cima dos "Algarvios", com entrada pela primeira porta da rua Nova), na sala do tribunal do palácio da Inquisição (o território da sociologia)e, claro, no Café Portugal.
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Aparece para tomar uma bica e dar dois dedos de conversa
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Toma um abraço.
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Terça-feira, Dezembro 11, 2007
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[1] - José Afonso e o Canto de Intervenção
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Olá :-)
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Então não me havia de me lembrar de ti, embora os não alentejanos parassem mais pelo Arcada?
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Gostei de encontrar-te. Ou mais precisamente, gostei que nos encontrássemos.
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Um abraço e até um dia destes.
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Victor Nogueira
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imagem retirada de

Évora, cidade esotérica e misteriosa por Joaquim Palminha da Silva

Convívio entre Abril e Maio (26) - Até ao lavar dos cestos ... (14) - Carta a Um amigo Virtual



Building a rainbow de Tito Salomoni



From: "Ana "
To:
Subject: carta a um amigo virtual
Date: Terça-feira, 5 de Outubro de 1999 15:09

Pois é Victor, quando acordo, de manhã, o sentimento é sempre o mesmo. Uma tristeza imensa desperta comigo, enrosco-me mais ainda, com vontade de voltar a adormecer mas, desta vez, eternamente. Acho que dormir eternamente não deve ser tão mau como as pessoas pensam. Sei que lá fora gira uma imensidão de vida mas nada me consegue atrair. Não há Sol, não há flores, não há música que me "agarre" nesta vida. Acho que já fiz tudo o que tinha para fazer. Esgotei a minha imaginação. Sinto-me "morta" por dentro. Se adormecesse eternamente, o mundo não iria dar pela minha falta. Pouca gente sabe que existo porque na realidade não tenho "existido". Os meus pais, os meus irmãos, a minha filha, alguns amigos, chorariam, sentiriam a minha falta por algum tempo mas habituar-se-iam. Eles sabem , já lhes disse, que o sofrimento é que me assusta não a morte e que nunca sintam pena de mim se morrer sem sofrer. Acho que só os privilegiados têm essa sorte.
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É assim que me sinto hoje, foi assim que me senti ontem e não sei se é assim que me sentirei amanhã. Detesto os sábados, domingos e feriados.
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Obrigada por escutares este meu desabafo amigo virtual e n fiques com a sensação que "isto " poderá querer dizer "algo". Acho mesmo que foi importante dizer "isto" a alguém que não me conhece mas que eu sei que me "lê".
.
Um beijo e um bom resto de tarde
.
Ana
.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dia de escrever

Dia de escrever
Grandes pedaços de vida passo-os no supermercado. Eu sei que isto é pouco apelativo, mas os legumes ainda a descongelar nas prateleiras, vindos sabe-se lá de onde, a corrida às senhas para o talho, a busca pelos iogurtes catalães que desaparecem à velocidade da luz, ou a procura pelo pão alentejano que não tenha sido congelado antes - todas estas rotinas prosaicas fazem parte da minha vida. Agora, pensei que há toda uma filosofia no modo como percorremos as largas alas destas catedrais dos alimentos. E estes pensamentos - não para aqui desenvolver - ocupam-me enquanto lá me dirijo munida dos sacos plásticos reutilizáveis. Hoje, no entanto, novos dados me foram facultados. Uma espécie de incógnita que não sei bem onde inserir, já que me inclino para ajuizar negativamente de um homem na casa dos quarenta que fez todas as suas compras sozinho tomado da maior felicidade (presumo), pois assobiou com ritmo e com gosto por todo o lado. A primeira vez, estava eu nos iogurtes, nem o via, só o ouvia e de repente, tomada de piloto automático, o meu pensamento voou para outros tempos, quando os rapazes que eu gostava de ver passar assobiavam pelas ruas, satisfeitos da vida - não, não tem nada a ver com assédio. Caindo na realidade, olhei discretamente para observar o assobiador de agora: muito entretido, contente e completamente despreocupado. Muito bem. Mas eu, que sou chata, pergunto: o que pode levar alguém a circular tão contente pelos corredores do supermercado? É louco (não parecia), sui generis, ou muito simplesmente o abastecimento de víveres pode ser um momento de enorme felicidade?


