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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Silvia Mendonça - Poema Marginal



CONTINUANDO A CIRANDA POÉTICA
O poeta e amigo Antonio Joaquim Alves convidou-em a participar numa "Ciranda Poética". Postar um poema por dia, durante cinco dias e convidar um outro amiga/o a fazer o mesmo. Publiquei dois poemas e desafiei, na primeira vez, a poetisaWaulena d'Oliveira Silva e Filpe Filipe Chinita a continuarem este evento poético. Neste terceiro dia, publico POEMA MARGINAL e desafio a poetisa Vony B S Ferreira a entrar na ciranda.

POEMA MARGINAL
Por Silvia Mendonça

Da primeira à última palavra
Depois da exaustão inflexível que
Silenciosamente
abarca meus poemas
Poso
Cálice virgem de excitação tinto
Saudades buquê
Aroma violino
Pálida entre travesseiros
Em teus ensaios lascivos
Permeados de poses libertinas
Não tenho como evitar
Tua conquista distraída
Tua meiguice em palavras dinamite
Teus gestos de linguajar faminto
Que me seda
Embriagues silábica
Labial
Vulgar vogal
Sou lava em tua boca
Cumplicidade em surdina
É o meu jeito [in] verso
Em cada esquina
Te pego inusitado
Saboreio-te conquistado
Paixão chama sobre medida
Vaga valsas de silêncio
Nos passos delirantes dessa história
Bailo nas ilhas de teu corpo
Na areia que salga tua pele
No encontro de almas
Gêmeas [?]
Chego a ti em borbulhas
Lábios lambuzados de cachoeiras
Mananciais perolados
Nos veios tesos
Negros
Rabiscados em teu peito pelos
Meus dentes tigrados
Invado teus meios
Com palavras sujas
Causo frenesi em teu trânsito
Em teus cruzamentos
Em teus faróis
Caos cativante
[des] amarrações
Da expulsão da mesmice poética
[Des] ocultemos nossas enfermas
[in] quietações
Esperas
Conformismos
Clandestinas tentativas poéticas
Vendem-te palavras falsificadas
Querem-te pela metade
[meio gesto meio escondido]
Trago-te palpitação nas páginas
Cios de encadernações orgasmos
Quero-te inteiro
Completo
Desde o primeiro pulsar
Até os terremotos horrendos
Atravesso trepidações
Maremotos suarentos
Grunhidos dos calores
De posse dos despojos
Entrego-te carinhos
Armo cenas
Roço lábios em tua nuca
[co] lapso de tempo
Assim é esse poema
Marginal
Saltimbanco
Despenteado
Relativo
Germe
[de nós]

[Poema reeditado - 10/02/2016]
[Foto: Hanna Brescia]
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