Victor Barroso Nogueira Ora, poderia ter a amada decidido que fossem um do outro amador e ser amado.Ou estar a fazer o aprovisionamento para o ser amado. Ou estar a gozar as delícias de ter passado a ser single, após uma tormentosa vida a dois. LOL

Mas para quem como eu considera um frete ir o hiper, embora por comodidade e porque há maior variedade e diversidade de produtos que no boteco do bairro e porque nos evita andar de loja em loja, ,há também aqueles prosaicos ditos populares do estilo "Quem canta seus males espanta" ou "Tristezas não pagam dívidas" 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

poema de flipe chinita


ou do amor.
mas como não há-de ser mais falado que vivido
se as pessoas quasi todas! continuam
sempre com medo de vivê-lo!
acoitando-se quasi.sempre.
apenas na 'segurança
burguesa' do
nada.
quando... tão certa
(apenas) temos
a morte
.
2017.08.24

poesia de filipe chinita

ontem recebi uma bela mensagem.
pena que vinda de uma apenas
pessoa:
Nunca me zango contigo. 
Escreve na parede
ou no teu muro
branco...
És um homem vertical
verdadeiro e
corajoso.
Admiro-te
também
por
isso
.
no branco.muro
de chinita
fj

2017.08.24


mas já hoje outra recebi
só que da mesma
pessoa:
Homem és. 
de corpo
inteiro.
Obrigada!
.
no
branco.muro
de chinita
fj

2017.08.24

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Graça Maria Teixeira Pinto.- Quando...

Quando...
Quando eu partir...
Deixem-me ir assim descalça .
Mãos abertas ao lamento dos pinhais.
Onde os búzios têm a insólita cor
Dos prados de giestas.
E o silvo das aves percorre a pradaria
Como o chamamento das mães
Que pela tarde procuram os filhos.
O sítio onde o rosmaninho oculta a gruta.
Onde uma nascente de água sulfurosa
Sacia a sede aos seres imaginados.
No recuado tempo da infância.
E ao entardecer o balançar das flores
Terá para mim o mesmo efeito
De um gesto de ternura.
Ou de uma ansiada carta de amor.
No caminho onde as sombras.
Afastam os temores.
Porque iluminadas.
Graça Maria Teixeira Pinto.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Teresa de Sousa em "Mentiras e ... mentiras"

* Victor Nogueira

Lendo os capítulos que a seguir TS desenvolve – desancar no PSD - o início da prosa surge a martelo, com as referências a Cunhal e ao Comunismo, Esta sociedade - capitalista - resulta das Revoluções Burguesas, como a Francesa, que também prometia “amanhãs que cantam”, baseados de facto na miséria e repressão dos camponeses e das classes trabalhadoras e semeados de guerras mundiais e regionais e de saque das países colonizados e de genocídios (África, Américas, Austrália ...). Sobre isto assenta a “prosperidade” dos donos dos meios de produção. As “utopias” das Revoluções saldaram-se em fracasso, isto é, na miséria em que estamos. TS crê na TINA do capitalismo e outros na servidão e no esclavagismo ? Mas outros crêem que “sempre que um homem sonha o mundo pula e avança.” Apenas para o abismo [e o apocalipse] ?
O Diabo não chegou em Setembro, é verdade, mas estamos ainda muito longe do paraíso. O Diabo pode voltar.
PUBLICO.PT|DE TERESA DE SOUSA

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

um poema de Filipe Chinita

* Filipe Chinita

ou
do álvaro.e dos soares.
ou das questões do bom gosto.físico e mental
.
não
não é uma questão de humanidade.
é uma questão de bom gosto
.
tendo o álvaro.como modelo
e tantos re.conhecidos
e incógnitos
heróis
vivos e mortos
- que lutando em colectivo.
deram a vida.e o sangue por nós -
como poderíamos (nós) amar
um ser com tais
bochechas.
corpo.
e
burguesas.gorduras.mentais.
que o terão levado
de nós...

- para mais!
tendo conhecido homens
como aqueles que lhe deram
o privilégio de ser seu amigo.
a começar
por bento de jesus caraça
e o próprio
álvaro! -

não!
- ao contrário de seu pai.
que tinha um belo facies.republicano
e que nesses ideais o educou -
nunca.nada pude amar em si.
queira desculpar-me...
sequer.o soar da voz.
nem.os gestos.
nem.o mover.do corpo.
- demasiado anafado.para
o meu (bom) gosto.
proletário! -

mas tudo isto
é por ora apenas uma questão de estética.mínima.
.
que nunca! o argumentário.
muito menos! uma politica
de alianças em que
(lhe) valeu
tudo.
sempre à direita!
da cia.ao elp.
do cds.ao ppd/psd
de spínola! à santa igreja!
da cap.às mocas de rio maior.
e até! sempre que necessário
à 'extrema'.esquerda.
então.sempre pronta
a estar contra nós.
também ela... até
ao fedorento
mrpp
do grande educador
do barroso!
.
só connosco... não!
os mais intrépidos combatentes pela liberdade!
e desde sempre! desde 1921
em que nos tornámos
gente!
.
tudo!
para não cumprir a constituição.
também! por vós.mesmos
ainda há dias escrita.
votada! e assinada
.
tudo!
para conter e matar abril
em nome de um novembro
ao contrário.da história.
e da própria.revolução
em curso.
.
tudo!
em nome de um 'socialismo'
para sempre colocado na gaveta.da história.
'um socialismo' para sempre! inexistente.
um socialismo que nem 'democrático' foi
pois que à fueirada a ferro e fogo
e até em morte(s)!
se exprimiu
.
tudo!
e sempre que 'necessária'
a violência.de um estado
de classe.que
não de
abril
.
daí
emergem
os nossos mortos.então assassinados.
- que sempre nossos são os mortos! -
e acima de todos eles! no meu coração.
(os meus) casquinha.e caravela.
todo um 'destino'
de nomes
.
e pasme-se!
- com o seu homem de mão.o ainda mais execrável barreto! -
até! a reforma agrária à vergastada e morte destruiu.
para de novo entregar as terras aos latifundiários.
os latifundiários.alentejanos e ribatejanos
só!.sempre.e apenas o mais estúpido
boçal.e reaccionário braço
do fascismo.em
toda a sua
vida
.
sim
voltou-lhes a dar tudo!
tirando-o aos que
nada tinham...
senão a sua
'analfabeta'
mas culta! identidade.cultura.e força de trabalho.
'bendito' seja para sempre o bento.
de jesus caraça! e a sua
'cultura integral do indivíduo'.
que nem essa!
o fez ficar do
nosso...
lado
.
e nós!
pobres.proletários.agrícolas
de tudo despojados!
é que ainda! lhe
metíamos
medo!
a caminho dos algarves
para as (suas) férias
sobre a tartaruga
de areia
na sua casa
da praia
do vau
.
mar
que inúmeros morreram
sem nunca haver visto...
e ainda de democracia
se chama... quando
nem o básico
.
não
caro dr. soares
nunca o pude.nem poderei amar.
até porque nunca me encontrei
consigo.em nenhuma luta
contra o fascismo.
até porque
então o senhor já estava.
num hotel.em paris.
e eu fui trabalhar para uma fábrica
- ainda que de bijoux -
e mesmo assim!
nem por lá nos
vimos. o
vi.
sequer
no café de flore...
.
mas
não o amando a si
muito menos ao seu filho joão.o homem de savimbi!
estranho gosto.ínvias voltas.do cérebro.pensante.
que tudo valia! vale! desde que contra o mpla!
que até o senhor tinha reconhecido
.
não.
não é uma questão de ódio.pessoal.ou de classe
- que eu não odeio ninguém.apenas não gosto.. -
é (apenas) uma questão.de (bom) gosto.
- nunca gostei de gente balofa
muito menos de cara -
de gente sem
cara.
que hoje diz uma coisa
e amanhã
outra
.
uma questão... de sentido
e de pura higiene
mental das
ideias.
de manutenção ou não
dos ideais.custe
o que custe
.
não.
não lhe gosto da vozinha.
que sempre soa suave.
fale do que
fale...
e muito menos
dos olhinhos.e dos gestinhos
que a acompanha(m).
muito menos na televisão...
que nos deixa
aperceber...
tudo
.
é
uma questão de pele.
é
uma questão de
inteligência
sensível.
de rigor
e
rectidão
.
mas
cada um
é como
é.
e quanto a isso
nada há a
fazer
.
porventura ele também
não gostará de mim.
que sou ninguém
.
que também eu
já me encontro gordo.balofo.e anafado.
pronto para a morte. retalhado.
pela cruel.aspereza
de uma vida.que
não dominas
por mais que
julgues que
sim

de resto
sei que o urbano lhe era amigo.
e sempre lhe reconheceu o bem que lhe fez
.
sei que ele no seu coração continuava
continuou a vê-lo.até ao fim!
como um herói
im.possível.
que (ainda) levantaria!
revoluções democráticas pela toda a europa
contra o capitalismo selvagem.em que ora vivemos
em vez de no seu 'democrático
socialismo'.
.
e que sempre continuou doce.urbano!
- mas que ainda assim!
também ele tinha
conseguia ter
os seus figadais
inimigos...
como não eu...
pauvre
con... -
.
o urbano
esse - ao contrário do senhor.seu amigo -
sempre continuou a acreditar na união.
de todas as esquerdas.do coração!
em que o senhor - segundo ele -
sempre teria parte.
bem como o alegre.que também
tanto estimava.e bem
se tratavam.
bastava
ver
.
quem!?
o urbano não estimava
coração de ouro
comunista.
qual azeite.de candeia
de moura.em
lisboa
.
agora
que já morto está.e os mesmos de sempre.se rojam a seus pés!
quero-lhe (pois) também eu! todo o bem do mundo
.
o senhor tem o mérito
de haver triunfado sobre nós.
mesmo que com o nosso voto!
que até essa grandeza maior tivemos!
que nunca o senhor dito...
'pai da democracia'
(nos) faria o
mesmo
.
obrigado
ainda assim...
pelos combates que travou
ao nosso lado.comunistas
que sempre continuámos
e continuaremos
sendo
.
obrigado
por ter percebido a necessidade da descolonização
ao dizer que não podia haver 'uma política nova'
sem o seu termo
- que neste caso sempre eu o defendi
quando (ainda) arautos do fascismo e da colonização
(vivendo em democracia! e usufruindo
de todas as suas benesses)
o chamavam de traidor à pátria!
querendo chamá-lo
também a
mim!
.
reminiscências decerto da (sua) leitura
do 'rumo à vitória'.do álvaro
e dos cruciais pontos
da nossa 'revolução
democrática e
nacional'
.
obrigado
por não tendo continuado ateu
ao menos até ao fim... se dizer
agnóstico
.
obrigado
por sempre ter combatido
pelas 'não causas'
que fez
suas.
isto é
a manutenção da ordem capitalista
desde que de suave
roubo.à nabeiro.
de bem
com traficâncias
e banqueiros
.
eis
o que (de concreto) nos deixou:
o capitalismo selvagem
global e planetário
sem muros! mas
com todos
eles.
os do capital
.
aliás.
cá para mim.e para o urbano
o senhor deveria sentir-se triste
com tudo isto
neste seu
fim
de vida
.
ao fim e ao cabo malbaratou
e deixou cair por terra
todos os seus ideais
de juventude.
o tempo
em que somos mais 'rijos'
como diria o outro...
de uns abraços
.
caro dr. soares
onde pa(i)ra a sociedade sem classes.
que - mesmo no dito debate -
disse querer
.
sabe...
não se pode ao mesmo tempo
estar de bem com deus e com o diabo. diz o povo!
e foi isso que o senhor - desde que deixou de ser comunista -
toda a sua vida fez. sorria ao urbano
mas também ao pinto balsemão.ao freitas do amaral
e a todo capital... a começar pelo financeiro
todos envolvendo num
mesmo mortal
abraço
.
e
por fim até o salazar
nem já bem fascista... teria sido
porque o marcelo sê-lo-ia muito mais...
mas isso enfim desculpa-se pela idade
.
o seu argumentário... desculpe dizer-lho
foi sempre de contínua negação
de qualquer pensamento
marxista
- mesmo que de vulgata -

que
na mesma frase
o senhor metia
os pés pelas
mãos
e
as mãos
pelos
pés
.

na idêntica
desfaçatez
de balofa
cara.
de sempre
estar sempre dizendo
as maiores verdades
deste mundo e
do outro...
mesmo que
os maiores atropelos
à verdade fossem
.
talvez assim.
também
por lá
o escutem
.
e repare...
que eu sou o mais terno dos homens
.
o que mais não poderia dizer!?
.
o pedro ramos de almeida
já um dia.remoto
lhe escreveu um
dicionário
de tudo...
pelas suas próprias
palavras
dito.
contradizendo-se
quasi.ao momento.
um texto que
todos os portugueses
deveriam ter
lido.
mas nunca
é tarde.
editou-o a 'caminho'
.
e aqui chegado
me calo .
enfim!
.
louvo-lhe.o amor.de uma vida
à sua (parece que) única
mulher.que dizia
poemas de
revolução
'cristã'
sendo
.
obrigado!
por nunca ter existido
na minha
vida
.
fj

2017.01.09

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Manuela Vieira da Silva - Auscultei a ode dos sentidos



ª Manuela Vieira da Silva

Auscultei a ode dos sentidos
de obtusos sons inflamados
Estrondosas luminescências se acenderam
Crispando a pele que me cobria
Clareei o mundo na alma 
Quando os olhos se me turvaram
Estagnados no afluente de muitos rios
Distantes memórias submergiram
Levantando ondas de outra vida
Ressurreição imortal e perene
Que permanece no coração do mundo
A chama que não cala a lucidez
E que dá coragem à sensatez
A luz que não se apaga ao contratempo
Neste tempo em que não há tempo
Para ter tempo de pensar com polidez.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

margarida piloto garcia - A última carta


Há muito que não publico por aqui e muito menos identifico alguém. Hoje apeteceu-me partilhar um texto meu. Da realidade de muitos á ficção, vai apenas um pequeno passo.


A última carta



E aqui estou eu neste dia que devia ser de medos e não sei de que é. 
Se é dor, então talvez eu tenha morrido antes de ti e deixado de sentir. 
Confesso a minha ignorância no que respeita a asas. Perdi a conta aos erros que cometi por não perceber se eram asas de anjos ou traziam em si a artilharia pesada do inferno. Muito a custo percebi que as tuas eram de insecto ou de morcego vampiresco a sugar-me a vida.
Se é saudade eu pergunto de quê. Da vida suspensa em equilíbrio frágil? Do sobressalto do trapézio sem rede em que ela se transformou? O meu coração mais parece um esconderijo com a lotação esgotada, tantos foram os desenganos.
E no entanto, agora nem sei o que sentir. Pedi para ficar só contigo, porque queria saber se ainda estava viva, enquanto tu, nesse caixão, tens a calma solícita de certos mortos. Nada em ti mostra terror ou ansiedade. Nem um ricto de dor te torna humano. E sabes? Não sei se estou, porque não consigo sentir nada. Sou neste momento um corpo amnésico, uma folha em branco. 
Entre os sonhos que me galgavam e apressavam o sangue e a existência banal do marido e filhos com passeios dominicais, eu escolhi-te a ti. Mas de normal a vida não foi nada. 
Eu queria-te num casamento imaginado à medida de um conto de fadas. Tu envergavas por vezes essa farda para os outros verem, mas fugias de mim sem no entanto me deixares. 
Eu inventava paisagens para fugir do terror quotidiano. Nunca me profanavas o corpo, mas dizimavas-me a lucidez e esvaziavas-me de humanidade. Durante anos enchi de lágrimas as paredes da casa e conjuguei todas as tristezas. 
E eu amava-te, sabes? Amava-te tanto que suportei todas as traições e humilhações, e todos os desesperos foram sempre trocados pela vertigem dos teus braços e da tua boca. 
Como foi possível que a nossa urgência cega tivesse tão rapidamente atingido o ocaso? Mas eu senti-te vida fora alapado a mim, sem no entanto me quereres.
Queria muito estar a derramar lágrimas negras de viúva inconsolável mas todas as fontes secaram em mim. Arrasto comigo um desamor à vida que já nem me inquieta as noites. Que diferença para as noites de outrora em que esperei por ti amarfanhada num canto como um bicho! 
Esta agora sou eu, terra lavrada rudemente pelo teu arado. Agora tudo é inevitável e mesmo que me penetre de um modo inconveniente, pouco ou nada me fere. Por isso não sei se estou viva, nem se tudo isto não é apenas um sonho do qual acordarei daqui a pouco. 
Mas não quero pensar mais nisso. Já tudo me sorveu a alma e enleou os braços. A minha boca disse o insuportável e rangeu para lá do permitido. Agora quero-a de volta mesmo que não a encha de beijos. Quero o meu corpo mesmo que nele se tenha calado a primavera. Portanto se morri, quero ressuscitar e reivindicar os sonhos. Nada será igual, eu sei. A ingenuidade não volta. Mas vou reiventá-los.
Não me deixaste nada a não ser mágoas e cicatrizes. Estão todas cartografadas dentro de mim, num invejável percurso de muitos anos. Também eu tinha asas mas queimei-as na fome de um aconchego ou de um desejo. Tudo o que restou levas contigo. Dei-te tudo e até as palavras me comeste juntamente com desdém. 
O amor pode ser um míssil a esventrar-nos num zénite glorioso, ou uma leve purpurina a soltar-nos o riso e a tornar-nos especiais. Tive uma pequena amostra num jogo fraudulento que eu não podia ganhar. Mas agora acabou. 
Se o saldo das lembranças não fosse tão negativo, quem sabe eu não poderia vestir os olhos com alguma amargura?
A ti não devo nada, fiz o melhor que pude e nunca te falhei. Por isso estou aqui.
Esta carta que escrevi, enquanto aqui estamos só os dois, é a última de muitas que se tornaram parte das nuvens que nos escureceram. Vais levá-la contigo para não me perderes como eu te perdi. 
Assim, condeno-te a amar-me mesmo que tu não queiras.

PS: Sempre te escrevi cartas de amor. Esta não é excepção.


( todos os direitos reservados ao abrigo do código dos direitos de autor)


sábado, 23 de abril de 2016

Gilberto de Oliveira e o Campo de Concentração do Tarrafal

 

desenhos de Gilberto de Oliveira

foto Victor Nogueira

Eu e Gilberto de Oliveira fomos amigos e visitei-o muitas vezes na sua casa, na Ajuda, em Lisboa, na Rua Dom Vasco. Foi membro do Comité Central do PCP e prisioneiro no Campo de Concentração do Tarrafal, sobre o qual publicou nas Edições Avante a “Memória Viva do Tarrafal “ (1ª edição 1987). Já cego, ajudei-o a compilar e a fixar o texto da sua poesia. Na efeméride da criação do chamado “Campo da Morte Lenta” partilho a sua poesia anterior e coeva das suas prisões, a 1ª das quais ao 18 anos. Gilberto de Oliveira, já falecido, nascera em 1915.

Nota - Os poemas " Marteladas Sinistras", "Salvé, indomável Exército Vermelho", "No céu as núvens, em densa atmosfera" e "Resistir" figuravam no texto primitivo do livro Memória Viva do Tarrafal, donde o autor os retirou na versão que veio a ser publicada.

A Minha Resposta
Vinte e seis dias já, há quasi já um mez.
Que vim para este templo de pensamento.
E o tempo, oh! ... maldito passa lento;
Olhando p'ra mim, com super altivez.

Mas não julgues que com isto burguesia
Meu espírito fica amedrontado.
Pois me sinto 'inda mais revoltado.
Por desvendar aqui , a tua hipocrisia.

É com a prisão burguês, que te defendes?
Do operário que quer a liberdade!?
Sim, é isso certamente, o que pretendes.

Mas vêde bem, oh burgueza sociedade
O povo já sabe que por base só tendes
A infâmia, a fraude, a falcidade.
1933.08.03
Lisboa ([1])

À Burguesia
Oh vil burguesia, imérita velha traiçoeira.
Com teus vestidos, de rapariga, jovem atraente.
Consegues iludir do povo, ainda alguma gente.
Que inconsciente vai caindo na tua ratoeira.

E como qual réptil, na sombra vais rastejando.
Sem cantar vitória, pois te sentes já moribunda.
Sim é agora o teu fim, oh sociedade imunda.
É a invencível morte, que p'ra ti vai avançando.

E representada, a tua morte é, p'lo fascismo,
Consequência única, do fim do teu império.
E então darás lugar, eternamente, ao Leninismo.

A esse ideal puro e justo sem vitupério;
Que edificará na terra, p'ra sempre o Socialismo;
Que a humanidade unirá, num amor eterno.

1933.08.04 Lisboa

Cessem teus males, oh sociedade viciosa!
Que só da fraude vives, do engano e da maldade.
Tuas armas são: uma a taberna perigosa;
A igreja, antro d'hipocrisia e falsidade;

E a outra é o prostíbulo, casa venenosa.
Só com isto te sustentas, maldita sociedade.
Cantando o divulgarei para toda a gente.
Se para isso me ajudar o povo consciente.
1933.08.06 Lisboa



Marteladas Sinistras
Mais marteladas sinistras ...
... ecos de morte na noite
no Vale da Achada Grande ...
mais um caixão se fazia,
pois outro preso morria.
Quando algum não urinava
por biliosa fatal,
era a morte que rondava
os presos do Tarrafal.
As próprias vítimas presas,
com a dor no coração,
socorriam‑se das mesas
fazendo mais um caixão.
Na mágoa que a noite cobria
p'las marteladas ouvidas,
nenhum preso ali dormia ...
... angústia e dor repetidas.
Noite e dia acompanhado
pelos companheiros de então,
por turnos era velado
até sair o caixão.
Mais uma mesa faltava,
Mais uma cruz de cimento,
Mais um preso que afirmava
no cemitério local
o combate tão cruento
dos vivos do Tarrafal.
......
No céu as nuvens em densa atmosfera,
premendo" os montes, o horizonte, a vida,
á mais angustiante, funesta e deprimida
das existências que nos dilacera.

No chão o lixo - que vergonhoso era! -
em pó, em ossos, em erva ressequida,
medrando a esmo, como enlouquecida
fecundação de torpe primavera.

Por fauna, aves negras e guerreiras
de garra adunca e bicos de morder,
só rapinando em lutas traiçoeiras.

Por flora apenas, ainda por crescer,
quase mortais, raquíticas purgueiras ...
e nada mais que se pudesse ver. ([3])




 Na Frigideira ([4])
Vinte, quarenta e mais dias a pão e água.
Sem cama para dormir
Sem cinto nas calças e descalços.
Água para lavar a cara não havia,
pois que para beber não chegava.
A sede apertava bocas secas, gargantas ressequidas.
Óculos de miopia eram tirados.
No cimento, todos nus, se dormia.
Areia no corpo se enterrava e feridas fazia.
O calor, lá dentro, insuportável.
Ar não havia; o suor pelo corpo e pelas paredes escorria.
O latão, fedorento, para cagar e mijar,
uma vez por dia era despejado e não lavado.
Por todo o lado muita e muita porcaria.
No corpo, enegrecido, a imunda crosta fazia.
Na podridão se sobrevivia ...
Aos vinte, quarenta e mais dias a pão e água,
daquele antro se saía sem se poder andar,
trôpego, enfraquecido, barba crescida,
do corpo mau cheiro saía,
seguido por alguns esbirros,
entrada no campo de novo se fazia ...



O cão Bobi
Bobi, era esse o seu nome
o cão amigo dos presos do Tarrafal
Por estes ele era estimado
Mas pelos guardas mal tratado
e por eles assassinado
Fora do Campo Bobi foi ferido
pelas balas traiçoeiras do José Maria
Ensanguentado no Campo se refugiou
Pelos seus amigos presos foi tratado
e por eles igualmente acarinhado
E se raiva Bobi já sentia
pelos guardas seus inimigos figadais
Rosnando, mostrava os dentes então
Pronto a morder quem tentasse
tirar‑lhe a vida á traição.
Mas o seu destino estava traçado
e o fascismo não perdoa, nem sequer a um animal
e tal como os seus amigos presos,
também ele, Bobi, foi uma vítima
do Campo de Concentração do Tarrafal.

(...)

Salve! indomável Exército Vermelho
glória dos trabalhadores
unidos em todo o mundo
no combate contra o mal,
que altivamente, sem ódio,
mas sem quartel,
cavaste um fosso profundo
entre o passado e o futuro.
Fosso rasgado com aço ...
... aço temperado no fogo da luta!
Aço que fere e mata ...
Aço que cria ...
... que cria as flores vivas
de uma nova Primavera ...
... a Primavera das flores da Vida!

Tarrafal
Novembro de 1944 ( [5])


[1] - Este poema e os dois seguintes foram escritos nas paredes da prisão de Belém.
[2] - São três sonetos escritos na prisão, em Angra do Heroísmo, em 1933.11.25
[3] - No outro dia, véspera da anunciada chegada do "Guiné" em que embarcaríamos com destino ás nossas terras, passámos o tempo a passear - eu e os meus dois companheiros de saída antecipada - circundando as proximidades do Campo para além das zonas nossas conhecidas, isto é, a zona das pedreiras, bem como do lado oposto, a da praia do Chão Bom, onde fomos fazer uma última despedida aos nossos camaradas que ficavam no cemitério do Tarrafal. A sensação que me ficou desse passeio foi tão triste e desoladora pelo que vimos de miséria nos raros sítios habitados pelos indígenas naquela faixa da ilha que, ainda hoje evocando a desolação da vida daquelas gentes, a pobreza dos quase buracos em que habitavam e das refeições cozinhadas ao ar livre sobre simulacros de fogo alimentado com bosta seca colhida pelos caminhos, o seu muito sofrimento que se imprimira no meu espírito durante aqueles anos vividos em amarga aridez, traduzi nestes versos.
[4] - Tudo isto se passou na masmorra da Frigideira com os antifascistas presos no Campo da Morte Lenta do Tarrafal
[5] - Poema dedicado ao Exército Vermelho, no aniversário da Revolução Russa, em Novembro de 1944, poema que depois foi lido, quase declamado, pelo Alberto de Araújo, durante uma festa que então realizámos. Nesse poema era glorificado o Exército Vermelho e sobretudo a resistência organizada e espontânea do povo soviético á penetração territorial das hordas fascistas. Dele, que se me varreu da memória quase por completo, só consigo recordar com muito pouca segurança o passo final, aqui transcrito. 




Esboço monográfico da parte sudoeste da área do Tarrafal, onde se situa a Achada Grande de Chão Bom in http://www.asemana.publ.cv/spip.php...

A história da “Colónia Penal de Tarrafal” começou verdadeiramente depois de 18 de Janeiro de 1934. É nesta data que, com a agudização da luta de classes em Portugal, o regime salazarista sente a necessidade de uma repressão mais dura que a situação política na Alemanha e na Itália encorajava. É bom lembrar que em Cabo Verde, mais concretamente na Ilha de S. Nicolau, já existia um Campo de Concentração que servia para o degredo, maioritariamente dos oficiais do exército detidos na Revolução da Madeira de 1931.

A pena do degredo já existia há muitos séculos na legislação portuguesa e Cabo Verde não foi o primeiro território do degredo português. Foram para Ceuta alguns portugueses em 1434 e 1450, e mais tarde, em 1484, foram enviados para S. Tomé e Príncipe alguns portugueses considerados perigosos para a manutenção da ordem na Metrópole. Antes das prisões de Cabo Verde, o Decreto-Lei de 17 de Fevereiro de 1907, criou em Angola uma Colónia Penal militar. Contudo, o Campo de Concentração na Ilha de S. Nicolau e também os campos de concentração alemães, principalmente o de Dachau são apresentados por muitos, principalmente pelos presos que estiveram no Tarrafal, de certa forma como o antecedente que justifica a criação daquilo que uns designam por Colónia Penal e outros por Campo de Concentração de Tarrafal. Esta afirmação tinha como base a utilização para a sua instalação provisória dos mesmos meios e materiais que eram destinados aos referidos campos. De igual modo, as características e modos arbitrários de detenção dos indivíduos eram idênticas às de Dachau.

quinta-feira, 17 de março de 2016

HOMENAGEM DE APOIO À MARIA JOÃO - ALMAS GÉMEAS


O Albertino Galvão tomou a iniciativa, propôs-me e eu concordei, de mandar fazer uma edição de 50 livros, pagos por nós dois, em nome da nossa amiga poetisa e participante do HP, Maria João Brito de Sousa.

Essa atitude teve dois propósitos:
- homenagear a que é, sem dúvida, uma das maiores poetisas portuguesas de todos os tempos

- proporcionar-lhe algum conforto, entregando-lhe em mãos a receita TOTAL da venda dos livros, sabendo como é a sua vida, a que nada ajuda uma grande falta de saúde, que se vem agravando ano após ano. (Aliás, somos da opinião que já deveria ter sido ajudada por alguma entidade oficial, mas, já que isso não aconteceu, vamos ser nós - os que puderem - a prestar-lhe algum apoio.)

O livro tem por título ALMAS GÉMEAS (vamos colocar a capa no item FOTOS no HP), e é composto por duas partes:
- Dialogando com Florbela (dois sonetos da Florbela/dois da Maria João)
- Glosando Florbela (30 sonetos da Florbela/30 sonetos da Maria João, glosando aqueles)
- tem 74 páginas
- podia ser algo mais barato, mas atendendo à finalidade exposta acima, o preço será de 8 euros (+1 euro de portes para Portugal e + 2 euros de portes para outros países)

O dinheiro da venda será centralizado na minha conta, de IBAN PT50 0033 0000 500 884 32 328 05 e será entregue na TOTALIDADE, (como já disse acima) à Maria João, quando já houver um número de livros vendidos que o justifique.

Nota: mandaremos fazer outra edição, se a venda desta tiver o êxito que esperamos e se virmos que há pedidos que a justifiquem. O que esperamos que aconteça.
Vamos dar alguma alegria à nossa Maria João!
Ontem mandei-lhe um exemplar e ela, obviamente, não sabia nada do que estava a passar-se.

Mantive-me em contacto com ela esta manhã através do chat do HP, dizendo-lhe que espreitasse a caixa de correio, pois iria ter lá uma surpresa. Telefonei-lhe cerca das 11,20h e desceu pela 5ª vez ao rés do chão, onde finalmente já estava o livrinho.

Ficou sem palavras, pela emoção que teve.
Abraços para todos.